Valmir Moratelli, iG Chega aos cinemas nesta sexta-feira (8) o filme nacional mais aguardado do ano. “Tropa de Elite 2” estreia em 661 salas em todo o País, um recorde para uma produção nacional. Sob direção de José Padilha, Capitão Nascimento retorna sua saga. Dessa vez como Subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Sua missão é combater as milícias, grupos de policiais que dominam favelas do Rio de Janeiro.
Wagner Moura, que vive o protagonista, ainda que já tenha na carreira outros bons personagens, sabe que este tem um valor especial. “É com muito carinho que fiz o Nascimento. É um papel que vou me recordar para sempre”, disse ele.
Antes do elenco fazer uma coletiva de imprensa para mais de 200 jornalistas de todo o Brasil - incluindo imprensa internacional – nesta quinta-feira (7), Wagner conversou com o iG. O ator acredita que o filme, apesar de toda a carga dramática realista que se impõe, tem sim uma mensagem otimista. “Temos que acreditar, eu sempre acredito que as coisas tendem a melhorar. Não tenho por que pensar o contrário”, afirmou.
Também presente à coletiva, que foi sucedida pela exibição do longa, o apresentador de TV Wagner Montes, recentemente eleito deputado Federal mais votado do estado, comentou sobre o fato do filme ter um personagem que, assim como ele, também trabalha em TV e é político. “Lá no filme ele é corrupto, não compactuo com essas atitudes. Adorei o filme, é para chocar mesmo. Preciso depois rever algumas cenas, porque acho que identifico algumas coisas bem reais, tem cena ali que sei a que político estão se referindo”, disse.
Padilha, porém, preferiu sair pela tangente - ainda que afirme que o filme foi baseado em notícias cotidianas da cidade. “O filme é mais sobre um contexto social do que sobre personagens. O que eu digo é que é um filme de ficção. O governador do filme não existe. Assim como ele pode ser todos os governadores ao mesmo tempo”, disse o diretor.
É tarefa quase impossível assistir ao filme sem puxar na memória episódios que marcaram a cidade nos últimos anos. A comparação desses mesmos episódios e dos personagens ali retratados é um exercício que Padilha gosta de instigar no público, visto que sua linha de filmagem é mesmo a do documentário ficcional.
“O filme não traz nenhuma novidade. Me diz qual foi a novidade que você viu no filme e nunca ouviu falar? Tem milícia no Rio? Tem. Político eleito com ajuda da milícia? Tem. Deputado federal eleito pela milícia? Tem. Milícia financiando campanha eleitoral? Tem. A polícia é violenta? É. Qual é a novidade? Nenhuma.”, provoca o diretor.
É bom ver que o cimena brasileiro está a cada dia, ganhando espaço e prestígio. Apesar de ser totalmente avesso às unaninidades,elas existem para serem engolidas e em certos casos, até, admiradas. O fato é que o cinema nosso está cada vez mais possível, e o tropa é um marco. Agora, prefiro um bom roteiro documental ou uma comédia romântica para assistir deitado na cama no fim da tarde de domingo com a mulher e os filhos atrapalhando o clima.
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