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Carlos, Iberê, Rosalba e Robinson

José Pinto Junior

Prefaciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o livro "Roosevelt", de autoria de Lord Roy Jenkins, traz uma frase interessante, referindo-se ao papel dos presidentes dos Estados Unidos: "Um presidente faz lembrar o comandante de um navio no mar. Tem de ter um leme para segurar, um rumo a manter e um porto onde ir".
Esta frase que se refere aos homens da Casa Branca, serve também para observar as movimentações dos políticos potiguares. Neste sentido, o ex-prefeito Carlos Eduardo, se quer ser governador, ainda não resolveu a quem pertence o leme do PDT. O rumo pode ser o governo, parece-lhe faltar o leme.
Outros acertaram. Iberê Ferreira de Souza trabalhou quieto para ter o leme do Governo e do PSB, não para chegar a um porto, mas para nele permanecer. Não como vice, mas como governador, já que Wilma de Faria vai se desincompatibilizar.
A senadora Rosalba Ciarlini tem Mossoró e tem garra, mas não terá o partido. O DEM já disse que a prioridade é José Agripino Maia, logo surge uma pergunta: o DEM banca duas candidaturas majoritárias ou será pragmático no rumo ao porto do poder?
O deputado estadual Robinson Faria, que preside a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, preside o PMN e tem o controle do PP. Robinson tem forte liderança na Região Agreste, que tem mais votos que Mossoró. O deputado agresteiro, que já lançou sua pré-candidatura, precisa comandar seu navio em direção a Natal, de onde sairá o vice.
Para chegar ao porto, de cuja cadeira pode comandar os destinos do estado, precisa segurar não só o remo do seu projeto, mas a tripulação de filiados aos partidos PMN e PP. Robinson sabe o que quer e acredita que chega ao porto, ou seja, ao Governo.
Quanto a nós, leitores e eleitores, só saberemos em 2010.

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