Contador

Para as "bombeiras" Fafá e Rosalba, o inferno são os outros


Em terras mossoroenses, este blogueiro percebe o esforço da prefeita Fafá Rosado e da senadora Rosalba Ciarlini, ambas do DEM, em manter, não apenas a aliança política como em mostrá-lo ao grande público. Tipo aquela máxima: “À mulher de César não basta ser honesta. Deve parecer honesta”. Também é nítido que enquanto prefeita e senadora botam água na fogueira, assessores e auxiliares jogam gasolina às chamas e são os responsáveis diretos pelos incêndios no governismo da terra de Santa Luzia. A postura das duas é compreensível: Rosalba quer ser eleita governadora. Fafá quer reeleger o marido Leonardo Nogueira deputado estadual e preparar o próprio futuro político. Tem grandes chances de conseguirem. Se os outros deixarem.

Foto: Retirada do site da própria Prefeitura de Mossoró, mostrando Fafá e Rosalba na sessão inicial da Câmara, no último dia 18. Lembremos que os anúncios de rompimnento entre as duas estouraram na imprensa mossoroense uma semana antes.

Todos contra um: vereadores de Extremoz destituem Mica da presidência da Câmara


Jefferson Lira
Da Redação do Potiguar Noticias


Vereadores da Câmara de Extremoz realizaram, na manhã desta sexta-feira (26), novas eleições para mesa diretora, depois de tentarem destituí-la, no último dia 18. A mesa é presidida pelo vereador Waldemir Cordeiro, mais conhecido como Mica.

A Câmara é composta por 9 vereadores e 8 deles fizeram um parecer à justiça pedindo a destituição do cargo do presidente , alegando que ele estaria cometendo improbidade administrativa, ao negar a publicação dos gastos da instituição, não dando acesso aos documentos para o restante da casa.

A reportagem do Potiguar Notícias esteve na Câmara Municipal e só conseguiu ouvir o presidente Mica, que afirmou que as eleições foram feitas ilegalmente, pois o pedido de destituição foi negado pela juíza Ana Karina de Carvalho, da Vara única da Comarca de Extremoz, no último dia 22. “Houve uma eleição da mesa diretora, mas não está valendo, porque eles querem fazer um terror psicológico”, atesta o presidente.

DENE - Desencontro Natalense de Escritores


Patricio Junior

E a Funcarte (Fundação Confusa das Artes), órgão municipal irresponsável por fazer cultura em Natal, acaba de chegar a um entendimento sobre o antigo Encontro Natalense de Escritores, antigo Encontro Lusófono de Escritores, antigo “Não sabemos ainda qual será o novo nome, mas vai ser revolucionário”. O evento de literatura agora vai se chamar DENE – Desencontro Natalense de Escritores. Será o maior evento de literatura que nunca vai ocorrer em Natal.

Para as mesas do DENE já estão confirmados os nomes de Machado de Assis, Miguel de Cervantes e José de Alencar. Serão mesas brancas, claro. O Presidente da Funcarte dessa semana garantiu que o DENE vai ser um evento único. O da semana que vem já se adiantou dizendo que garante a mesma coisa.

Todos os escritores convidados para o DENE serão substituídos de última hora por apadrinhados do Presidente da Funcarte. E o melhor: saberão que foram preteridos através da imprensa e passarão por esse constrangimento público sem receber nenhum pedido de desculpas da Prefeitura. Segundo o presidente da Funcarte, essa prática tem por objetivo desqualificar o trabalho de escritores profissionais ao mesmo tempo em que prestigia artistas frustrados que se dedicaram mais ao puxa-saquismo do que ao trabalho sério. “Nossa política cultural sempre vai privilegiar quem faz parte da nossa panelinha”, afirmou, “Nós somos um órgão público, que dá oportunidades iguais a todos os artistas, contanto que eles estejam filiados ao partido da situação”.

DEBATES DA GENTE
Os debates terão temas modernos, em consonância com o que é discutido nos maiores eventos de literatura do mundo. Na mesa “Decoração natalina de Natal: uma redundância?”, grandes nomes da literatura de gosto duvidoso discutirão o que os responsáveis pela decoração do “Natal em Natal” fumaram pra achar aquilo bonito. Segundo o Presidente da Funcarte, esta mesa será tão revolucionária e inovadora que as pessoas não vão entender nada – mas a Prefeita vai dar uma entrevista dizendo que aquilo tudo é mágico-lúdico-fantástico e então a cidade toda vai concordar com ela.

Outra mesa que promete gerar uma discussão saudável e edificante é “Usando a retórica para jogar a culpa no seu antecessor”. A própria Prefeita será uma das debatedoras e falará sobre sua experiência em culpar a gestão anterior por todos os problemas da cidade. A mediação deste debate ficará ao cargo de um assessor baba-ovo, que concordará com tudo que a Prefeita disser enquanto segura sua bolsa e não deixa ninguém chegar perto dela. A organização do DENE promete ainda servir um bolo de fubá pra Prefeita e expulsar do recinto quem tentar fotografá-la no momento em que ela come a guloseima.

Na seara da literatura sustentável, teremos debates bem interessantes também. Dias Gomes, autor da novela global “O espigão”, vai compor a mesa “Toma que o espigão é teu”. Na ocasião, ele defenderá a tese de que a novela dos espigões de Ponta Negra é dele. Como ninguém quer tomar pra si a autoria dessa novela, os organizadores crêem que não haverá grandes polêmicas. Mas o Ministério Público já avisou: vai fazer uma reunião com Dias Gomes e depois, magicamente, ele voltará atrás em todas as decisões que tomou. Jogando a culpa no antecessor, claro. Outras mesas da parte verde do evento que merecem destaque são: “Meu pé de algaroba no Midway”; “As escutas telefônicas mais incríveis da Operação Impacto”; e “Plano diretor: quem te viu, quem PV”.

OFICINAS DA GENTE
Mas nem só de debates viverá o DENE. Na oficina “Venda seu blog: pergunte-me como”, uma blogueira inescrupulosa e medonha ensinará como enriquecer às custas de inverdades sem se corroer de remorso. Os presentes aprenderão, por exemplo, como formatar uma tabela de preços para a própria opinião. A blogueira adiantou, em coletiva, um pouco do conteúdo da oficina. “Manipular a verdade dá trabalho: tem que buscar argumentos falsos, escrever de forma dúbia e ainda posar de imparcial: tudo isso gera um custo que deve ser repassado a quem está te prostituindo”, afirmou ela. Durante a oficina, a blogueira promete emitir várias opiniões favoráveis ao grupo político da situação. Isto se ela não receber uma contraproposta da oposição até lá.

Os professores da rede de ensino municipal serão os responsáveis pela oficina “Plano de Cargos e Salários: promessa é dúvida”, na qual mostrarão passo a passo o que você deve fazer para ser ludibriado por propostas de campanha que nunca serão cumpridas. Esta oficina promete atrasar todo o cronograma do evento porque minutos antes de começar os professores entrarão em greve. Mas a Prefeita garantiu que vai receber todos para uma conversa franca assim que sua popularidade cair pelo fato de nossas crianças estarem sem aulas.

Outros destaques são as oficinas “Via Livre, mas nem tanto”, “Inaugurando postos de saúde sem médicos”, “Como trocar seu apoio político pelo silêncio da imprensa” e a grande sensação do evento: “Diga repetidas vezes ‘Eu sou mãe, eu sou mulher’ sem ser taxada de preconceituosa”.

BAIXARIAS DA GENTE
Claro que Câmara Cascudo não poderia ficar de fora. Para homenagear nosso maior intelectual, a organização apresentará algo totalmente inédito: um natalense que leu um livro de Câmara Cascudo! Sim, existe! E o presidente da Funcarte garantiu que o rapaz não freqüenta o Beco da Lama, não dá aulas na universidade e nem é herdeiro do folclorista, fato que torna a descoberta realmente única.

O DENE ainda promete grandes debates que descambarão pra baixaria sem, no entanto, ter seus responsáveis advertidos pelos superiores. O próprio presidente da Funcarte se encarregará de pôr a culpa pelo atraso do evento em ex-funcionários que pediram exoneração porque a Prefeitura não ofereceu condições para que seus trabalhos fossem realizados. “É de suma importância que a gente continue mentindo para o povo, sem jamais assumir a própria inoperância”, afirmou, para em seguida sair cagando e andando.

Anote aí: o DENE ocorrerá em algum dia dos meses de março, abril, maio ou junho, talvez julho, quem sabe agosto, pode ser até em setembro, provavelmente em outubro, no máximo em novembro, se bem que dezembro…

Quem era terrorista?


Emir Sader

À falta de outros argumentos e propostas, com um mínimo de consistência, os opositores reiteram a imagem de “terrorista” de Dilma.
Quem era terrorista: a ditadura militar ou os que lutávamos contra ela? Dilma estava entre estes, o senador José Agripino (do DEM, ex-PFL, ex-Arena, partido da ditadura militar), entre os outros.
O golpe militar de 1964, apoiado por toda a imprensa (com exceção da Última Hora, que recebeu todo o peso da repressão da ditadura), rompeu com a democracia, a destruiu em todos os rincões do Brasil, e instaurou um regime de terror – que depois se propagou por todo o cone sul do continente, seguindo seu “exemplo”.
Diante do fechamento de todo espaço possível de luta democrática, grandes contingentes de jovens passaram à clandestinidade, apelando para o direito de resistência contra as tiranias, direito e obrigação reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Enquanto nos alinhávamos do lado da luta de resistência democrática contra a ditadura, os proprietários das grandes empresas de comunicação – entre eles os Frias, os Marinhos, os Mesquitas -, os políticos que apoiavam a ditadura – agrupados na Arena, depois PFL, agora DEM, como, entre tantos outros, o senador José Agripino –, grandes empresários nacionais e estrangeiros, se situavam do lado da ditadura, do regime de terror, da tortura, dos seqüestros, dos fuzilamentos, das prisões arbitrárias, da liquidação da democracia.
Quem era terrorista? Os que lutavam contra a ditadura ou os que a apoiavam? Os que davam a vida pela democracia ou os que se enriqueciam à sombra da ditadura e da repressão? Os que apoiavam e financiavam a OBAN ou aqueles que, detidos arbitrariamente, eram vitimas da tortura nas suas dependências, fuzilados, desaparecidos?
Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma? Os militares que destruíram a democracia ou os que a defendiam? Quem usava a picanha elétrica, o pau-de-arara, contra pessoas amarradas, ou quem lutava, na clandestinidade, contra as forças repressivas? Quem era terrorista: Iara Iavelberg ou Sergio Fleury? Quem estava do lado da Iara ou quem estava do lado do Fleury? Dilma ou Agripino? Quem estava na resistência democrática ou quem, por ação ou por omissão, estava do lado da ditadura do terror?

“Experimento n° 1”: espetáculo de dança estréia hoje na Casa da Ribeira


A companhia si-la-bAs c.dança (sim, o nome é esse mesmo) estréia nesta quarta 24 seu novo espetáculo intitulado “Experimento nº 1”. Com inicio ás 20h, na Casa da Ribeira o espetáculo é composto por dois trabalhos de diferentes coreógrafos.

O primeiro trabalho da noite é o solo A quarta parede, criação do bailarino e coreógrafo Clébio de Oliveira e interpretado por Anizia Marques. Neste trabalho o potiguar erradicado na Alemanha, buscou inspiração nos sonhos enquanto experiência real e imaginária a um só tempo, ao tecer a fugacidade de sons e imagens que nos habitam segundo a gramática de desejos recalcados, sobre a concretude do corpo e seus processos bioquímicos.

O segundo trabalho da noite é o dueto Rumor desenvolvido a partir de um poema de Frederico Garcia Lorca. Quando as forças se esvaem, o corpo aos poucos enfraquece e ouvimos o rumor da morte se aproximando, o que fazer? Temer o desconhecido ou abraçar uma nova viagem? Mauricio Motta, diretor artístico da companhia é o interprete criador desta obra em parceria com Rosa Costa, bailarina carioca com passagem pelo Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e importantes companhias da Alemanha.

Fundada na Alemanha, no ano de 1996, a sí-la-bAs c.dança é uma companhia independente que procura construir uma linguagem própria a partir das estruturas cênicas desenvolvidas na dança-teatro. O objetivo principal do projeto é desenvolver um trabalho que questione as inter-relações humanas que presenciamos no dia a dia. Através da união de diferentes influências e idéias, o projeto busca a criação de universos cênicos onde o questionamento destas inter-relações possa desenvolver-se de forma poética e abrangente.
Com direção do coreógrafo e pesquisador em dança-teatro Mauricio Motta um dos objetivos da companhia é divulgar a metodologia da dança-teatro, forma cênica pouco explorada no Nordeste brasileiro, através de espetáculos e oficinas.
Em 2004, a companhia estreou em solo brasileiro com o espetáculo: “Pequenas Frases”, no Centro Cultural Casa da Ribeira, em Natal/RN. O último trabalho desenvolvido pelo grupo foi o espetáculo “Sente-se”, de 2009, baseado na peça “As Cadeiras” de Eugène Ionésco. O trabalho, além de apresentações na capital norte-rio-grandense, foi convidado para o 14° Festival Internacional de Dança do Recife. Foi também selecionado para o projeto Cena Aberta, da Casa da Ribeira. E este ano deve ser apresentado entre os dias 21 e 24 de março no 19° Festival de Curitiba.

Estréia “Experimento n°1”
Dia: 24 de fevereiro
Hora: 20h
Ingressos: R$ 16,00 (inteira) / R$ 8,00 (estudante)
Local: Casa da Ribeira - Rua Frei Miguelinho, 52 - Ribeira
Informações: 3211.7710

Foto: Divulgação.

O ELE (antigo ENE) não é mais ELE, não tem mais data e seja o que deus quiser na Funcarte


Definitivamente, a Funcarte decidiu assumir que é o manancial maior de besteiras e incompetências da gestão Micarla de Sousa (e olha que esta tarefa não é das mais fáceis). Qual não foi minha surpresa ao ler em reportagem do jornal Tribuna do Norte que o ENE, que já tinha virado ELE e estava previsto para final de março segundo o próprio presidente Rodrigues Neto, não será mais ELE e não será em março. Tem data indeterminada, nomes indeterminados. Segundo o vice-presidente da Funcarte, Gustavo Wanderley, “uma nova equipe será composta para fazer a curadoria do evento, que terá como eixo temático a Língua Portuguesa”. Uai, e os encontros realizados priorizavam que língua? Aramaico? Servo-croata? Ler as novidades que saem da Capitania das Artes (?) está mais divertido que assistir aos DVDs do Monty Python.

População desconhece serviços gratuitos oferecidos em clínica de enfermagem


Da Redação do Potiguar Noticias

Inaugurada em 11 de setembro do ano passado, a clínica de enfermagem da Universidade Potiguar em Parnamirim está com uma demanda muito pequena, mesmo oferecendo serviços gratuitos, em vista a superlotação dos postos de saúde da cidade. A principal causa dessa pouca demanda é a ausência de informação.
Segundo a enfermeira Fátima Amaral (foto), coordenadora da clínica, não houve uma divulgação oficial. “Nós praticamente não fizemos uma divulgação. As pessoas que vem aqui ficaram sabendo pelo boca a boca mesmo”, atesta.
Ela conta que há alguns dias estão fazendo uma divulgação. “Fomos à rádio comunitária e falamos a respeito. Fizemos panfletos e estamos espalhando nos locais onde há grande movimento na cidade, como os supermercados e os ônibus. Esperamos que a situação mude”, afirma.
A enfermeira faz questão de frisar todos os serviços na clínica são gratuitos e que a demanda é espontânea, ou seja, qualquer pessoa pode chegar lá que será atendido. A clínica só exige a prescrição médica nos casos de administração de medicações injetáveis. Além disso, a clínica oferece o exame preventivo (Papanicolau), o teste do pezinho, com nebulização, vacinas para adultos (antitetânica e anti-hepatite B), curativos, retirada de pontos, cateterismo vesical (troca de sondas) e verificação de pressão arterial.
“Os únicos lugares onde é oferecido esse serviço gratuito são em alguns postos de saúde. Mas lá a demanda é imensa e não tem condições de atender. Sem contar que o resultado dos preventivos feitos lá costuma sair em 30 ou 60 dias. Aqui é no máximo em 15 dias”, aponta a coordenadora.
PARCERIA
A Clínica de Enfermagem é uma parceria da prefeitura de Parnamirim com a Universidade Potiguar (UnP). A universidade fornece os equipamentos, uma técnica de enfermagem, e uma enfermeira, que é a própria Fátima. A prefeitura traz três estagiárias em enfermagem e divide o resto dos insumos com a Unp.
A clínica está localizada no bairro de Santos Reis, na Rua Aspirante Santos, próximo ao Mercado Novo e funciona de segunda a sexta, das 8 às 12 no período da manhã e das 14 às 17h, a tarde.

Ensaio sobre a mentira (tão em voga na administração natalense)

Eu cogitava escrever uma crônica sobre a perfídia, tema pulsante que originou obras do naipe de “Otelo”, mas o que li no blog Diário do Tempo, do jornalista Sérgio Vilar (www.sergiovilar.blogspot.com) nesta manhã de segunda mezzo ensolarada mezzo chuvosa me levou a desejar escrever algo sobre a mentira, tema ainda mais pulsante. Tomo a liberdade de reproduzir trecho de post de Sérgio, sobe o ENE-ELE, o já mítico Encontro Natalense que Escritores que agora é Lusófono e etc e tal. Eis o trecho:

“A despeito do que escrevi em minha coluna impressa no Diário de Natal e reproduzida mais abaixo, recebi agora um desmentido da jornalista Eliade Pimentel a respeito do lançamento do livro de Nathalie Câmara sobre Nísia Floresta, durante o Encontro Lusófono de Escritores. Então, das duas, uma: ou o presidente da Funcarte ainda não comunicou a intenção da publicação do livro à pesquisadora, ou mentiu”.

Ora, a reprodução é relevante posto que em edição de sábado dia 20 o presidente da Funcarte, Rodrigues Neto, procurado pela reportagem pela comentar a carta aberta da escritora Cláudia Magalhães à guisa de se defender das críticas dela, elencou um amontoado de mentiras, todas tão fáceis de se desmontar que em nova carta aberta Cláudia as rebate uma por uma. Cirurgicamente. Tarefa nada difícil, apesar da inteligência de Cláudia, afinal, a presidência da Funcarte se desconstrói por si só, vide o episódio já folclórico do “cagando e andando” e o estupro da história com o suposto encontro de Roosevelt e Vargas em natal para tratar da OTAN. Quanto à crônica sobre a mentira? Que nada! Deixemos a mentira vir à tona em doses homeopáticas para testemunharmos, em jornais e blogs, o mecanismo mental (!) de quem comanda (?) a política cultural natalense. E para quem coleciona promessas e a posterior quebra delas por parte da chefe e amida do presidente da Funcarte, senhora Micarla de Sousa, sabe que mentira na atual administração não só não tem perna curta como talvez seja pré-requisito para trabalhar.

Ah, e segue abaixo a resposta de Cláudia:


Resposta de Cláudia Magalhães à Funcarte

Resposta da dramaturga e atriz Cláudia Magalhães às declarações do presidente da Funcarte, Rodrigues Neto, ao Novo Jornal:

1- Rodrigues disse quanto ao ENE, atual ELE: “se houve negligência, a culpa foi da própria Cláudia Magalhães”. Ora, se eu era a coordenadora geral do evento, acredito que eu era a principal interessada em que o mesmo acontecesse e que fosse um sucesso. Ademais, como coordenadora, não tinha o poder para liberar dinheiro, fazer empenho ou poder político algum, quem os tinham ou têm são justamente, o presidente da FUNCARTE, Rodrigues Neto e a Prefeita, Micarla de Sousa.

2- Rodrigues Neto afirmou que “ao assumir a presidência do órgão, dei carta branca para Cláudia Magalhães seguir no projeto do ELE”. Se eu tivesse “carta branca” o ENE teria acontecido em novembro de 2009, não teriam nem tempo para mudar de letra!

3- “Rodrigues Neto confirmou o ELE para os dias 29, 30 de abril e 1 de maio no Teatro Alberto Maranhão”, contudo a classe artística não sabe disso e a divulgação fraca atesta a falta de comunicação entre a FUNCARTE e os artistas. Quais os nomes dos escritores locais já convidados? Serão mantidos os nomes já confirmados para o evento ou eles também serão negligenciados pela FUNCARTE? Houve algum conselho pra a escolha dos nomes? O conselho anterior (Carlos Fialho, Petit das Virgens, Margot Ferreira, Lívio Oliveira e Isabel Vieira) também foi negligenciado pela presidência da FUNCARTE?

4- Rodrigues diz que “Cláudia passou quase dois meses sem aparecer na capitania”. Ora, se foi assim por que não fui exonerada logo no primeiro mês de ausência? No fim das contas, eu pedi exoneração, assim como outros que não concordaram com a nova política da FUNCARTE. Mas a frase de Rodrigues é reveladora. Então ele aceitaria ou aceita na sua equipe pessoas que ficam dois meses sem aparecer? Interessante sabermos disso.

5- Rodrigues disse que tentou entrar em contato comigo. Ridículo. Meu e-mail e telefone estão na agenda do gabinete da FUNCARTE e na SEPLAN. Além disso, todo o mundo artístico cultural tem os meus contatos, inclusive o próprio presidente da FUNCARTE. Afinal, Rodrigues telefonou do número da presidência para o meu celular na noite de 16 de novembro de 2009 para pedir o telefone do meu marido, o jornalista Cefas carvalho. A conversa dos dois está registrada no blog de Cefas (www.cefascarvalhojornalista.blogspot.com) em postagem no dia 17 de novembro de 2009. Para completar eu e Rodrigues fazemos parte da comunidade social da internet, o orkut, também um excelente maio de comunicação. Como muitas pessoas da sua equipe pode testemunhar, passei tardes inteiras em seu gabinete na esperança de ser atendida.

6- Rodrigues disse: “Ela sequer enviou e-mails para os escritores” Fiz bem melhor que isso, telefonei para os escritores informando a mudança do nome e da data e a confirmação de seus nomes no novo evento. Ficou acertado em reunião que eu não passaria e-mails e sim telefonaria para os escritores. Nesta reunião, além de mim e de Rodrigues Neto, estavam presentes o então presidente da FUNCARTE e já demissionário, César Revoredo, o chefe do departamento de atividades culturais, Josenilton Tavares, e o então assessor de comunicação, Dionísio Outeda.

7- Com relação aos concursos Câmara Cascudo e Othoniel Menezes, Rodrigues disse que “os editais dos concursos estão prontos e no início de março vamos convocar uma coletiva para divulgar as datas dos editais”. Os editais já estavam prontos desde setembro de 2009 e deveriam ter sido lançados em outubro/novembro do mesmo ano para que em março de 2010, no Dia da Poesia, fossem divulgados os vencedores, como foi prometido pelo então presidente César Revoredo, e pela prefeita Micarla de Sousa. Coletiva para divulgar os editais? Ridículo. Não há nenhum mérito nisso, esses concursos já são realizados há mais de vinte anos e com grande sucesso! Aliás, os concursos poderiam ser viabilizados com uma pequena fração dos recursos gastos no duvidoso Natal em Natal.

8- Sobre a revista GINGA, Rodrigues Neto não deu previsão. “Só vou lançar, quando tiver dinheiro para pagar e mantê-la”. Bem, as palavras de Rodrigues Neto atestam quase tudo que eu escrevi na carta e revelam a triste realidade da política cultural natalense!

Carta Aberta sobre o antigo ENE, atual ELE, por Cláudia Magalhães

Cláudia Magalhães

Aos escritores convidados, artistas, produtores culturais potiguares, jornalistas e amigos(as),

Na qualidade de Coordenadora do Núcleo de Documentação (Chefe da Biblioteca Pública Esmeraldo Siqueira), cargo que ocupei de janeiro de 2009 a janeiro de 2010 (quando fui exonerada a pedido), comunico a todos os citados acima que não faço mais parte da coordenação geral do ENE (Encontro Natalense de Escritores), atual, ELE (Encontro Lusófono de Escritores). Esta carta se faz necessária para esclarecer alguns pontos que dizem respeito ao meu relacionamento com o mundo cultural local e a sociedade em geral, aos quais devo prestar contas enquanto ocupante que era de um cargo público.

1-Por convite do então presidente da FUNCARTE, César Revoredo, aceitei a coordenação geral do então ENE. Portanto, auxiliada por um conselho formado por: Carlos Fialho, Petit das Virgens, Margot Ferreira, Lívio Oliveira e Isabel Vieira, foram enviados convites via e-mail (oficial da FUNCARTE, em nome do presidente César Revoredo, com cópia para o meu e-mail) para: José Eduardo Agualusa, Paulo Lins, Marçal Aquino, Arthur Dapieve, Xico Sá, Ziraldo, Pedro Bandeira, Marcelino Freire, Cassiano Elek Machado, Joca Reiners, Mário Bortolloto, Eduardo Bueno, Shiko, Fernando Bonassi, Milena Azevedo, Chico César, Tárick de Sousa, Edney Silvestre, Antônio Cícero, Tarcísio Gurgel, Gabriel O Pensador, Tácito Costa, Clotilde Tavares, Carlos Magno, Nivaldete Ferreira, Isabel Vieira, Túlio Andrade, Danilo Guanais, Buca Dantas, Abimael, Nei Leandro de Castro, Lívio Oliveira, Sérgio Vilar, Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz, Agregados Família do Rap, Cordel do Fogo Encantado. Além do contato com diversos artistas plásticos, poetas e jornalistas que contribuiriam para o ENE.

2-Depois de meses de trabalho, com planilha total feita, convites prontos e confirmados com a garantia do então presidente César Revoredo, a prefeita Micarla de Sousa até então não tinha posição nenhuma sobre um possível cancelamento ou adiamento do ENE, o encontro literário estava confirmado para os dias 26, 27 e 28 de novembro de 2009. Contudo faltando poucos dias para o início do ENE, César Revoredo pede exoneração da FUNCARTE e o vice Rodrigues Neto assume.

3-Dias antes, fui chamada para uma reunião na qual César Revoredo, na presença do então vice presidente, Rodrigues Neto e do Chefe de atividades culturais, Josenilton Tavares, me comunica que não teríamos mais o ENE, e sim, o ELE e que este seria realizado em março de 2010. Confirmou o meu nome na coordenação geral do mesmo, onde manteríamos a participação de todos os que foram convidados para o antigo ENE. Desta feita, comuniquei – via telefone – aos escritores convidados a mudança do nome e da data. Além de pesquisar possíveis escritores internacionais para o ELE.

4-Contudo, após assumir a presidência da FUNCARTE, Rodrigues Neto não me procurou para confirmar ou retirar o meu nome da coordenação geral do ELE. Semanas depois, comunico ao vice presidente Gustavo Wanderley a minha decisão de sair da coordenação do ELE, mas de permanecer na função de chefe da Biblioteca Pública Municipal Esmeraldo Siqueira, visto que várias atividades por mim desenvolvidas na gestão de César Revoredo estavam em andamento ou com editais publicados, o que detalharei nos próximos tópicos.

5-Semanas depois, diante do silêncio apresentado, posto que o presidente Rodrigues Neto não teve nenhuma conversa oficial sobre o ELE e nem sobre outros assuntos do meu núcleo e também observando pela imprensa a conduta e a atuação da presidência, tomei a decisão de pedir exoneração em janeiro de 2010.

6-Uma vez tendo pedido exoneração surpreendi-me com contatos de escritores locais e nacionais, artistas e jornalistas me perguntando sobre o ELE. Percebi, então, que a presidência não comunicou a ninguém que eu não apenas não era mais a coordenadora do Núcleo de Documentação como também não estava mais na coordenação do ELE, antigo ENE.

7-Artistas e produtores culturais envolvidos em projetos que iniciei me procuram por e-mail e por telefone para saber detalhes dos mesmos. Projetos como o CONCURSO DE REDAÇÃO -“O que é ser um cabra das Rocas”, CONCURSO DE FOTOGRAFIA ESCRITORES POTIGUARES com o tema “Escritores potiguares vivos” foram negligenciados, e pior, não houve comunicação aos artistas envolvidos. No dia da Poesia, o qual fui coordenadora geral, O então presidente César Revoredo com a presença da prefeita Micarla de Sousa, comunicou a todos os presentes não somente a continuação dos CONCURSOS CÂMARA CASCUDO E OTHONIEL MENEZES, mas também, além da premiação em dinheiro, a publicação dos livros dos vencedores. Infelizmente, estes dois concursos também foram negligenciados.

8-Na gestão de César Revoredo o meu núcleo ficou responsável pela nova revista cultural da FUNCARTE, A “Ginga”. Ao longo de meses de trabalho, a revista, por meio do editor contratado, Sérgio Vilar com a sua equipe de jornalistas produziu 100% da revista que estava pronta para ir pra gráfica. Com a mudança da presidência a revista teve o lançamento adiado para março de 2010, eu soube disso através do editor Sérgio Vilar, pois nada me foi comunicado oficialmente.

9-Diante disso, por respeito a todos os que estavam envolvidos nesses projetos, aos artistas e amigos, torno todos estes fatos públicos, de maneira a evitar dúvidas, mal entendidos e conversas de bares e corredores que tanto empobrecem e aviltam a cultura natalense. Saio da FUNCARTE com a sensação do dever cumprido, com coragem de me olhar no espelho todos os dias e com o respeito do mundo artistico e cultural, bem mais precioso que consegui nestes meses de FUNCARTE.

Natal, 19 de fevereiro de 2010

Afinal de contas, teremos ELE em março? Com a palavra, Rodrigues Neto!


Agora que passou o período carnavalesco e as valorosas equipes da Funcarte e da Seturde já devem ter descansado da trabalheira, este blog toma a liberdade de perguntar: quando será o Encontro Lusófono de Escritores (ELE) que substituiria o Encontro Natalense de Escritores (ENE)? Lembremos que o presidente da Funcarte, Rodrigues Neto, prometeu, em entrevistas a realização do ELE em março. Faltam 8 dias para o fim de fevereiro e nada, nenhum nome foi divulgado. Com a palavra, o próprio Rodrigues Neto!

Rosalba e Fafá chegam juntas à Câmara de Mossoró e dispersam boatos sobre rompimento

Nesta quinta-feira de volta aos trabalhos parlamentares (Assembléia Legislativa, Câmaras de Natal e Parnamirim iniciam o ano legislativo), chama a atenção a abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Mossoró, que está acontecendo nesta manhã. Isso porque a prefeita Fafá Rosada - que lerá a mensagem anual - e a senadora Rosalba Ciarlini chegaram juntas ao evento. Por ora, ambas afastam os boatos de que estariam rompendo politicamente.

De volta ao batente

Após merecido descanso de Carnaval (quatro dias sem sequer passar perto de um computador) este blog volta à tona naquele que é considerado "o primeiro dia do ano", já que, para muita gente, o ano começa realm ente agora depois do período momesco. Vale lembrar que é ano eleitoral e que chapas e palanques começam a ser realm ente montados a partir de agora. Este blog estará atento às movimentações políticas deste Rio Grande sem Sorte, como diz o poeta Plinio Sanderson e a tudo o mais que aconteça na cultura, economia e realidade potiguar.

O "bloco do eu sozinho" dos candidatos ao Senado


Cefas Carvalho

No carnaval dos políticos norte-riograndenses, quase todos querem “botar os blocos na rua” com o maior número de alianças e uma preocupação com a folia geral. Contudo, não parece ser o caso dos três líderes políticos candidatos às duas vagas ao Senado. A verdade é que os já senadores José Agripino (DEM), Garibaldi Alves Filho (PMDB) e a governadora Wilma de Faria (PSB) estão vivendo cada um o “bloco do eu sozinho”. Cada qual só pensa em sua candidatura ao Senado.
Explica-se: como já foi repetido mil vezes, quem dos três perder terá o futuro político comprometido, pois ficará sem mandato até 2012 (se tentar a Prefeitura de Natal) ou 2014. Uma morte política para o perdedor. Por isso, a expectativa é que Wilma, Agripino e Garibaldi “esqueçam” um pouco a eleição para o Governo em prol da própria sobrevivência.
Afinal, se Wilma “colar” sua imagem excessivamente a Iberê e criticar duramente Rosalba Ciarlini, pode sofrer a represália dos eleitores de Rosalba, que não votarão nela para uma das duas vagas para o Senado. O mesmo raciocínio pode ser usado para Garibaldi e Agripino em relação a Iberê. Por que “sentar o sarrafo” em Iberê se o eleitor dele terá, na chapa, apenas Wilma para o Senado como nome forte? Restaria ao eleitor de Iberê uma opção para o Senado. Opção que Garibaldi e Agripino lutarão com unhas e dentes. Da mesma forma que Wilma sonha com votos dos eleitores rosalbistas. Iberê e Rosalba que se virem...

A charge (que na verdade diz tudo e torna o texto obsoleto) é de Rõmulo Estanrley.

Ruy Pereira fará falta ao Rio Grande do Norte


Planejando matérias e crônicas para postar no blog, algumas sobre o carnaval que se aproxima (e para muitos já começou), fui surpreendido – como todos – pela morte do secretário de Educação do Estado e ex-prefeito de Serra negra do Norte, Ruy Pereira. Tive a oportunidade de entrevistá-lo um par de vezes e de conversar com ele outro tanto. Homem educado, inteligente e preparado, era um dos bons nomes do Governo Wilma de Faria. Fará muita falta ao Rio Grande do Norte.

Foto: Jefferson Lyra (Ruy dando entravista no programa Conexão Potiguar. do jornalista José Pinto Junior)

Na luta pelo governo do RN vale golpe da cintura para baixo


O blog recebeu o texto abaixo e toma liberdade de publicá-lo com o devido crédito, por considerar o tema pertinente e atual. Confira:


Na luta pelo governo do RN vale golpe da cintura para baixo

Luciano de Castro e Silva


Economista e militante do PP



Embora o deputado estadual Robinson Faria (PMN), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e pré-candidato a vice-governador na chapa da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), tenha sempre buscado soluções políticas por meio do diálogo, a mesma postura não é mais usada pelo vice-governador e pré-candidato ao governo do Estado, Iberê Ferreira (PSB), antes considerado ponderado e calmo.

Iberê mudou de estilo e revelou um lado truculento desconhecido dos norteriograndenses depois que, juntamente com o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) – que não consegue resolver as pendências interna do seu partido e fica se metendo no dos outros -, foi até o presidente do Partido Progressista (PP), senador Francisco Dornelles (RJ), para pedir uma intervenção na Executiva do Rio Grande do Norte. Ele conseguiu e isso fez com que houvesse o cancelamento do congresso estadual da legenda.

A candidatura de Iberê, a exemplo da candidatura da deputada Fátima Bezerra (PT) em 2008, para Prefeitura de Natal, vem descendo de goela abaixo desde Brasília e o presidente Lula da Silva não quer nem ouvir falar de o PP se coligar em favor da candidatura da senadora Rosalba Ciarlini, que conta com o apoio do seu arquiinimigo, o senador José Agripino (DEM).

A maioria dos filiados do PP não está gostando nem um pouco desse posicionamento do partido a partir da vontade soberana do maior mandatário da Nação, o presidente Lula, que já vem amargando um desgaste profundo com o PSB, mesmo diante do frescor de um “Dimple” 20 anos, com três pedras de gelo.

Restará aos aliados de Rosalba, caso o PP seja mesmo obrigado a apoiar Iberê, torcer para que o presidente Lula venha fazer pelo menos uns três discursos pelo Rio Grande do Norte...

Divulgação de apoio a blog pode causar rompimento entre Fafá e Rosalba


A política de Mossoró, para variar, pegou fogo! Leio nos jornais e blogs da Terra de Santa Luzia que a divulgação de um contrato em um blog pode causar o rompimento entre a prefeita Fafá Rosado e a senadora Rosalba Ciarlini, aliadas políticas, pelo menos oficialmente (Sim, a foto que ilustra este post é um a ironia!). Sintetizando a história toda, blogueiros ligados à prefeita divulgaram que o gabinete de Rosalba teria um contrato publicitário com o blog do jornalista Carlos Santos. O problema é que Carlos costuma criticar ferinamente a gestão Fafá e os “fafazistas” não se conformaram com o fato de uma aliada apoiar financeiramente um blog que critique a Prefeitura. Bem, a coisa não é tão simples assim, como nada em Mossoró é simples, e tudo passa por fatores diversos, como a reeleição do marido da prefeita Leonardo Nogueira para a Assembléia e a própria campanha do Governo de Rosalba. Mas, o fato é que o rompimento entre prefeita e senadora nunca foi tão possível como agora. O problema é motivo: não dá para os “fafazistas” imaginarem que o apoio de Rosalba ou de quem quer que seja “calaria” o blog de Carlos Santos. Ademais, Carlos, como qualquer outro blogueiro mossoroense, tem todo o direito de conseguir viabilização financeira sem receber policiamento. Veremos os próximos capítulos desta história.

Que tal mudarmos o nome da avenida Ayrton Senna?



Leitores do blog e da coluna que mantenho no jornal Potiguar Noticias se sensibilizaram no sentido de iniciar uma campanha para algum ilustre vereador natalense propor a mudança do nome da avenida Ayrton Senna para nome de alguém identificado com Natal. Ou, pelo menos, um nome nacional identificado com cidadania e causas populares, não um playboy que pilotava carros de Fórmula 1, namorava a Xuxa e mal morava no Brasil.

Nomes sugeridos não faltaram: por e-mail, leitores do blog sugeriram que aavenida se chame Zilda Arns ou Câmara Cascudo e sugeriram ainda os de Darcy Ribeiro, Luis Carlos Guimarães, Jorge Fernandes, Sérgio Vieira de Melo, Jorge Amado, entre outros. Houve quem sugeriu “Avenida Natal”, “Avenida Potiguar” ou “Avenida Eucaliptos”. Qual vereador em Natal se habilita para encampar esta campanha? Melhor que mudar o nome da rua dos Tororós.

TRE vota contra cassação e mantém mandato de Mauricio Marques

Fim da agonia para o prefeito de Parnamirim Mauricio Marques. O TRE manteve o mandato do prefeito, em julgamento encerrado há poucos minutos. Por 4 votos a 3, o processo contra expedição de diploma foi negado pela Corte Regional Eleitoral. O voto de desempate foi o do desembargador Expedito Ferreira. Também foi mais um fim de sonho do deputado Gilson Moura, derrotado nas urnas em outubro do ano passado e que estava na expectativa de assumir a Prefeitura por determinação do TRE ou tentar novamente em uma eleição suplementar.

"Espigões" em Ponta Negra: esqueçamos legalidade ou estudos de impacto, o que conta é o bom senso


Cefas Carvalho

Em Natal, cidade do sol, o assunto do dia na internet, na mídia e nas ruas é a posição da Prefeitura de Natal em liberar a construção de “espigões” em Ponta Negra. Muito li e ouvi sobre o caso. Contudo, minha opinião é simples, quase infantil: não se trata de “fazer estudos de impacto ambiental” ou “mudar a lei já que lei permite a construção” ou ainda “tudo depende do Coplan e fulano ou sicrano teria votado a favor da construção” e mais “temos que mudar (ou não mudar) o plano diretor”. Nada disso. Para mim a essência de tudo é: não se devem construir espigões na orla e proximidades em Ponta Negra. E pronto. Não importa se a construção está dentro da legalidade, se estudos mostram que não há problema. Nada disso. Trata-se do bom senso da comunidade, da classe política e da administração municipal, um a espécie de lucidez coletiva: não vamos construir (ou permitir a construção) de prédios gigantes em Ponta Negra, ainda que seja legal e/ou lucrativo.

Ah, e para ilustrar este post, colhi do blog SOS Ponta Negra, uma foto (de autoria de Leo Moreira) de alguns anos, onde a então vice-prefeita Micarla de Sousa passeia com o pessoal do movimento (Yuno Silva ao lado dela) e garantiu lutar pela preservação da praia. Recordar é viver.

"Quarta Cultural" no Mercado de Petrópolis terá chorinho e frevo na noite desta quarta

Informe cultural: Nesta quarta-feira dia 3, o Mercado de Petrópolis volta a abrigar o projeto “Quarta Cultural”, que abre o ano de 2010 com uma programação de pré-carnaval. A noite será aberta às 18h30 pelo “Nosso Choro”, grupo composto por ex-alunos da Escola de Música da UFRN - Klenio Barros (trombone), Marcio Mizael (trompete), Ramon Bezerra (baixo), Iury Matias (guitarra), Kleber Moreira (percussão) e Diego Silva (bateria)- cujo repertório reúne composições autorais e releituras de clássicos do chorinho e de outros gêneros da música popular brasileira.
Em seguida, o espaço volta a receber o grupo do músico Antônio de Pádua, que desta vez nos brinda com uma apresentação primorosa focada no frevo e em clássicos do carnaval. Para fechar com chave de ouro, o Mercado recebe a visita da “Banda do Giba”, orquestrada por Gilberto Cabral, que realiza mais um ensaio aberto de pré-carnaval em nossa cidade!

O Que? Quarta-Cultural do Mercado de Petrópolis
Quando? Quarta-feira, 03/02/2010 a partir das 18:30hs
Onde? Mercado Municipal de Petrópolis, Av. Hermes da Fonseca, 407/ Tirol.
Quanto? Entrada Franca
Realização:
Cineclube Natal
Parceiros:
Papo Furado Bar (Box19), DSTec Software Livre (Box 24), Oficina Willame Galvão (Box 25), Estação Sabor (Box 39), Cantinho do Açaí (Box 43), Puka Tuka (Box 41), Coração Sertanejo (Box 10), Café da Dalila (Box 11), Sebo Lisboa (Box 26), Sebo Cata Livros (Box 8B), Petrus Antiquário (Box 53), Bela Flor Café (Box 16), Espaço do Colecionador (Box 20), Coisa Nossa (Box 29), Confraria do Gilmar (Box 28), Sayonara Galeria (Box 32), Zézé Produtos Caipiras (Box 27), Antiguidades Silvanaldo Bezerra (Box 42)

Oscar 2010 marca força do cinema sul-americano e mulher como favorita para direção



Cefas Carvalho

Cinéfilo desde sempre, este blogueiro não faz coro com os críticos das indicações do Oscar deste ano. Tudo bem que a possibilidade de “Avatar” ganhar por melhor filme e Sandra Bullock como melhor atriz soam meio bizarras, mas, no frigir dos ovos, há mais pontos curiosos e positivos nas nominações.
Duas delas saltam aos olhos. Na categoria melhor diretor, pela primeira vez uma mulher e um negro concorrem no mesmo ano: Kathryn Bigelow (foto) por “Guerra ao terror” e Lee Daniels por “Preciosa”. Em toda a história do Oscar, só um negro havia concorrido, John Singleton, por “Os donos da rua” e três mulheres, Lina Wertmuller (Pasqualino Sete Belezas), Jane Campion (O Piano) e Sofia Coppola (Encontros e desencontros). Nenhum deles venceu. E é bom lembrar que Bigelow é a favorita este ano.
Outra curiosidade: pela primeira vez dois filmes sul-americanos concorrem ao Oscar de filme estrangeiro: o peruano “A teta assustada” (dirigido por outra mulher, Claudia Llosa) que venceu o Festival de Berlim e “O segredo dos seus olhos”, argentino que vários amigos garantem ser excelente.

O inferno astral de Gilson Moura


Cefas Carvalho e Roberto Lucena

Julho de 2008: deputado federal em ascenção, Gilson Moura (PV) lidera as pesquisas de opinião para a Prefeitura de Parnamirim com ampla vantagem sobre o segundo colocado, o então vice-prefeito Maurício Marques, e é o grande favorito para administrar a terceira maior cidade do Estado. Tem o apoio do seu partido - onde é uma das estrelas maiores - e é visto pelo eleitorado parnamirinense como uma saudável novidade na política local. Contava com o apoio da governadora Wilma de Faria e atual prefeita de Natal, Micarla de Souza.
Janeiro de 2010: exatamente um ano e meio após os fatos relatados do parágrafo anterior, a situação de Gilson mudou muito: tendo perdido a eleição para Maurício por pequena margem de votos, o deputado e apresentador de TV viu em poucos meses seu capital eleitoral se desgastar e surgirem problemas que podem comprometer seu futuro político. Vamos a eles:
1º problema: o afastamento de Gilson de Parna mirim. Se na campanha eleitoral, o pevista era figura constante em eventos e festas no município, após a derrota eleitoral Gilson escasseou suas visitas a bairros e eventos em Parnamirim. O fato foi sentido por eleitores. O fã mais ardoroso de Gilson pode fazer uma “turnê” por bares, mercados públicos e feiras em Parnamirim e constatar o que os próprios eleitores dele pensam agora. Presença na cidade, somente aos sábados, onde apresenta um programa de rádio ao lado de Fernando Fernandes, Carlos Magno e Walter Fernandes. Na pauta do encontro semanal, críticas ácidas ao atual prefeito.
2º problema: atuação na Assembléia Legislativa. Após perder para Maurício, esperava-se que Gilson usasse sua oratória para fazer oposição propositiva, porém, pesada, à administração Maurício. Isso não aconteceu e Gilson viveu um ano parlamentar discreto.
3º problema: desunião do Partido Verde. Causou furor no mundo político parnamirinense declaração do vereador Clênio Santos (PV) no plenário da Câmara no final do ano passado afirmando que “Parnamirim não tem representação na AL”. Se um vereador do mesmo partido de Gilson afirma tal coisa na Câmara, é sério indicativo que Gilson perdeu o comando do PV de Parnamirim. E uma observação: todos os vereadores que se elegeram pela oposição e que estiveram com ele na campanha, hoje estão com Maurício Marques: Paulão, Kátia Pires, Siderley Bezerra e Clênio Santos. Os vereadores são taxativos: falta representatividade da cidade na AL. Tanto que muitos estão de olho em uma das cadeiras do Poder Legislativo estadual e ameaçam o “Advogado Cidadão”.
4º problema: o PV próximo de Maurício. Recentemente, na festa de São Sebastião realizada em Pirangi, fotógrafos registraram o alegre encontro entre o prefeito Maurício e duas estrelas do PV, vereador Paulo Wagner e deputado Luiz Almir, que se apresentava na ocasião. Outro que apareceu para abraçar Maurício foi o coordenador de campanha de Gilson Moura, ex-vereador Fernando Fernandes. A foto foi comentada no programa de rádio. Fernando desconversou e declarou que “não tem problema tirar foto com o prefeito”.
5º problema: excesso de nomes do esquema “PV-TV Ponta Negra” para a Assembléia Legislativa. Tudo indica que a prefeita Micarla de Souza vai apoiar o marido Miguel Weber ou a irmã secretária de Ação Social, Rosy de Sousa, para a Assembléia - e ainda existe a possibilidade do vereador Paulo Wagner ser candidato a deputado, colocando o mandato de Gilson em risco caso tenha menos votos que ambos.
6º problema: ao contrário do que aconteceu em 2006, quando foi o deputado estadual mais votado em Parnamirim, em 2010 tudo indica que Gilson terá no município um adversário à altura: o ex-prefeito Agnelo Alves. Gozando de imenso prestígio no município, Agnelo, se for candidato a deputado estadual, como insinua, deve “tirar” milhares de votos do pevista.
Com tantos problemas, Gilson não deve esmorecer. Tem juventude, espaço na mídia televisiva, considerável capital eleitoral e meses de campanha para reverter alguns dos problemas. Mas, por via das dúvidas, não custa andar com um trevo de quatro folhas e um pé de coelho. E comprar alguns quilos de sal grosso.