Cefas CarvalhoOs resultados das últimas pesquisas eleitorais que mostram a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) em 3º lugar para o Senado (duas vagas estão em disputa) mais que acender o sinal de alerta no wilmismo, mostram que a estratégia da “Guerreira” para a campanha foi equivocada.
Segundo a pesquisa Consult divulgada na semana passada, Wilma tem (somados primeiro e segundo votos para o Senado) 39,41%. Está a 6 pontos de José Agripino (DEM) que tem 45,42%. Garibaldi Filho (PMDB) lidera com 57,12%. As demais pesquisas de outros institutos indicam a mesma ordem e as mesmas diferenças.
Explica-se o equívoco do wilmismo: no começo da campanha, a estratégia da “Guerreira” era evitar o “voto casado” com seu companheiro de chapa, Hugo Manso (PT), que tem 7% de intenções de votos nas pesquisas.
Compreensível. Na ótica do staff de Wilma, não “colar” em Hugo significaria a chance de ter o segundo voto dos eleitores de Garibaldi e Agripino.
Acontece que os dois senadores utilizam a estratégia oposta, a de pregar o voto casado. De um com o outro e de ambos com a candidata ao Governo, também senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Desta forma, grande parte dos eleitores do DEM e do PMDB vota na dobradinha Garibaldi-Agripino, não dando margem para Wilma.
Pior: sem pedir votos para Hugo, Wilma pode ter deixado que eleitores certos dela e potenciais de Hugo migrassem para Garibaldi e Agripino. Wilma já foi aliada tanto de um, como do outro.
Ou seja, cada voto que ela pedisse para Hugo - e conseguisse - seria um voto a menos para Garibaldi e Agripino, em tese. Isso pode ajudar a explicar a diferença dela para os senadores.
O wilmismo não admitiria jamais em público, mas, o fato é que agora tem que reverter o quadro e uma das formas de conseguir é que os eleitores de Wilma votem também em Hugo. Ainda há tempo para Wilma reverter o quadro e fazer jus ao apelido de “Guerreira”
Só tem um pequeno detalhe: Se Wilma não está com prestígio nem para conseguir os votos suficientes para ela, imagine tirar votos dos outros e transferir para Hugo. Num é querer demais não? Abraço, Marcos Lima.
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