Paulo Augusto
Um enredo digno dos melhores filmes de espionagem, no estilo 007, ou das obras políticas em forma de documentário do cineasta Michael Moore, compreende o conteúdo do livro "Alcanorte, da Farsa às Cinzas", que o economista Cláudio Guerra lança na manhã deste sábado, dia 18, no Sebo Vermelho, em Natal.
Passados 32 anos, a fábrica ainda não foi concluída, embora eventualmente sua carcaça, na entrada de Macau, ganhe vida e as manchetes das editorias políticas e de economia da imprensa local, através de pessoas bem relacionadas com o governo do Estado e com a corte, em Brasília, com o intuito de fazer o escombro render mais alguns dólares, além da formidável montanha de dinheiro que ela já produziu para os bolsos mais privilegiados.
Desde que foi prometida e teve suas fundações lançadas, pelo então governador Tarcísio Maia, em 1976, a delirante fábrica de barrilha já consumiu - e protanto subtraiu dos orçamentos do Estado e do bolso dos potiguares - cerca de R$ 500 milhões de reais, parte deles no esqueleto erigido à beira do istmo da ilha de Macau, e que ali permanece, como um monumento à "insesatez do capitalismo", como assinala Cláudio Guerra.
Para os que conhecem a história da fábrica de barrilha e seus desdobramentos cinematográficos, na melhor linhagem dos filmes da Máfia, vale a pena adquirir o livro de Cláudio Guerra, pela riqueza de detalhes ali agrupados, de forma sistemática e explicativa.
A obra, finalmente, torna intelegível os golpes que se sucederam ao longo desses 32 anos, enriquecendo e financiando a vida luxuosa de figuras nababescas, que se aproveitaram de um esquema montado com maestria, a fim de sorver dinheiro fácil pelos dutos sempre abertos dos governos estadual e, principalment, federal.
Na apresentação da obra, diz Cláudio Guerra: "Esta é uma história de ‘dumping1. Uma exemplar história do ataque à nossa soberania. É tambem a história da irresponsabilidade com o dinheiro do povo, aqui concretizada com o abandono da fábrica, o engodo da privatização e a ‘doação’ para os operários quando só restavam cinzas."
Para escrever essa epopéia de cunho mafioso, onde o que não falta são espertalhões, na pessoa de elementos absolutamente desprovidos de escrúpulos e de integridade moral, Cláudio Guerra mergulhou, com paciência e método, em milhares de documentos velhos e embaralhados, contando a história de uma vila com moradores inadimplentes e contas pendentes, uma estrutura de US$ 170 milhões parada há mais de 30 anos e uma dívida que, só no âmbito estadual, já ultrapassava os R$ 300 milhões alguns anos atrás.
"O palco desta tragédia, Macau, Rio Grande do Norte, é uma das regiões mais ricas do Brasil pela abundância de petróleo, gás, sal e pescado e apresenta um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano do país", diz Cláudio Guerra que, na obra, revela e desmonta toda a estrutura do golpe da álcalis e da barrilha, dentro de um quadro político e econômico que, ao lado das intrigas internacionais,por conta dos conflitos dos cartéis, quando entram em cena a Ansac - American Natural Soda Ash Corp, a Alco - Álcalis da Colômbia e a Alpat - Álcalis da Patagônia, sem esquecer de uma figura digna dos melhores películas que retratam a mafia e a Cosa Nostra: José Carlos Fragoso Pires, um escroque de nível internacional que tem participação fundamental na destruição deste sonho dos norte-rio-grandenses. A história desse golpe precisa ser do conhecimento da maioria dos potiguares, sendo uma necessidade ensiná-la e discuti-la nas salas de aula das escolas públicas e privadas do nosso Estado, já que revela todo o entranhado histórico de patrimônios como o Bandern e BDRN, uma história que pode se repetir a qualquer momento, e que tem suas consequências bem ligadas à vida de cada um de nós, que aqui vivemos.
Just How to Cure Varicose Capillaries with Vinegar
-
Varicose veins are an usual condition that affects lots of individuals,
causing discomfort as well as aesthetic issues. While there are several
treatment...
Há 11 meses
concordo em grau e genero com você, é uma vergonha, eu quando criança me dirigie a localidade de macauzinho para ver os maquinário trabahando. e minha mãe falando me dizia, a ir está o seu futuro e de seus irmãos.ela tabem tava sendo enganada, por isso ñ a culpo por ter me dito tal coisa, estou com 39 anos, beirando o caixão, e o futuro macauense que minha mãe falou nunca chegou
ResponderExcluirgilmar rocha um macauense desolado com tanta mentira.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir