Cefas CarvalhoSe durante toda a campanha eleitoral o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) não escondeu de ninguém que sonhava em ser presidente da Câmara, após a eleição (em que foi o terceiro federal mais votado no RN).
Para isso, eram necessários dois fatores: Dilma vencer e o PMDB fazer maioria na Câmara Federal.
Apesar do 2º turno, as pesquisas indicam que Dilma deverá vencer a eleição presidencial. Contudo, para a surpresa de muitos, o PT fez mais deputados federais que o PMDB.
Pela regra “de bom senso” da Câmara (embora não esteja no Regimento Interno), o partido com a maior bancada faz o presidente.
O PT já tem, inclusive, um pré-candidato à presidência da Casa, o deputado paulista reeleito Cândido Vacarezza (PT).
Vacarrezza defendeu que assumirá a presidência da Câmara o partido que obtiver “a articulação que conseguir a maioria na Casa” e não necessariamente a maior legenda da Câmara. Ele considerou bons nomes para a disputa os dos deputados petistas Henrique Fontana (RS), Arlindo Chinaglia (SP), João Paulo (SP), Marco Maia (RS) e Luiz Sérgio (RJ).
Num provável acordo com o PMDB, Vaccarezza diz que a preferência dos petistas é dirigir a Casa nos primeiros dois anos, em 2011 e 2012. É nesta época que, segundo sua avaliação, devem acontecer as votações mais importantes, como as reformas tributária e política. “Todo mundo quer ficar no primeiro biênio.”
Para Henrique, esta espera de dois anos seria, mais que uma frustração, um risco. Neste tempo, muita coisa pode acontecer, inclusive um desgaste entre PT e PMDB.
SENADO
No Senado, onde o PMDB tem maioria, o partido deverá fazer o presidente. Mais um fator contra Henrique. Afinal, o PT só aceitaria ceder a presidência da Câmara para o PMDB se o partido fizesse o mesmo com o PT no Senado.
Um algumas ocasiões, o senador Garibaldi Filho (PMDB), que já presidiu o Senado, confessou ter vontade de voltar à presidência. “Mas, renuncio a este desejo se isso for prejudicar Henrique na Câmara”, afirmou.
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