O duplo erro de Robinson

Da Redação do Potiguar Noticias

O assunto político da semana no Rio Grande do Norte foi a “tensão” entre o vice-governador Robinson Faria (PSD) e alguns aliados, notadamente o presidente da AL Ricardo Motta e a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
A tensão teria chegado a tal ponto que Rosalba e o marido dela, Carlos Augusto, teriam agilizado uma viagem da governadora para entregar o Governo do Estado a Robinson. Contudo, entre aliados dele, há quem ache que isso é um mero paliativo e que a crise deverá continuar.
No governismo há quem culpe o “isolamento” de Robinson (gerado por Rosalba e Ricardo) ao próprio vice-governador. Ele teria ido com “sede demais ao pote”, na opinião de alguns. Vice-governador eleito, empossado secretário de Recursos Hídricos e tendo indicado diversos nomes para o Governo, Robinson parecia querer mais: planejou ser o candidato do Governo ao Senado em 2014.
Só que esbarrou em uma pedra no caminho: Henrique Eduardo Alves. O deputado federal do PMDB, que aderiu ao governo Rosalba e detém considerável poder em nível nacional, também quer ser senador em 2014 e desencadeou seu projeto tendo como diretriz básica o apoio de Rosalba. Bastou esse plano para que Robinson começasse a ser visto pelo PMDB de Henrique e Garibaldi Filho (ligados ao Governo Federal, o que não é pouca coisa).
Neste caso, Robinson teria errado politicamente ao manifestar tão cedo o desejo de ser senador e de querer acumular poder demais.
Mas, entre analistas políticos, há quem acredite que este foi o segundo erro estratégico de Robinson, da campanha para cá. O primeiro erro ele teria cometido ano passado, antes da campanha.
Quando Robinson, Iberê Ferreira (então vice-governador) e Carlos Eduardo (PDT) ainda estavam no grupo governista, Robinson se aborreceu com a escolha de Iberê como candidato e deixou o grupo pra ir para a oposição. Venceu, é verdade. Mas, se tivesse ficado no grupo, com a doença de Iberê, teria chances reais de acabar sendo o candidato ao Governo. Com chances igualmente reais de levar a disputa para um 2º turno imprevisível.