Contador

“Esquizofrenia” leva PMDB a dois palanques no mesmo dia



Cefas Carvalho

É certo que em campanha eleitoral vale tudo para se eleger e que no Brasil fidelidade partidária não vale mais que um risco n’água. Mas, há casos que beiram a esquizofrenia. Um destes casos foi registrado pela imprensa potiguar na última quarta-feira, dia 28, por ocasião da visita de Dilma Rousseff a Natal.
Entre os muitos políticos locais que receberam Dilma, estavam o deputado federal Henrique Eduardo Alves e o senador Garibaldi Alves FIlho, líderes maiores do PMDB estadual.
Sabe-se que Henrique sempre foi entusiasta da aliança do PMDB com o PT e com Dilma e apóia a candidatura do governador Iberê Ferreira de Souza à reeleição. Já Garibaldi, apóia Dilma, mas, é candidato ao Senado apoiando a candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Portanto, nas muitas fotos da visita de Dilma a Natal, não deixou de ser estranho ver Garibaldi ao lado de Iberê, Wilma de Faria e os líderes pesebistas e petistas.
INVERSÃO
Contudo, no mesmo dia, mal Dilma Roussef embarcou no avião de volta para Brasília, tanto Henrique como Garibaldi se deslocaram até Extremoz, para participar de uma movimentação organizada pelo prefeito Klauss Rego, com a participação de Rosalba Ciarlini. Lá, uma inversão de papéis: Garibaldi em “casa” e Henrique estranhamente abraçado com Rosalba e participando da movimentação da adversária do seu candidato, Iberê.
Na ocasião, o deputado bacurau disse que é Iberê, “mas que admira muito Rosalba Ciarlini”. Pelo andar da carruagem, o PMDB local ainda dará mostras de esquizofrenia político-partidária.


Fotos. Assessorias dos candidatos.

Livro "80 Cult Movies essenciais" será lançado hoje na UFRN


Nesta quinta dia 29 um programa imperdível para quem ama cinema e literatura. Em dias de arte e ciência na UJFRN com a SBPC/Cientec, será lançado nesta noite o livro 80 Cult Movies Essenciais organizado pelos cinéfilos Nelson Marques, Gianfranco Marchi e Rodrigo Hammer. O lançamento será na Cooperativa Universitária as 17h no centro de convivência da UFRN.

Ah, e uma hora depois, às 18h, no Espaço Prosa Poética – Estacionamento da Comunica/Centro de Convivência, tem ensaio aberto tipo pocket show da banda/trio “Os Poetas Elétricos”. Carito, Edu e Michele sempre merecem ter o trabalho conferido com atenção.

Programa da Secretaria de Desenvolvimento encaminha macaibenses para empregos


Graças ao trabalho realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Macaíba, muitos cidadãos e cidadãs estão conseguindo entrar no mercado de trabalho. Segundo a secretária Juciane Cortêz, de agosto a dezembro de 2009, os esforços da pasta resultaram em 300 vagas de empregos para macaibenses em empresas e indústrias sediadas no município.
De janeiro a junho deste ano, os números foram mais expressivos. Nada menos que 675 encaminhamentos de macaibeses para entrevistas de trabalho pela Secretaria em 30 empresas (entre serviços e indústria). Destes 675, 517 foram empregados, perfazendo um aproveitamento de 74,46%.
“Infelizmente 132 vagas foram perdidas por falta de qualificação dos encaminhados. Mas, a qualificação dos macaibenses é uma questão que a prefeita Marília Dias está analisando e em breve teremos muitas ações neste sentido, o que fará que cada vez mais vagas de trabalho sejam preenchidas”, afirma Juciane.
Para a secretária, os números são bons, mas, podem ser ainda melhores, com a qualificação e maior procura de macaibenses pelo serviço da Secretaria. “Qualquer morador de Macaíba que esteja desempregado pode vir à Secretaria para preencher o modelo pronto de currículo que oferecemos no chamado Banco de Currículos. A partir daí, iremos oferecer o currículo dele às empresas que funcionam em Macaíba, e encaminhá-lo a uma delas para entrevista de emprego”, explica Juciane.
Para mais informações, o telefone da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é 3271-6624.

Roberta Sá de A a Z (Matéria do site Ig)


Valmir Moratelli,
iG Rio de Janeiro

Foto: Léo Ramos


Uma das vozes mais elogiadas da nova geração da MPB, Roberta Sá acaba de lançar o CD “Quando o canto é reza”. O trabalho é uma parceria com o trio de percussão Madeira Brasil, formado por Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim. São treze canções de autoria do compositor baiano Roque Ferreira, que já foi gravado por Clara Nunes, Maria Bethania, Alcione e Zeca Pagodinho.

“É um disco de misturas. É a minha mistura com o ‘Trio’, a música baiana com todo o resto, a religiosidade afro-brasileira com o catolicismo, o amor com o trabalho, o estudioso com o espontâneo. Estar no palco é um momento divino, e isso remete ao nome do disco”, explica Roberta, sempre sorridente. “Nossa única relação é com as divindades da música. Sigo a fé na música”, continua.

O disco permeia por diferentes ritmos genuinamente brasileiros, como coco, maxixe, samba carioca, afoxé e samba de roda. “Aí está a delicadeza do trabalho e o que faz a simplicidade ser um detalhe bastante trabalhado nas letras”, afirma Zé Paulo Becker, um dos que acompanham Roberta no novo show, que estreia no dia 27 de agosto, no teatro Castro Alves, em Salvador.

Casada com o músico Pedro Luis, do Monobloco, a cantora, que nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, fala o que pensa, discorrendo a pedido do iG sobre vários assuntos de sua carreira. De A a Z, detalhes de Roberta Sá.

Alma de Artista. “Percebi que tinha esta alma quando comecei a gostar de estar no palco. Tudo que o artista faz é para chegar naquele momento de dividir seus prazeres com o público”.

Braseiro. “Foi meu primeiro CD. Dele trago até hoje meu entusiasmo com a criação. Acho que montar repertório é dos trabalhos mais criativos que existe. Tenho fome de novidade, gosto de me encher de inspiração”.

Coral. “Morei nos Estados Unidos para um intercâmbio cultural, aos 18 anos. Nesta fase, cantei num coral de escola. Minha primeira percepção foi de tristeza, por perceber que o Brasil perde ao não ter educação musical como lá”.

Democracia. “Não gosto de discutir política. Minha geração precisa se envolver mais com isso, sem esquecer o que temos vivido de bom e de ruim nos últimos anos. Não vejo programa eleitoral, prefiro me informar na internet”.

Erudição. “Não tenho muita erudição, porque não tive formação acadêmica em música, é uma formação mais intuitiva. É importante estudar e buscar ouvir novas coisas”.

Fé. “Tenho fé de que as coisas vão melhorar no mundo, mas não tenho religião. Tenho fé em Deus e, por incrível que pareça, ainda tenho fé no ser humano”.

Gostos. “Tenho muito disco. Quando chego em casa coloco logo um CD. Ouço Frank Sinatra, Elza Soares, Gil... No meu gosto pessoal cabe de tudo”.

Homenagens. “Já homenageei Ataulfo Alves, João Donato, Tom Jobim. Mas o novo CD, sobre o Roque Ferreira, é a primeira homenagem que faço por vontade própria, e não um convite de outros”.

Imagem. “Minha preocupação é não expor minha imagem pessoal. O que eu passo é verdadeiro, sou 100% o que você vê profissionalmente. Não sei mentir”.

Jovem Guarda. “Meu pai adora tudo daquela época. Ouvia muito Roberto Carlos em casa, além de ver os filmes dele. Cantei com Erasmo Carlos num programa de TV recentemente, foi incrível”.

Liberdade. “Eu só consigo trabalhar se for com liberdade. Não sei fazer o que dizem que é para fazer. Minha carreira não é pautada pelos outros. A palavra inicial tem que ser minha”.

Madeira Brasil. “Minha vida é cheia de encontros e este está sendo ainda mais especial. Aprendo muito sobre a visão de música deste trio maravilhoso. Dividir este trabalho com eles está sendo bacana, o peso não é só meu”.

Natal. “Estou no Rio há 21 anos, mas Natal é aquela coisa de comida de avó, casa em fazenda... Minha família ficou lá, assim como os amigos. Saudades de lá. Vou voltar pra Natal em outubro, preciso voltar”.

Orkut. “Comecei a carreira e recebia cartas de fãs. Depois, passei a trocar mensagens com fãs pelo Orkut. Mas saí. Agora voltei com as redes sociais, via twitter. Por sugestão da Luiza Possi, há dois meses, que insistiu para que eu entrasse”.

Pedro Luis. “É meu principal compositor. Quando o conheci, primeiro me veio a imagem social dele. Sou superfã. Ele interfere no meu trabalho e vice-versa. Ele tem delicadeza nas colocações, sabe interferir em mim”.

Qualidade. “É impossível cantar o que não se sente, ao menos para mim. Qualidade passa por aí, pelo meu gosto. Preciso me convencer de que vale a pena gravar uma determinada canção”.

Roque Ferreira. “É um elo perdido, não um elo achado. Um compositor incrível que prefere se manter meio recluso, na dele, lá na Bahia. Pedi para ele uma música para gravar e me mandou seis. Depois, chegamos a este CD todo com canções dele”.

Samba. “É a grande majestade da música brasileira. Bossa Nova, como diz João Gilberto, é um samba devagar. É minha referência musical. Samba da Bahia é samba de coco... É um gênero tão rico que, se você quiser passar uma vida só gravando samba, não vai se repetir”.

Trilha de novela. “Minha música ‘Fogo e Gasolina’ está em ‘Passione’. Adoro novela, melhor ainda ver minha música numa das cenas. Ainda farei um CD inteiro sobre trilhas de novelas. Se eu não fosse cantora, trabalharia com trilhas. Novela é popular, entra na casa das pessoas e leva junto sua música”.

Utilidades. “É bastante egoísta o que vou dizer, mas a maior utilidade da música é o meu prazer. É meu prazer chegar até o público com o que canto. Sem demagogia, por eu ter feito o programa ‘Fama’, que era muito popular, percebi a responsabilidade do artista junto ao público”.

Vaias. “Não gosto de agressividade. Crítica não me incomoda, apesar de ter acontecido muito pouco até hoje. Tive a sorte de ser bem recebida pela crítica. Fazer um disco, como um livro, é um ato de coragem, é a verdade de alguém. Fico chateada quando a crítica é para ferir”.

Xirê. “É um samba de roda, que inclui neste disco. Tem um verso que diz ‘Seu namorado serei, serei, serei, sereia”’. Tem coisa mais linda? Fala da alegria da mulher dançando, tem a ver com a brasilidade popular. É uma música que fala de paixão”.

Zeca Pagodinho. “Zeca já gravou ‘Água da minha sede’ e ‘Samba pras moças’, dois grandes sucessos de Roque Ferreira. Quando o encontrei pela primeira vez, já tinha tomado umas cervejas, batemos um papo e só depois alguém me chamou pelo nome. Aí ele: ‘Você é a Roberta Sá?’. Respondi que sim. E ele: ‘Por que você não me disse que você era você? (risos). Achei o máximo”.

“Lei das Palmadas” é uma bobagem


Ricardo Kotscho

Quanto mais converso com as pessoas, mais me convenço de que esta história de que os pais precisam de uma “Lei das Palmadas” para saber como devem educar seus filhos não passa de uma grande bobagem.

Sem nem entrar no mérito do projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso no começo de julho, cabe uma simples pergunta: se por acaso esta proposta for aprovada, como poderá ser cumprida na prática?

É mais um não-assunto que está gerando uma polêmica danada no momento em que a campanha presidencial deveria discutir os rumos e as propostas para o futuro do país. Virou manchete de jornal, capa de revista, tema de pesquisa, tudo isso para quê? Como pai e avô que se orgulha da educação das filhas e dos netos, acho até graça.

Alguém pode imaginar uma criança indo à delegacia de polícia mais próxima para denunciar os próprios pais por ter levado um tapa na bunda? E o delegado vai lá prender os pais? A Justiça vai processá-los e tirar-lhes o pátrio poder?

O texto da lei defende “o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante”. Até aí estamos todos de acordo, mas são duas situações bem diferentes, convenhamos.

“Tratamento cruel e degradante” contra qualquer pessoa é crime já previsto em lei desde sempre. Mas de que tipo de “castigo corporal” estamos falando?

A julgar pelos resultados da pesquisa Datafolha sobre a “Lei das Palmadas” divulgados nesta segunda-feira, 72% dos pais brasileiros deveriam estar na cadeia porque foi este o percentual de entrevistados que declararam já ter sofrido algum castigo físico na vida. Eu mesmo confesso que já dei e levei algumas (poucas) palmadas.

A mesma pesquisa mostra que os pais estão batendo menos nos filhos: se 72% já levaram uns cascudos, apenas 58% declararam que também já bateram nos filhos, ou seja, de uma geração para outra, a criançada está apanhando menos para andar na linha.

Nem por isso a violência diminuiu. Ao contrário, todas as estatísticas indicam que, de ano para ano, os brasileiros estão respeitando menos a vida alheia, ficando mais violentos, matando mais por qualquer motivo ou sem motivo nenhum.

Fico pensando de que cabeça desocupada pode ter saído esta idéia, que só serve para atiçar os adversários do governo federal, dando-lhes munição para acusá-lo de querer acabar com as liberdades individuais ao intrometer o Estado na relação entre pais e filhos. Tem cabimento?

O que estamos percebendo hoje é uma clara contradição entre o mais longo período na nossa história recente de respeito às liberdades públicas _ de expressão, de organização político-partidária, religiosa e social _, enquanto se engendram restrições às liberdades individuais, como se leis deste tipo pudessem nos fazer mais felizes e saudáveis.

É claro que todos nós somos contra qualquer violência praticada contra crianças, sejam nossos filhos ou não, mas para isso já existe o Código Penal, que pune severamente estes crimes. Daí a querer tirar dos pais o direito de saber o que é melhor para educar seus filhos vai uma longa distância.

Em todas as classes sociais, o que tem acontecido é uma crescente leniência dos pais ao estabelecer parâmetros sobre o que seus pimpolhos podem ou não fazer, quais os direitos e os deveres para se viver em sociedade, respeitando as leis já existentes.

A maior prova disso é o desrespeito aos professores, vítimas até de agressões dos alunos, que se sentem protegidos pelos pais para fazer o que bem entendem. É isso que acaba levando a assassinatos como o que vitimou o filho da atriz Cissa Guimarães, atropelado durante um racha num túnel interditado no Rio de Janeiro.

Cada um tem seu jeito de educar os filhos. Isso varia muito até dentro de uma mesma família. Pais e mães muitas vezes discordam sobre os corretivos que devem aplicar quando os filhos não os obedecem, não querem estudar ou comer, não cumprem horários, não saem da frente da televisão ou do videogme.

Dar um beliscão ou um tapa na bunda, colocar de castigo ou cortar a mesada? Não existe uma receita pronta que sirva para todos. Antes de mais nada, é preciso ter bom senso, dedicar mais tempo a conversar com os filhos e educá-los pelo exemplo, o que os pais que vivem nas grandes cidades têm feito cada vez menos, deixando tudo por conta das escolas.

Assim, muitas vezes, o último recurso, que é o castigo, acaba sendo o primeiro. E as crianças vão descontar suas frustrações e revoltas em cima dos professores, que nada podem fazer, criando-se um círculo vicioso que nenhuma lei vai cortar. Não sei qual a melhor solução, mas não é, certamente, punindo os pais com a “Lei das Palmadas” que vamos melhorar o nível educacional dos nossos jovens e construir uma sociedade menos violenta, mais fraterna.

Transmissão de show do Arcade Fire na web será dirigida por Terry Gilliam


Essa notícia é para quem gosta de pop-rock. Este blogueiro leu no site Uol/Uol Música que a banda canadense Arcade Fire, para muitos a melhor do mundo atualmente (Sim, Radiohead é hours concours) terá show ao vivo transmitido pela net com direção de minguém menos que Terry Gilliam, diretor dse primeira e que entrou para a história como membro do Monty Pyton. Confira:

Terry Gilliam vai dirigir a transmissão ao vivo do show do Arcade Fire no Madison Square Garden, em Nova York, no dia 5 de agosto.

A apresentação do Arcade Fire vai inaugurar a nova série de shows online "Unstaged", que será exibida no site Vevo, que pertence ao YouTube.

Gilliam, ex-integrante da trupe inglesa de comediantes Monty Python, dirigiu filmes como "Brazil", "12 Macacos" e "O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus".

No dia 2 de agosto, chega às lojas o terceiro disco do Arcade Fire, "The Suburbs", que terá oito capas diferentes à disposição dos fãs. Antes do lançamento oficial, porém, as músicas do disco já podem ser encontradas em sites na internet.

O show do grupo que será transmitido é o segundo dos dois que o Arcade Fire tem agendado no Madison Square Garden. De acordo com o site do semanário inglês "New Musical Express", os fãs da banda poderão escolher diferentes ângulos de câmeras e enviar fotos de suas cidades para serem exibidas durante a apresentação.

Os próximos shows da série "Unstaged" serão de John Legend e The Roots. Outras atrações serão anunciadas posteriormente.

Nova UPA começa a ser construída em Parnamirim

Já estão em andamento as obras da Unidade de Pronto Atendimento que a Prefeitura de Parnamirim vai construir em Nova Esperança em parceria com os governos federal e estadual. Na manhã da última terça-feira, dia 20, o prefeito Maurício Marques, o vice Epifânio Bezerra e secretários acompanharam a terraplenagem do terreno, localizado em área central do bairro.
A construção do prédio pelo sistema de blocos pré-moldados deve começar no início de agosto, com prazo de 90 dias para a conclusão. O investimento conjunto das três esferas de governo é de R$ 2,8 milhões. A unidade funcionará 24 horas e terá estrutura similar a de uma unidade de tratamento semi-intensivo.
De acordo com Henrique Costa, adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, do valor total destinado para a construção do prédio, R$ 2 milhões são oriundos do Ministério da Saúde, R$ 400 mil do Governo do Estado e R$ 400 mil da Prefeitura. “Além desse valor, mais R$ 2 milhões serão investidos em equipamentos, também no sistema tripartite, sendo 50% do Governo Federal, 25% do Estadual e 25% do Municipal”, explicou.
A unidade funcionará ao custo mensal de R$ 350 mil. A equipe de profissionais inclui dois clínicos, dois pediatras, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, técnicos em enfermagem, técnicos em Raios-X, farmacêuticos, bioquímicos, entre outros. Além desses, a UPA contará com o pronto-socorro odontológico. Além disso, a unidade será referência para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que terá mais uma porta de entrada para os pacientes da região.
Na visita ao terreno, o prefeito Maurício Marques lembrou os investimentos em Saúde, que este ano deverão chegar aos R$ 75 milhões, quase 40% a mais do valor destinado no ano passado ao setor. "Estamos trabalhando para ampliar e ao mesmo tempo melhorar os serviços", disse o prefeito.
Esta será a segunda UPA de Parnamirim. A primeira, em funcionamento desde o início do ano em Rosa dos Ventos, é mantida com recursos próprios. As duas unidades vão contribuir para desafogar o atendimento no Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, e também no Hospital Walfredo Gurgel, localizado em Natal.

Presidente eleito da Câmara de Mossoró tem que “driblar” Claudionor e Prefeitura


O vereador Francisco José Júnior (PMN), presidente eleito da Câmara Municipal de Mossoró, afirmou estar tranquilo quanto a legalidade da eleição que o tornou presidente e que já está se preparando para a posse, em janeiro de 2011. O problema é que o atual presidente (que disputou a eleição e perdeu) Claudionor dos Santos, quer anular a eleição para realizar outra.
Um ponto importante para Silveirinha, como é mais conhecido o vereador, é quanto a relação com o Palácio da Resistência. O Governo Fafá Rosado não engole a presença de dois de seus opositores mais ferrenhos na direção da Câmara. São os vereadores Jório Nogueira (PDT) e Lahyre Rosado Neto (PSB), respectivamente eleitos 1º Vice-presidente e 1º Secretário.
Corre versão de que o Palácio poderia propor a Francisco José Júnior o apoio político para sua manutenção na presidência, mas gostaria de ver a realização de uma nova eleição. O objetivo é exatamente reformular a Mesa Diretora, com a retirada dos membros da oposição.
No Cenário Político, Francisco José Júnior disse que essa proposta será rejeitada. Ele garante que a Mesa Diretora que vai ajudá-lo na administração da Câmara será a eleita no dia 2 de julho, portanto, com os oposicionistas. Mais que isso, avisou que pretende fazer uma administração onde mais pessoas possam opinar.
Aí é onde entra o "perigo". É que a oposição foi decisiva na eleição de "Silveirinha".
Com Claudionor, os opositores não conseguiam muito avanço. Eram literalmente atropelados. Agora, com maior influência na condução da Câmara e, consequentemente, sobre o que ela vota, é um risco que o Palácio não gostaria de correr, principalmente nesses últimos dois anos de governo da prefeita Fafá Rosado (DEM).

Ex-prefeitos de dois municípios têm contas consideradas irregulares pelo TCE

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) voltou a julgar processos de ex-prefeitos do Seridó, recentemente.
A Primeira Câmara de Contas examinou documentações comprobatórias de dois seridoenses: Pedro Roberto (Florânia) e Joarimar Tavares (Tenente Laurentino Cruz). Os dois foram relatados pelo conselheiro-substituto Cláudio Emereciano.
De acordo com o Acórdão N° 529/2010, Pedro Roberto teve negado um pedido de reconsideração de contas que foram condenadas, referente aos meses de maio a agosto de 2000, quando era prefeito de Florânia.
Já Joarimar Tavares voltou a ter problemas com contas da época em que era presidente da Câmara Municipal de Tenente Laurentino Cruz.
MULTAS
O TCE multou ele com R$ 500,00 e juros e correção monetária, sem prejuízo da aplicação de multa no valor equivalente a 50% sobre o referido débito. Ainda teve outra multa no valor de R$ 150,00 pela classificação indevida de despesas. O TRE deverá divulgar mais contas irregulares de Prefeituras do RN nas próximas semanas.

Futebol feminino ganha espaço em Parnamirim


Adotado pelo Potiguar Esporte Clube há dois anos, o time feminino de futebol vem se destacando nos últimos campeonatos. Tendo Emerson do Amaral como treinador, a equipe é bicampeã estadual, tendo conquistado o vice-campeonato em 2009, no âmbito norte-nordeste. Em 2007, o time também alcançou o sexto lugar no campeonato brasileiro.
Segundo Emerson, no estado, os únicos times femininos profissionais são o do ABC e o do Potiguar. “O time nasceu em Natal, dentro do Cefet, hoje IFRN, há quatro anos, sendo criado por Wanderléia da Silva, que é formada em Educação Física”, conta Emerson, que também diz que no ano de 2007 veio pro Parnamirim Futebol Clube e logo depois para o Potiguar, em 2008.
Neste ano, a equipe está no campeonato estadual, junto com quatro outros times femininos. O treinador conta que a vantagem do time é que é entrosado, com uma goleira excelente, Karina da Silva, e uma boa meio esquerda, a Maria Antônia. “Nosso time está bem preparado e vamos conseguir o ritmo para conquistar a vitória.
O grupo tem 24 atletas com uma média de idade entre 17 e 22 anos. Os treinos acontecem quatro vezes por semana. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, acontecem no campo do IFRN, das 18h as 20h30. Aos domingos, o time treina pela manhã, das 10h as 11h30, no campo do Potiguar Esporte Clube.
A equipe também conta, além do treinador Emerson, com os preparadores físicos Leandro Lincon e José Arnóbio, e o treinador de goleiros, conhecido como Tita.
Emanuel Alves Frasano, diretor do clube, conta que ofereceu o apoio do Potiguar quando elas vieram conversar com ele. “Elas estavam com o outro clube, mas não deu muito certo lá e agora contamos com elas para levantar a imagem do clube”, afirma.
Ele também diz que a equipe está com um projeto de fazer o departamento feminino dentro do clube. “Para isso, contamos também com o apoio do prefeito Maurício Marques, que mesmo se não tiver como conseguir recursos da prefeitura, garantiu o apoio pessoal”, destaca o diretor do clube.

Diogo Guanabara & Macaxeira Jazz Tocando Beatles


Diogo Guanabara & Macaxeira Jazz tiveram seu primeiro encontro num palco no projeto Som da Mata. De lá para cá, a fusão do choro e do samba com o jazz e o rock'n'roll resultou num trabalho consistente que já rendeu dois CDs, um DVD e duas turnês para fora do país (Europa e Ásia). As canções dos Beatles fazem parte do repertório do grupo desde o início. Os meninos de Liverpool influenciaram os meninos de Natal naquilo que o rock tem de mais inovador: a renovação da música. As possibilidades sonoras oferecidas pela obra da dupla Lennon / McCartney, sem esquecer o genial George Harrison, são talentosamente aproveitadas por Diogo e o Macaxeira (Ticiano D'Amore, Raphael Bender e Henrique Pacheco) que criam um novo gênero, o choro'n'roll.
Músicas como Here Come The Sun, Strawberry Fields Forever, Help!, Eleanor Rigby e Michelle, dentre outras, ganham uma sonoridade única, comprovando a universalidade e atemporalidade da música dos Fab Four.
É show para agradar a todas as gerações.

Serviço:

Show: Diogo Guanabara & Macaxeira Jazz tocam Beatles
Dia: 24 de julho - sábado
Local: TCP-Teatro de Cultura Potiguar
Hora: 18 e 20h - duas sessões
Fone: 3232 5307
Senhas antecipadas na Botton do Midway (R$ 10,00)

Ilustração: Amanda Duarte.

Quatro anos após “traição”, Geraldo apoia Garibaldi


Cefas Carvalho

Nada como um dia após o outro. O velho dito popular mais uma vez se encaixa em um episódio político potiguar. Agora, no apoio oferecido pelo ex-senador Geraldo Melo (PPS) à candidatura a reeleição do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB). Explica-se: há quatro anos, na eleição de 2006, Geraldo Melo sonhava em retornar ao Senado e pleiteou o apoio do PMDB e do antigo aliado Garibaldi Filho.
Contudo, em um episódio que muitos jornalistas e correligionários de Geraldo classificaram como “traição”, Garibaldi desistiu de apoiar Geraldo para apoiar a candidatura da então ex-prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini. Na ocasião, só havia uma cadeira do Senado em disputa, e o adversário de Rosalba era o então Senador Fernando Bezerra. Como se sabe, Rosalba venceu.
Geraldo, sem apoios de peso, amargou um terceiro lugar para o Senado. E alardeou que Garibaldi e o deputado federal Henrique Alves tinham assumido compromisso para que o PMDB apoiasse sua candidatura. Só que os líderes bacuraus optaram pela aliança com o PFL (hoje Democratas). Especulou-se que Geraldo guardaria um rancor eterno aos Alves. Engano.

RETRIBUIÇÃO
Eis que na terça-feira dia 20, Geraldo “ressuscita” e declara o apoio (dele e de seu grupo, incluindo sua mulher, ex-prefeita de Ceará-Mirim Edinólia Melo) a Garibaldi. Geraldo Melo justificou a escolha afirmando que Garibaldi merece continuar no Senado pelo trabalho que há muito desenvolve em benefício do Rio Grande do Norte. “Eu voto em Garibaldi não só pela sua tradição e pela sua história, mas também pela grande ajuda que ele deu a Ceará-Mirim quando Ednólia era prefeita”, disse. E acrescentou: “Isso é uma forma de retribuir, no Estado inteiro, a contribuição que ele deu”.

Chico da Prefeitura reafirma apoio a Betinho Rosado


O vereador em Mossoró e candidato a deputado federal Chico da Prefeitura (DEM) negou, através de sua chefia de gabinete, que estaria dialogando possível apoio à reeelição do deputado federal Felipe Maia (DEM).
Chico reafirmou sua dobradinha com Betinho Rosado. Reafirmou o discurso de que é um político fiel à senadora Rosalba Ciarlini (DEM), de quem é correligionário e apoioador desde a primeira campanha dela à Prefeitura de Mossoró, em 1988.
O vereador disse que, pessoalmente, não recebeu nenhum convite para trocar a parceria com Betinho por Felipe Maia. E que estaria, como sempre esteve, satisfeito com a relação com o deputado.

Jornalista propõe greve de artistas em Natal no mês de dezembro

O blog reproduz proposta aberta em lista de discussões na internet do jornalista e militante cultural Yuno Silva, velho amigo deste blogueiro, para os artistas potiguares. Embora eu não acredite muito em união de artistas nem na raça humana de modo geral, acho válido ler e efletir sobre a idéia do sempre combativo (com resultados) Yuno. Segue a mensagem:

Olá todos e todas,

Artistas de todos os segmentos culturais, produtores, músicos, atores, vídeomakers, escritores, poetas, mestres de cultura popular, organizações, entidades, associações e empresários do setor artístico... etc etc etc.

Chegou a hora de mostrarmos o poder de nossa união! Mobilização já - ou alguém mais quer continuar a mercê da falta de compromisso generalizada? É edital atrasado, cachê atrasado... uma lenga-lenga sem fim!!

Diante dos freqüentes e constantes calotes, diz-que-me-diz, empurra-empurra, atrasos de pagamento, descaso, desrespeito, falta de consideração, falta de compromisso, falta de palavra, desinformação e desinteresse por parte do poder público (leia-se Fundações Capitania das Artes e José Augusto) com relação ao trabalhadores da arte e da cultura desta cidade e deste Estado...

SUGIRO UMA GREVE GERAL DOS ARTISTAS DURANTE TODO O MÊS DE DEZEMBRO.

Quero ver conseguirem realizar Auto do Natal; Auto do Carnaval; Auto do São João; Auto do Raio que o Parta!!! Imagine Natal, em pleno verão, sem o suporte da Cultura? Em vez de eventos, protestos diários: no aeroporto, na praia, no shopping, nas praças, escolas, no Alecrim, na Cidade Alta, na Ribeira, em Ponta Negra, em Felipe Camarão, Redinha, Mãe Luiza, na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Vereadores...

Quem topa? Dá até pauta nacional do tipo:

ARTISTAS DE NATAL ENTRAM EM GREVE PARA EXIGIR RESPEITO E COMPROMISSO. ou

ARTISTAS DE NATAL BOICOTAM EVENTOS REALIZADOS PELO PODER PÚBLICO E INVIABILIZAM A REALIZAÇÃO DE ESPETÁCULOS 'TRADICIONAIS' DIANTE DO DESCASO COM A CULTURA. Entre outras manchetes.


Garanto que, quando nos mobilizarmos pra valer, as coisas vão começar a ser encaradas de outra maneira pelos gestores que acreditam naquela famigerada frase: "Cultura não elege ninguém!". Está na hora de mudar essa 'máxima' e partirmos para o protesto consciente na porta da Governadoria e da Prefeitura a favor dos direitos adquiridos e dinheiros ganhos com trabalho e/ou através de editais; contra cachês 'fulêros' que não são pagos no prazo; entre outras 'esmolas'... tenho certeza que, em janeiro de 2011, a conversa será outra.

E mais, a Copa 2014 está chegando e precisamos fazer parte como se deve da programação oficial. Vamos se ligar, ou o bonde passa por cima DA GENTE! Nessas eleições, vote certo, o voto consciente pode mudar muita coisa.

Abraços,
Yuno.Silva:

Moacy Cirne lança livro sobre mutilação em obra de Cascudo


O mestre Moacy Cirne (escritor, poeta, intelectual, blogueiro pioneiro) lança hoje à noite, a partir das 19 horas, na Siciliano, do “Miduei Mol”, o livro “Dicionário do Folclore Brasileiro: Uma edição desfigurada”. Pelo selo do Sebo Vermelho, de Abimael Silva. Imperdível. Ah, e o livro trata da mutilação que a editora paulista Global fez nos originais do livro de Câmara Cascudo.

Desgaste de famílias Ferreira e Dantas gera “terceira via” na política mipibuense


Da Redação do PN

O município de São José de Mipibu, é administrado há décadas por duas famílias cujos membros se revezam no poder. Uma gangorra que inibe o surgimento de novas lideranças e também o desenvolvimento do próprio município.
O grupo Dantas, liderado pelo deputado Arlindo Dantas e os filhos Fábio e Alexandre, querem voltar ao poder e não poupa crítica a prefeita Norma Ferreira. Norma é frequentemente tratada como incompetente e despreparada.
Quando Arlindo estava no poder, o grupo Ferreira dizia que Arlindo não administrava o município e que sua administração era um desastre.
Um morador do município, que pediu para não revelar o nome, disse que os grupos Dantas e Ferreira têm razão quando qualificam um do outro. “Os dois grupos estão certos quando se referem ao grupo adversário. Só erram na hora de administrar minha cidade”, disse.
Os dois grupos dão sinais de fadiga. O grupo Dantas teria tentado atrair o prefeito de Nísia Floresta, George Ney para disputar a sucessão de Norma em troca do apoio para Fábio Dantas, que é candidato a deputado estadual. O entendimento não teria dado certo, porque o prefeito de Nísia já tem compromisso com o deputado Gustavo Carvalho.
Já o grupo Ferreira, tem dois nomes para não ter seu sobrenome para apoiar em 2012: Hermano Morais, que deverá ter boa votação no município, e Kerinho Ribeiro (foto), que preside o legislativo.
Diante do tardio desgaste dos grupos Ferreira e Dantas, surge a possibilidade de uma terceira via. Trata-se do ex-presidente da CDL, o empresário Ednaldo Barreto, empresário bem-sucedido e apontado como principal apoiador de Norma na primeira eleição e mais um cidadão decepcionado com a administração da prefeita. Barreto tem sido estimulado a disputar na qualidade de candidato a prefeito em 2012. O empresário não declara candidatura, mas disse que está sensibilizado com muitas manifestações de pessoas comuns do município que lhe indagam sobre 2012. Barreto é filiado ao PR do deputado João Maia e pode ser de fato a terceira via em 2012 no município de Mipibú.

Números confirmam sucesso do Justiça na Praça em Macaíba

Um sucesso. Essa é a melhor definição para a edição do projeto Justiça na Praça no município de Macaíba, que foi realizado na sexta-feira, 9 de julho, em frente à sede da Prefeitura Municipal. Uma ação do Núcleo de Programas e Projetos Socioambientais do Tribunal de Justiça do RN, ele contou com a parceria da Prefeitura de Macaíba, que esteve com todas as secretarias municipais envolvidas na execução do evento e contribuiu para o êxito dele.
Os números divulgados pela Equipe de Estatística da Policia Militar no último dia 13, atestam o sucesso. Foram 71 audiências jurídicas (varas cíveis e juizados especiais), 21 audiências de plantão jurídico, 186 atendimentos da OAB, 105 serviços cartoriais, 2.089 serviços de fotografias e Xerox, 40 atendimentos do INSS, 15 atendimentos de serviço militar, 4.100 atendimentos da Caern, 16 casamentos religiosos, entre muitos outros.
As secretarias municipais também tiveram papel de destaque no evento. A Secretaria de Cultura realizou 1.287 atendimentos, a de Educação, 2.851 e a de Saúde, 6.092. Diante de tais números, a prefeita Marília Dias disse “Macaíba viveu um dia de cidadania e ação e a Prefeitura vai se empenhar para continuar criando e apoiando eventos de atendimento e serviços para a comunidade”.
A Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, também colaborou com a ação de apresentações culturais desenvolvidas pela pasta, na tenda principal, montada no centro da praça. Foram realizadas apresentações de trios de sanfoneiro, do grupo de dança folclórica da comunidade quilombola Capoeiras, Quinteto de Cordas da Escola de Música Municipal e do Grupo Interart.

Miguel Mossoró quer túnel na BR-101


Da Redação do PN

Conhecido por suas propostas consideradas fora da realidade por seus adversários políticos, o candidato a deputado estadual Miguel Mossoró esteve no Alpendre do PN semana passada e falou um pouco sobre suas propostas para assumir uma vaga na Assembléia Legislativa.
Apoiando o candidato a governador pelo PTC, Roberto Ronconi, Miguel Mossoró mantém a proposta de fazer da cidade de Mossoró a capital do estado. No entanto, haveriam três capitais, de fato. “Mossoró seria a capital administrativa e Natal a capital do turismo. A outra capital seria Caicó”, explica o candidato.
Miguel ganhou popularidade durante campanha para Prefeitura de Natal, em 2004, ao obter uma quantia considerável, cerca de 70 mil votos entre os eleitores. Com propostas consideradas mirabolantes, Miguel conseguiu se destacar entre os grandes candidatos da época: Carlos Eduardo Alves e Luiz Almir.

FUTURISTA
Segundo Miguel, as suas propostas consideradas mirabolantes em 2004 já estão sendo cogitadas. “Com a Copa de 2014 aqui em Natal, já estão até falando em construir dois túneis da cidade direto pela via costeira, passado pelo Parque das Dunas, proposta minha”, afirma. “Projeto meu não é loucura, é futurista. Vejo o que vai acontecer nos próximos 50 anos, ao contrário do que fazem os políticos daqui, que fazem projetos para ele e seus familiares”, alfineta.
A proposta de Miguel para Parnamirim não está aquém das anteriores. “Eu quero tirar a BR-101 do Centro de Parnamirim e fazer um túnel, cortando toda cidade. Dinheiro pra fazer isso tem, é só querer”, ressalta. Ele ainda disse que só os que moram em Parnamirim é que sabem como a BR prejudica. “Sai prefeito e entra prefeito e ninguém nunca pensou nisso”, diz.
Outro projeto do candidato do PTC é diminuir o número de senadores e deputados federais lá em Brasília. “Eles furam os cofres públicos. Pra quê tantos?”, questiona Miguel, que ainda afirmou que o seu partido não tem a utopia de salvar o estado, mas contribuir para o desenvolvimento, pensando no futuro.

Casa do Cordel terá programação especial na SBPC


A Casa do Cordel, espaço cultural dicado à Literatura de Cordel em Natal, estará participando, de 25 a 30 de julho da programação da SBPC Cultural, evento integrante da 62º Reunião Anual da SBPC ( Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

O espaço da Casa do Cordel será um pólo de aglutinação de atividades referentes ao cordel, xilogravura,Repentismo, Viola Caipira, Teatro de João Redondo e outras manifestações da cultura popular.O espaço estará aberto, ainda, para debates, palestras,oficinas, exposição fotográfica, mostra de vídeos e lançamentos de livros e folhetos de Literatura de Cordel.

Em todos os dias haverá o sarau poético .

No estande serão comercializados o melhor da produção do cordel do nosso estado e de outros do Brasil, além da xilogravura de Erick Lima, esculturas,camisetas, discos de violeiro repentista, forró pé de serra, discos raros, antiguidades e outros artesanatos.


Confira a programação:


Domingo- 25 de julho:
15h – Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
18h – Sarau poético livre.


Segunda - Feira – 26 de julho:
9h – Abertura da exposição fotográfica e mesa redonda “O cotidiano da juventude francesa” com o fotógrafo Paulo Almeida.
14h - Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
15h – Lançamento do livro “Fiz do choro das cordas da viola o maior ganha pão de minha vida”, organização de José Mauro de Alencar. Com a presença de Tonha Mota,cordelista e irmã de Zé Vicente da Paraíba.
18h – Lançamento do CD dos violeiros repentistas Chico Sobrinho e Zé Lúcio com Cantoria de Viola e Sarau Poético com o grupo “Casarão de Poesia” da cidade de Currais Novos/RN.


Terça- feira – 27 de julho:
9h – Oficina de xilogravura com Erick Lima.
14h – Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
16h - Lançamento do livro "O poder das pedras e dos cristais" de Eliene F. de Castro.
15h – Lançamento do projeto bem-te-vi. Projeto educativo com o uso do cordel como ferramenta pedagógica em escolas, e Lançamento do Livro “Onde estão os meus coelhinhos” de Sírlia Lima.
17h – Lançamento de livro “Uma proposta classista para a reestatização da Petrobrás”- Editora Sundermann


Quarta - feira – 28 de julho:
9h – Lançamento do livro “Transgressões: As ocupações de reitoria e a crise das Universidades Públicas”, Organizador Álvaro Bianchi - Editora Sundermann.
14h - Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
15h – Teatro de bonecos (João redondo) com Genildo Mateus.
18h – Viola Sertaneja, Inocent’arte Lê Brasil. Instrumental de viola sertaneja com Othon da Viola.


Quinta – feira – 29 de julho:
9h – Lançamento do livro “A proletarização do professor” da Editora Sundermann.
14h - Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
15h – Palestra “O resgate cultural do centro histórico de Natal” com Mery Medeiros.
18h – Lançamento do cordel “O Baobá do Poeta” de Manoel Silva e palestra com o poeta e advogado Diógenes da Cunha Lima.


Sexta – feira – 30 de julho:
9h - Lançamento do Livro “Karang, o caranguejo que desejava ser gente” de Rosa Régi
14h - Cineclube do Cordel- Mostra de filmes e documentários com temáticas do cordel e da cultura popular.
15h – Mesa redonda com o ILAESE: A crise econômica e o meio ambiente.
18h – Lançamento do cordel “O pescador de sonhos” do Poeta Abaeté e Sarau Poético.

Fábio e Felipe são congressistas que mais enriqueceram no atual mandato


Roberto Guedes

Os dois mais jovens congressistas do Rio Grande do Norte, os deputados federais Fábio Faria e Felipe Maia, candidatos à reeleição, respectivamente, pelo PMN e pelo Dem, estão entre os políticos brasileiros que mais enriqueceram nos últimos quatro anos, conforme “ranking” divulgado na mais recente edição da revista “Época”, que está nas bancas de todo o país desde a noite da última sexta-feira, 16.

Dono de patrimônio declarado de 1,9 milhão de reais, contra os 249 mil reais computados em 2.006, quando iniciou sua carreira política, Fábio é o 17° integrante da lista dos que mais enriqueceram. Ele não figura, porém, na dos atuais candidatos que mais acumularam dinheiro, na qual Felipe comparece com 3,8 milhões de reais declarados há quatro anos e 7,4 milhões contabilizados agora.

As duas listas foram elaboradas com base nas declarações patrimoniais que todos os candidatos ao pleito de outubro próximo tiveram que entregar no início deste mês à justiça eleitoral. Até meados da semana passada, mais de vinte mil candidatos haviam cumprido esta obrigação, que vem sendo adotada desde 2.002. A revista cruzou as informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com as de organizações não governamentais que acompanham a atuação de políticos, como as constantes dos “sites” Políticos do Brasil e Transparência Brasil.

SEM ESCONDER

Fábio e Felipe não constam como políticos que omitiram informações, situação em que teria sido flagrado o candidato que mais turbinou seu patrimônio nos últimos quatro anos em todo o país, a catarinense Angela Amin, candidata a governador pelo PP. Enquanto o patrimônio de Fábio cresceu 98%, o de Angela se ampliou em 774%, passando dos 2,5 mil que declarou em 2.006 para 1,6 milhão de reais.

O primeiro espaço da mídia norte-rio-grandense a divulgar o levantamento da “Época”, revista ligada à Rede Globo de Televisão, foi o “blog” da jornalista Thaisa Galvão. Segundo a periodista, Fábio e Felipe “não tentaram esconder nada”. De acordo com as declarações à justiça eleitoral, o primeiro comprovou patrimônio de 1.926.528,69 reais, enquanto o segundo estimou o seu em 7.403.227,92 milhões.

HERANÇA

Segundo Thaisa, o patrimônio de Fábio se expandiu logo depois de seu desembarque na câmara federal, quando ocorreu o falecimento de sua avó, empresária Jane Faria, que lhe deixou uma herança considerável. Mostrando que ele não maquiou o enriquecimento, ela citou um fato que também turbinou em termos contábeis o patrimônio do parlamentar.

Depois de receber a herança de dona Jane, Fábio comprou um apartamento no mesmo prédio da praia de Areia Preta em que residem seu pai, o deputado estadual Robinson Faria, presidente da Assembléia Legislativa e do diretório regional do PMN e candidato a vice-governador pela oposição, e o advogado, ex-deputado e ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, candidato a governador pelo PDT.

Comprado na época da construção, o apartamento de Robinson consta na declaração de rendimento como valendo 305,3 mil reais, o preço registrado na Receita Federal por ocasião da aquisição; o de Fábio está registrado no valor de 1.072.314,00 reais, preço que ele pagou em 2.007, com o prédio já inteiramente ocupado. “Já Carlos Eduardo Alves, que comprou o apartamento depois dos dois, declarou como valor do imóvel: 342.668,49 reais”, registra Thaisa.

Peça "Calígula" de Camus será apresentada na TAM com ator global


Geralmente quando ator global aporta nestas plagas natalenses é com comédias bestas tipo "caça-níqueis". Bem, neste fim de semana um ator global se apresenta na capital potiguar com uma peça, digamos, de verdade, numa exceção que só confirma a regra. Trata-se Thiago Lacerda que vem a Natal com a peça "Calígula" nos dias 16 e 17. Baseada no texto clássico de Albert Camus, com direção de Gabriel Villela, conta a história do jovem imperador romano que após a morte de sua irmã e amante decide levar o absurdo às últimas consequências, destruindo todos os alicerces da sociedade: família, religião, moralidade e o tesouro público.
A programação começa às 21h, no Teatro Alberto Maranhão. Praça Augusto Severo, Ribeira. Tel. 3222 3669. O preço é salgado: 40 reais (estudantes a 20), mas, embora as moçoilas saracoteantes tenham lá seus motivos para conferir os atributos físicos de Thiago Lacerda, não é sempre que um Camus dirigido por Vilela chega a Natal. Talvez valha bem os 40 reais.

Número de homicídios diminuiu 24,4% na Grande Natal


O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Sesed), apresentou, na manhã da quarta-feira, dia 14, no Hotel Praiamar, um balanço estatístico com os números da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, especificando a Região Metropolitana de Natal, nos últimos três meses.
Nesse período, o número de homicídios na Grande Natal caiu 24,4% em relação aos mesmos três meses do ano passado. Em termos deste tipo de crime, o RN se coloca na terceira posição de menor incidência de homicídios, por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas dos Estados de Santa Catarina e Piauí. Os dados comprovaram ainda a redução de homicídios e roubos e o aumento na apreensão de drogas e armas na Grande Natal em relação aos meses de abril, maio e junho de 2009.
"Quando assumimos o Governo do Estado, determinamos que a Segurança fosse uma das prioridades. Agora, os números mostram claramente uma melhora e contra números não há argumentos", disse o governador Iberê Ferreira de Souza.

APREENSÕES
De acordo com dados da Secretaria, de 6 abril a 30 de junho foram apreendidas 26,3% mais armas que o mesmo período do ano passado. O mesmo comparativo em apreensão de drogas é ainda maior, 118,8% em relação a 2009. O número de roubos a estabelecimentos comerciais caiu 33,6%; os roubos e furtos de veículos caíram 17,2%; nos roubos a pessoas a queda foi de 28,3%; e nos roubos a ônibus a redução foi 32,9%.
Menor incidência de crimes, menos chamadas para a Polícia Militar. Neste período, as ocorrências assistenciais foram reduzidas em 32,8%, em comparação com o ano anterior. Os encaminhamentos às delegacias e ao plantão caíram 6% e as ocorrências atendidas decresceram 20,9%, se comparado com mesmo período de 2009.
O titular da Secretaria Estadual de Segurança, Cristóvam Praxedes, destacou também que, nos últimos três meses, 995 pessoas foram presas por participações em crimes. Além disso, foram realizadas 21 operações as quais resultaram em 182 prisões por acusações em homicídios, tráfico de drogas, formação de quadrilha, clonagem de cartões de crédito, assalto, receptação e roubos a veículos e cargas.
Um dos destaques mais recentes da atuação da Segurança foi a "Operação Itans", a qual resultou, na semana passada, na prisão de 14 pessoas e na apreensão recorde de 150 quilos de maconha, cinco quilos de crack e três quilos de cocaína pura, além de veículos e materiais usados para o tráfico.

Jornalista Gildo da Costa lança “Contos de Outono” na Siciliano


Doze contos que se referem ao cotidiano e aos personagens do dia a dia. É dessa forma que o jornalista Gildo da Costa apresenta o livro “Contos de Outono”, o quarto de sua carreira, que será lançado hoje, quinta-feira dia 15, às 19h, na livraria Siciliano do Midway Mall.
Nessa obra, o jornalista fala do vaivém da vida, das idas e vindas, das incertezas, dos desejos, da inveja, do ódio, da vingança, do amor e do desamor, dos queixumes, das querelas e dos debates. “Escrevi sobre o apetite de desbravar e esmiuçar, com desenvoltura, os efeitos sorrateiros e inesperados da adversidade, do imponderável. Falo das separações, do desconhecimento, da discriminação descabida e intolerável. O erro e a vontade de acertar, o apego excessivo”, explica Gildo.
Neste novo livro, Gildo da Costa pretende mostrar ao leitor que o ser humano está muito longe da perfeição. “Apesar de ter recebido toda a gama de ensinamentos vindo de fontes superiores através de grandes mestres e avatares, continua a perpetrar os mesmos erros, alimentar as mesmas paixões, se apegar a valores vis e mesquinhos e cultivar o egoísmo nato dos animais, que afinal, também o é. Sem falar nos desejos da carne, fonte de prazeres, crimes, intolerâncias e decepções”, acrescenta Jonas Soares.
O jornalista Gildo da Costa também é autor dos livros “Nada é para sempre e o acaso não existe”, de 2002; “O palco da vida e o sonho da felicidade”, de 2006, e “Mina Brejuí – a maior produtora de Scheelita do Brasil”, de 2007.

Polvo ou Lula? (por Amarildo)

"Dobradinha" Agnelo-Wober mexe na política potiguar e mostra contradições do PDT


Cefas Carvalho

A divulgação da "dobradinha" entre o ex-prefeito de Parnamirim Agnelo Alves (PDT), candidato a deputado estadual, e deputado estadual Wober Junior (PPS), candidato a deputado federal movimentou a política potiguar nestes dias.
Ambos tem todo o direito a fazer a parceria política e a pensarem em seus interesses políticos, mas, a "dobradinha" leva a observações e análises.
Em primeiro lugar, pela surpresa, já que Agnelo parecia com tendência a apoiar a deputada federal Fátima Bezerra (PT), que vem trabalhando por Parnamirim (bem como Agnelo gosta, "Parnamirim, sim, voto sim") e conta com apoio total do prefeito Mauricio Marques (que apóia Agnelo). Apoiar Fátima também seria uma forma de prestigiar Mauricio e mostrar que o grupo está unido.
Outra observação é sobre a fidelidade partidária. O filho de Agnelo, candidato a governador Carlos Eduardo, do PDT como o pai, declarou guerra ao PDT mossoroense porque aquele apoiava candidatos do DEM. Agora, Carlos vê o pai apoiar um candidato do PPS que apóia a reeleição de Iberê. E agora, Carlos?

Mais de 95% das prefeituras estão irregulares, de acordo com a CGU

Mais de 95% das prefeituras estão irregulares com a Controladoria Geral da União (CGU). O dado faz parte do balanço da 30ª edição do Programa de Fiscalização por Sorteio do órgão, que encontrou irregularidades em 57 dos 60 municípios fiscalizados no país. A fiscalização em campo, realizada entre outubro e dezembro de 2009, fiscalizou a aplicação de R$ 860 milhões nos 60 municípios e constatou, além das fraudes em licitações, desvio de recursos e de equipamentos, prática de sobrepreço e pagamentos por serviços não-realizados, entre muitos outros problemas.
As irregularidades em processos licitatórios foram novamente os problemas mais encontrados, com casos que envolvem, entre outros, dispensa indevida da licitação, uso de uma mesma licitação para contratar diversas obras, montagem irregular dos processos licitatórios e vínculos familiares entre licitantes e o prefeito municipal.
Um dos municípios mais críticos é Sítio Novo, onde os fiscais da CGU encontraram indícios de montagem em 18 licitações, na modalidade Convite, supostamente realizadas pela prefeitura, em 2007 e 2008, para a aplicação de recursos federais da ordem de R$ 2,5 milhões.
Os processos não tinham suas páginas numeradas, o que permite a inclusão ou retirada de documentos; algumas empresas que teriam sido convidadas para várias licitações não foram localizadas; outras, que chegaram a vencer alguns certames, não tinham empregados registrados nem mesmo durante a vigência do contrato com a prefeitura.

FISCALIZAÇÃO

Criado em 2003, o programa de fiscalização por sorteio já chegou a 1.761 municípios (31,64 % dos municípios brasileiros), fiscalizando recursos totais da ordem de R$ 12,1 bilhões. Os relatórios foram encaminhados, para as providências cabíveis, aos ministérios transferidores dos recursos. Além disso, os relatórios foram encaminhados também, como ocorre sistematicamente, ao Ministério Público (Federal e Estadual), ao Tribunal de Contas da União, à Advocacia-Geral da União, à Câmara dos Deputados e ao Senado, às prefeituras municipais e às câmaras municipais para as providências cabíveis.

Salto Agulha: uma nova maneira de ver a moda


Eita que hoje é o lançamento da revista "Salto Agulha", iniciativa da jornalista Gladis VIvane. Será no Solar Bela Vista às 20h. Segue matéria sobre a mais nova publicação da cidade:

Será lançada hoje quarta-feira (14), no Solar Bela Vista, a revista Salto Agulha. Longe de ser somente mais uma revista de moda, a Salto Agulha traz arte, design, história, literatura, cinema e muito mais. A proposta é "Moda como você nunca viu". É falar de moda de uma maneira mais artística e informativa. A publicação, editada pela jornalista Gladis Vivane, foi realizada através da Lei Djalma Maranhão, sendo a primeira publicação de moda a ter o apoio de tal incentivo cultural.

Entre os destaques da edição de estreia, estão um ensaio de maquiagem inspirado nas principais expressões da arte moderna e uma reportagem que desvendou toda a história de Maria Boa, personagem histórica da cidade. O lançamento para imprensa e convidados acontece nesta quarta-feira, dia 14, às 20, no Solar Bela Vista, com pocket show de Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz.

O que: Lançamento da Revista Salto Agulha
Quando: Quarta-feira, dia 14, às 20h
Onde: Solar Bela Vista

Juca Kfouri: “O Brasil não é o país do futebol”


Reproduzido do Le Monde Diplomatique

É isso mesmo. Segundo Juca Kfouri, “o Brasil não é o país do futebol”. E para sustentar seu argumento, Juca lança mão de uma pesquisa do DataFolha “que mostra que maior que a torcida do Flamengo são as pessoas que dizem não ter time de coração: 25%!”. Conversamos sobre essas e muitas outras questões com o jornalista
por Maíra Kubík Mano e Silvio Caccia Bava

DIPLOMATIQUE – Há uma citação bastante conhecida do historiador Eric Hobsbwam sobre o futebol carregar o conflito essencial da globalização. O que você acha disso?

JUCA KFOURI – É muito boa essa sacada dele. A globalização fez com que o mundo de futebol se conhecesse inteiramente, ao menos do ponto de vista tático do jogo. Ninguém surpreende mais ninguém. Ao mesmo tempo, a globalização permitiu aos países mais fortes tomarem daqueles periféricos os seus maiores talentos. Nós somos prova disso, assim como os argentinos. A concentração de capital na Europa e na Ásia permite a eles levarem os nossos talentos. Mas, paradoxalmente, esses talentos têm de provar a sua capacidade lá fora para servir às seleções nacionais. Acaba sendo um jogo dialético. Quer dizer, a chancela do nacional vem do globalizado, o que, de alguma maneira, permite retomar a ideia do Dostoievsky de que não há nada mais universal do que a esquina da sua casa. Ou aquela do Fernando Pessoa, quando diz que o Rio Tejo é mais bonito do que o rio que passa na minha aldeia, mas o Rio Tejo não é mais bonito do que o rio que passa na minha aldeia porque não é o rio que passa na minha aldeia. Acabamos de ver isso com a convocação do Dunga: tem dois jogadores de times brasileiros que vão jogar a Copa do Mundo pelo Brasil. Dois. Esse fenômeno ocorre claramente a partir do começo dos anos 1980.

DIPLOMATIQUE – Um dos grandes responsáveis para dar essa tônica ao futebol, ao que tudo indica, foi João Havelange. É coincidência ter sido um brasileiro?

KFOURI – Não. É aquilo de a pessoa estar no lugar certo, na hora certa. O João Havelange assumiu a FIFA (Federação Internacional de Futebol) em 1974. A eleição dele ocorreu no Congresso anterior à Copa da Alemanha e, portanto, após a primeira Copa do Mundo transmitida para o mundo inteiro pela televisão, a de 1970, no México. Havelange assumiu a FIFA com um evento que já era globalizado e se deu conta disso. Em seguida, montou um pequeno grupo com empresas como Adidas e Coca-Cola e, aos poucos, foi gerando o império que a federação é hoje. É inegável que ele teve esta visão de capitalismo selvagem. E esse modelo – perverso – montado pela FIFA é reproduzido aqui pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). É o modelo de seitas, de pequenos grupos.

DIPLOMATIQUE – É possível traçar um paralelo entre essa situação e a especulação desenfreada do sistema financeiro, que recentemente arrastou o mundo para uma enorme crise? Não seria necessário algum tipo de regulamentação?

KFOURI – Sem dúvida. Hoje na Europa há muita gente boa preocupada com isso. Veja o caso brasileiro: se fizermos um seminário para discutir o futebol aqui entre dirigentes, comissões técnicas, atletas, jornalistas, governo e torcedores, todos concordarão que do jeito que está não pode continuar. Haverá unanimidade, ninguém dirá diferente. Mas se todo o mundo está de acordo por que não mudar? Quem ganha com isso? A quem interessa? Bem, o futebol é a maior das indústrias do entretenimento e o esporte em si é uma das instituições mais favoráveis à lavagem de dinheiro. É uma grande lavanderia. Por quê? Porque lida com uma altíssima dose de subjetividade. Quanto custa o Lionel Messi? Eu digo para você, 120 milhões de euros. Você responde ‘barbaridade, é dinheiro pra chuchu’. Mas eu posso dizer ‘não, que 120 nada, são 150 milhões de euros’. O Manchester United estaria disposto a pagar ao Barcelona esse valor. Mas e aí, alguém vale 150 milhões de euros? E diante disso, quanto valeria o Pelé? Ah, 300 milhões de euros. Mas só o dobro, o Pelé? É, talvez, 500 milhões de euros. Ou seja, é um saco sem fundo.

DIPLOMATIQUE – Mas e como os jogadores ficam nessa situação de mercadoria valendo milhões? Penso, por exemplo, no Vagner Love e no Adriano: quando eles voltaram para as comunidades deles foi um escândalo sem tamanho, revelando essa discrepância entre os salários, o status e a origem de cada um.

KFOURI – Aí há outra questão que, para mim, talvez seja a mais angustiante e que dá o outro lado dessa moeda tão rica, tão aparentemente glamorosa. Sabe quantos clubes brasileiros têm departamento de recursos humanos? Nenhum. Nenhum clube se preocupa em encaminhar uma carreira junto ao seu trabalhador. Há um paternalismo, um dirigente mais jeitoso aqui e ali, mas não existe uma coisa mais estruturada. E embora já haja alguns clubes que trabalhem com psicólogos especializados em esporte, em regra se considera isso frescura. Será que não é preciso tratar a cabeça de um garoto desses que vem da favela, que ontem estava pensando se ia conseguir almoçar e que hoje está comprando uma Mercedes-Benz último tipo blindada? É de uma baita irresponsabilidade e de uma burrice ignorar isso. Em última análise, os clubes não querem pagar R$ 15 mil por mês para um terapeuta cuidar de quem ganha R$ 400 mil por mês e será vendido por R$ 80 milhões. E aí as pessoas se horrorizam porque o Adriano foi até a favela e os caras que o receberam estavam armados. O Vagner Love disse: ‘qual é a surpresa? Ou vocês já viram alguém chegar lá em cima sem passar por ninguém armado? Isso já era assim quando eu era criança’. Mas a hipocrisia é de tal tamanho que as pessoas se horrorizam com jogadores de futebol ao mesmo tempo em que parecem esquecer que o Michael Jackson precisou comprar sua autorização para filmar no morro. E que para fazer os Jogos Pan-americanos em paz o governador do Rio de Janeiro teve que estabelecer um acordo com o tráfico.

DIPLOMATIQUE – Qual é a força dos impérios da CBF e da FIFA?

KFOURI – É tão poderoso que nos próximos quatro anos vai haver uma discussão aqui no Brasil sobre cedermos a nossa soberania para a FIFA. Veja o exemplo da Copa da Alemanha: na terra da cerveja, só a Budweiser americana podia ser vendida dentro dos estádios. Os alemães ficaram enlouquecidos, mas é assim que funciona: a FIFA manda. Isto advém desse insuperável poder de sedução que o futebol tem. Quando o Lula ganhou a eleição em 2002, me pediu que eu reunisse um grupo de pessoas e apresentasse um projeto de política esportiva para o Brasil, porque simplesmente não havia nenhum. Em 25 dias, a toque de caixa, fizemos um plano que era basicamente de inclusão social por meio do esporte. Partimos de um dado da Organização Mundial da Saúde de que a cada dólar investido em esporte, poupam-se três dólares em saúde pública. Tratava-se de uma massificação da coisa. Por mim, esporte de alto rendimento ficaria por conta da iniciativa privada, o governo não precisava cuidar disso. Mas o projeto virou tábula rasa, ele até agradeceu muito, mas não aconteceu nada. O Lula teve a generosidade de assinar, como as duas primeiras leis de seu mandato, em 2002, o Estatuto do Torcedor e a chamada Lei de Moralização do Esporte. Elas haviam sido gestadas e acordadas como as únicas duas leis aprovadas por unanimidade na gestão anterior do Fernando Henrique Cardoso. Fui convidado para acompanhar a assinatura das leis. Eu cheguei ao palácio e, para a minha surpresa e o meu constrangimento, veio um cara do cerimonial, e me levou para sentar à mesa, junto com os ministros. Eu não queria, disse que iria lá para trás, mas não teve jeito. Sentei ali e o Lula começou o seu discurso e disse, literalmente: ‘Senhoras e senhores, nunca mais vamos ouvir o jornalista Juca Kfouri dizer que no Brasil o torcedor é tratado feito gado’. O auditório veio abaixo com palmas. Eu não sabia onde enfiar a perna, o braço, a gravata. Ele encerrou 30 minutos depois dizendo que a minha presença lá era simbólica para todos aqueles jornalistas que foram processados por essa cartolagem malsã. Eu saí dessa cerimônia esmurrando o ar – embora já sem o direito à ingenuidade, aos 52 anos. Muito bem. Seis meses depois, o Lula estava de braço dado com o Ricardo Teixeira para o jogo do Haiti. E seis anos depois deu a Timemania [loteria organizada pelo governo federal] para os caras que deixaram os times brasileiros endividados, sem a exigência de nenhuma contrapartida de modelo de gestão. O resultado? Os times já estão falindo de novo e precisando de uma Timemania 2.

DIPLOMATIQUE – E dá tempo de a Copa do Mundo aqui não ser uma farra, essa desorganização?


KFOURI – Não dá mais tempo. Corremos o mesmo risco que a África do Sul em relação à Copa do Mundo: que ela seja um desastre. Tudo leva a crer que isso é possível. Na África do Sul, por exemplo, não há nem torcida porque eles não têm poder aquisitivo.

DIPLOMATIQUE – Sim, a princípio a venda de ingressos para a Copa de agora estava sendo via internet e por cartão de crédito, como os africanos iriam conseguir comprar?

KFOURI – A reação da economia informal está sendo armada. E não é apenas a questão dos ingressos. Com a Copa, construíram-se meios de transporte público em Joannesburgo que quebraram o grande jeito de se locomover na cidade: as lotações clandestinas. Você pode ter não só um fracasso do ponto de vista da presença de público, como se teme que um jornalista seja morto, um membro de delegação seja sequestrado, alguma coisa desse tipo aconteça. Os alemães já disseram que vão desembarcar de colete à prova de balas. É uma coisa de maluco pensar que você vai fazer a Copa do Mundo num lugar que alguém chegue desse jeito, não é? Os europeus são bem capazes, se acontecer alguma coisa, de dizerem que não dá para fazer uma outra Copa seguida no Terceiro Mundo. E os americanos estão loucos para tirar alguma coisa do Brasil, como as Olimpíadas. Claro, há que se considerar que o Ricardo Teixeira articulou isso direito, ele tem lá a sua força.

DIPLOMATIQUE – E nós corremos riscos de os ingressos aqui também não serem acessíveis para o grosso da população, como na África do Sul?

KFOURI – Eu imagino ainda que o que vai acabar acontecendo é que eles vão abrir. Vão vender a preço popular. De qualquer forma, o Brasil não é o país do futebol. Acabou de sair uma pesquisa do DataFolha que mostra que maior do que a torcida do Flamengo são as pessoas que dizem não ter time de coração: 25%! Depois vem o Flamengo, com 17% e o Corinthians com 14%. Na Argentina, em uma pesquisa igual, apenas 7% disseram não ter clube! E mais do que isso, nós somos absolutamente auto-suficientes em matéria de futebol. ‘Conosco ninguém podosco’, se diz por aí. Somos cinco vezes campeões do mundo. Damos as cartas. O brasileiro não vai ver Zaire e Noruega. O brasileiro não vai ver Costa Rica e Suécia. Pode ir ver Argentina e Inglaterra, França e Itália, Alemanha e Uruguai. Mas aqueles joguinhos mais periféricos não. No primeiro mundo, vão. Até nos Estados Unidos foram. Não tinha um estádio vazio nos Estados Unidos. Tinha, é claro, um pouco a coisa do inusitado, que eles queriam ver que esporte é esse. Agora, aqui, o que justifica, para nós, sediar a Copa é mexer na infraestrutura do país. Não faz sentido discutir a construção dos estádios para um evento de um mês. Em um país com as nossas carências é preciso refazer os aeroportos, dar uma belíssima de uma investida na área hospitalar, no transporte coletivo etc. Um exemplo de país onde isso foi bem-sucedido é a Espanha. Em 1982 eles fizeram uma Copa do Mundo, o primeiro grande acontecimento lá pós-franquismo. A herança desse período ainda era muito presente, mas já se via ali um país novo nascendo. E dez anos depois, com as Olimpíadas de Barcelona, isso estava sedimentado. A Espanha era um país moderno, não mais a porta dos fundos da Europa. E os dois eventos foram e são cartões de visita dessa mudança. Ao mesmo tempo, a loucura que se fez na Grécia em torno das Olimpíadas de Atenas tem relação direta com a crise econômica atual lá. Outro dia ouvi o Sócrates dizer que tem medo que tudo o que o Lula acumulou nesses oito anos de boa imagem para o Brasil no exterior a gente jogue fora com dois eventos perdulários feitos sob escândalos. E faz sentido.
Veja só, eu fui cobrir o jogo Brasil e Noruega na Copa da França, em 1998, no mesmo estádio em que o Brasil tinha jogado em 1938, em Marselha. No mesmíssimo estádio. Deram uma ajeitada, claro, mas a estrutura era igual. O Morumbi não é um bom estádio, é frio, tem ponto cego... É um horror para o dia a dia. Mas está aí há quase 50 anos. Dizer que não dá para fazer quatro ou cinco jogos de uma competição internacional lá é mentira. Também não dá para fazer de maneira ideal no Maracanã ou no Mineirão. Mas daí a jogar isso tudo no chão... Eu não estou nem falando do Pan-americano, que custou dez vezes mais do que estava orçado – e que foi feito com dinheiro público, apesar de estar previsto para a iniciativa privada. Aliás, você sabia que o Engenhão não vai servir para a Copa e que o parque aquático Maria Lenk não é adequado às Olimpíadas? Enfim, qual é a diferença entre você reformar e fazer um novo?

*Leia a íntegra da entrevista na edição 35 de Le Monde Diplomatique Brasil, já nas bancas

Maíra Kubík Mano e Silvio Caccia Bava são editores do Le Monde Diplomatique B
rasil

Revista "Salto Agulha" será lançada amanhã dia 14


A amiga jornalista Gladis Vivane informa e convida para o lançamento da revista Salto Agulha, amanhã às 20h no Solar Bela Vista. Segue o belo convite para o lançamento e amanhã no blog mais detalhes sobre o projeto da revista.

"Aboio": História que inspirou Brokeback Mountain chega aos palcos paulistanos


São Paulo vai receber no mês de agosto uma versão teatral da história que inspirou o filme "O Segredo de Brokeback Mountain" (foto). A peça "Aboio - Um Conto de Amor", que marca a estreia como escritor do ator e diretor Maurício Lencastree, usou o conto da canadense Annie Proulx para narrar a história de dois vaqueiros brasileiros que há duas décadas vivem uma relação de amor às escondidas.

O espetáculo, adaptado para a realidade conservadora dos homens que lidam com o gado no interior do Brasil, é centrado em um final de tarde fatídico. É neste dia em que um personagens principais, cansado de viver um casamento hétero de fachada, resolve colocar o companheiro contra a parede para definir seus próprios destinos. "Conseguimos sintetizar todos os dramas e sentimentos dos personagens em um começo de noite que selará o futuro dos dois. É tudo muito emocionante", revela Lencastree ao Mix.

O amor dos vaqueiros é representado no palco por uma espiriteira, aquele fogo de acampamento que os dois acendem para fazer um café e que permanece aceso até o fim da história que, como se sabe, não tem nada de feliz. Para se ter uma ideia de sua densidade emocional, a peça é encerrada com um dos rapazes citando o lacônico Fernando Pessoa.

Depois de várias baterias de testes e da grande procura de atores interessados em encarnarem os protagonistas, os escolhidos para viverem os papéis foram Gherardo Geep e M. Stipp. "Teve muita procura, mas era necessário que os atores tivessem muita química entre si", diz o diretor.

Aboio - Um Conto de Amor
De 15 de agosto a 28 de novembro
Museu Brasileiro da Escultura - MuBE
Av. Europa, 218 - São Paulo
Informações: 8077 80 25

Entrevista com o prefeito de Parnamirim Maurício Marques: “Parnamirim pode eleger dois deputados”



Cefas Carvalho e Roberto Lucena

O prefeito de Parnamirim, Maurício Marques (PDT) recebeu a reportagem do PN em seu gabinete, na sede da Prefeitura, para conversar sobre política, eleições, alegrias, dissabores e o ano e meio à frente da administração do terceiro maior município do Estado. Confira:

Cefas Carvalho: Vamos começar falando sobre cultura. A maioria das pessoas elogia as iniciativas que a prefeitura está desenvolvendo, mas o que mais pode ser feito?
Nosso plano de governo foi muito claro com determinadas questões. Parnamirim é um celeiro de artistas. Aproveitamos a estrutura que temos com a capacidade que Vandilma Oliveira [presidente da Fundação de Cultura] tem de mobilizar e passamos a investir mais na cultura e no artista local. Fizemos muita coisa, mas não estou satisfeito. É preciso fazer mais. O edital do Cine-Teatro será publicado nos próximos dias e com certeza, em 2011, por volta de julho ou agosto, teremos nossa casa do artista de Parnamirim.
Roberto Lucena: E nas demais áreas, qual o balanço até o momento?
Nós estamos muito além daquilo que foi planejado. Quero falar sobre a saúde. Nos últimos meses inauguramos seis novas unidades básicas de saúde. Abrimos a Unidade de Pronto Atendimento funcionamento 24 horas totalmente com recursos próprios. Inauguramos ano passado, o Centro Clínico Sadi Mendes que, para minha surpresa, realizou, em quatro meses, 400 mil atendimentos, ou seja, duas vezes a população de Parnamirim. Estamos em julho. Já tenho aplicado na saúde, este ano, 31% da nossa receita. Está tudo perfeito na saúde. Pavimentamos e drenamos toda a bacia do Parque das Orquídeas. Fizemos iluminação pública. Na habitação, todos sabem que prometemos mil unidades nos quatro anos de administração. Fizemos uma parceria Município, Caixa Econômica, iniciativa privada e já temos hoje, com o Minha Casa, Minha Vida, assegurados 3.600 unidades habitacionais. Três vezes mais do que prometemos em quatro anos. Vocês sabem do complexo Moita Verde. Lá, as pessoas vão receber casas novas. Isso nos deixa muito orgulhosos. A educação tem farda, merenda, transporte escolar. Os professores tiveram três aumentos em dez meses. Nós fizemos em dezoito meses - foi muito além do planejado. A assistência social está com todos os projetos em andamento. Tudo bem estruturado. Tudo isso é fruto de um trabalho planejado e, acima de tudo, é o cumprimento da palavra dada à população de Parnamirim.
RL: Vamos falar sobre saneamento básico. Recentemente, foi realizada uma audiência pública na Assembléia Legislativa proposta por Gilson Moura (PV), que debateu esse assunto. Em que pé está a obra?
Todos sabem que as obras pararam em 2008. A partir do momento que assumimos, são dezoito meses. Adequamos o projeto em razão das exigências do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica. O projeto foi totalmente reformulado atendendo as exigências dessas instituições. Recursos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] estão assegurados, além de dois empréstimos do próprio Município. Os recursos estão assegurados. Não havia um projeto de uma estação de tratamento. Hoje tem. Tudo já foi aprovado pela Caixa Econômica. Mas veja bem: isso é tramitação de recursos federais; é uma obra de R$ 127 milhões. Existem as fiscalizações. O Ministério das Cidades, Caixa Econômica e Tribunal de Contas da União estão fazendo os ajustes finais para a liberação. Com relação à data que irá começar, não posso responder porque não depende do prefeito. Por mim, teria começado em maio. Mas os órgãos fiscalizadores e financiadores precisam fiscalizar. Mas tenho certeza que iremos recomeçar em breve. É uma questão de paciência. Quanto à questão de Gilson Moura, eu ouço tudo, mas só fica na minha cabeça aquilo que constrói. Se não for bom para Parnamirim, nem ouço.
RL: O senhor citou que Parnamirim tem poder de decidir uma eleição. Os candidatos e a população estão aguardando o anúncio de seu segundo voto para o Senado. A chapa já está fechada?
A minha chapa é Dilma Rousseff (PT) para presidente. Inclusive, vou fazer parte da coordenação nacional da campanha de Dilma. Terça-feira, dia 13, irei à Brasília para a primeira reunião. Senador é Garibaldi Filho (PMDB). Voto nele sempre. Só não votei para prefeito porque sempre votei em Parnamirim. Governador é Carlos Eduardo (PDT). Tenho compromisso assumido com Carlos e Agnelo Alves (PDT) e acho Carlos um homem sério que merece o voto do Rio Grande do Norte. Fátima Bezerra (PT) é a deputada federal de Parnamirim. O que essa mulher fez por Parnamirim nenhum outro político fez. E ela vai fazer mais. Agnelo é meu candidato a deputado estadual e não precisa explicar o porquê.
RL: Só falta o segundo voto de senador.
Essa semana terei uma reunião com a ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Iremos discutir alguns assuntos relativos à Parnamirim. Essa conversa é que vai nortear.
Na verdade, sempre conversei com ela, sempre converso com Iberê. É aquela história de “Parnamirim sim, voto sim. Parnamirim não, voto não”. Quando assumir meu compromisso com quem quer que seja, quero levar a mensagem ao povo de Parnamirim como eu levei, na campanha de 2008, quando derrotei o candidato que tinha 56% nas pesquisas e eu só tinha 8%. A minha mensagem foi mais forte do que os 56% que ele tinha. E para Wilma e Garibaldi preciso dessa mensagem forte, e da mesma forma que acreditaram em mim, vão acreditar nos dois.
CC: Essa campanha pode ser benéfica para Parnamirim?
Espero que assim seja. Em oito anos de governo Wilma de Faria, por motivos outros que não quero discutir de quem foi a culpa, houve um afastamento e dificuldades. Nesses oitos anos, tivemos só a receita própria e obras do governo Lula. Espero que agora, com os apoios e compromissos assumidos em praça pública, os eleitos façam aquilo que eu estou fazendo por Parnamirim. Espero e vou cobrar. Com o microfone na mão, sou bom cobrador. Parnamirim precisa ser respeitada como a terceira cidade do RN. Não aceito que se discuta política no RN e plano de governo sem ouvir Parnamirim. Se alguém acha que o prefeito de Parnamirim vai se dobrar por outras questões, não! Ninguém é mais importante do que a população de Parnamirim e merece ser respeitada.
RL: Um dos primeiros votos que o senhor declarou foi o apoio a deputada Fátima Bezerra. Porém, muitas pessoas que fazem parte do seu grupo já declararam apoio a João Maia (PR). Há alguma frustração ou tristeza de não ver todos acompanhando sua indicação?
Não. Não existe isso, nem estou preocupado. Essa eleição é muito complexa e as coligações são difíceis. Na hora que sou de um partido, tenho ligação com esse partido. Mas há outro aspecto. Da mesma forma que estou dizendo que meu candidato a deputado estadual é Agnelo e de doze vereadores só três o acompanham, Agnelo não é para ficar com raiva dos outros. Três vereadores irão me acompanhar com Fátima e vou conversar com os demais.
Agora, tem um detalhe: os cargos comissionados dos vereadores. O vereador indicou, mas quem nomeou foi o prefeito. Não vou brigar com os vereadores, mas os cargos comissionados eu vou cobrar que me acompanhem no voto com Fátima.
CC: E como será o trabalho de captação de votos para Carlos Eduardo em Parnamirim?
Estou aguardando uma conversa com ele e a coordenação de campanha. Não sou coordenador da campanha de Carlos. Vou trabalhar fortemente para ele. Agora, preciso conversar porque tem a campanha dele e de Agnelo. Acho que a campanha dele está crescente.
RL: O senhor afirmou que vai cobrar o apoio dos cargos comissionados. Isso vale para os secretários. E o voto para deputado estadual?
O secretariado me acompanha. Agora, há casos específicos como, por exemplo, o secretário de Obras [Naur Ferreira], que tem laços familiares com Rosano Taveira (PRB). Agnelo está muito bem posicionado com os secretários e cargos comissionados. Mas ele está bem posicionado é com o prefeito. Compromisso. Tem um negócio chamado lealdade. Agora, eu também exijo reciprocidade.
RL: Temos os nomes de Agnelo, Taveira, Sérgio Andrade (PP) e Gilson Moura. O senhor acredita que Parnamirim consegue eleger mais de um deputado estadual?
Não considero Gilson Moura candidato de Parnamirim. Esse cidadão não tem compromisso com Parnamirim. Os candidatos de Parnamirim são Agnelo, Sérgio e Taveira. Temos mais de 96 mil eleitores. Dá para eleger perfeitamente, mas precisa trabalhar bem fora de Parnamirim.
CC: Foi por não ter compromisso com Parnamirim que ninguém da prefeitura compareceu à audiência pública sobre o saneamento proposta por Gilson?
Não. Ninguém compareceu porque o projeto está pronto e aprovado. Porque não se convocou essa audiência antes do período eleitoral? Não podemos servir de trampolim para alguém que quer usufruir de um projeto que não tem participação dele, que mentiu em praça pública dizendo que mora em Parnamirim há 15 anos e há pouco tempo foi vereador de Natal.

Como os holandeses gostariam de ver Paul, o polvo profeta (do Kibe Loco)

Henrique pode presidir Câmara mesmo com vitória de Serra


Com os pés na campanha de Dilma Rousseff (PT) e alguns braços nos palanques de José Serra (PSDB), o PMDB torce para chegar ao Palácio do Planalto com Michel Temer, vice da presidenciável petista.
Mas seja quem for o presidente eleito este ano, os peemedebistas são unânimes ao dizer que o partido vai compor a base do governo.
Se Dilma vencer as eleições, o céu de brigadeiro do PMDB ficará completo. O partido já se prepara para fazer indicações na composição do governo e barganhar cota maior de cargos ministeriais com os petistas.
COMANDO
No Congresso, a sigla trabalha com a possibilidade de eleger 110 deputados federais e já tem nome engatilhado para emplacar no comando da Câmara.
"A Presidência da Câmara é do PMDB. Temos a expectativa de fazer a maior bancada e já existe acordo prévio pelo nome do Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O primeiro biênio é do PMDB e depois será a vez do PT", resume o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Mas uma vitória de Serra não compromete os planos do PMDB, segundo Cunha. "A gente luta por ela, mas se a presidenta não for a Dilma, podemos até manter o mesmo tipo de acordo para a Presidência da Câmara", diz Eduardo Cunha.
ACORDOS
PARTIDÁRIOS
Os acordos multipartidários da sigla e a divisão dos aliados entre palanques tucanos e petistas funcionam como estratégia de aproximação dos dois presidenciáveis.
Se os tucanos elegerem o próximo presidente, aliados de primeira hora de Serra, como o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), o governador André Puccinelli (PMDB-MS) e o presidente do partido em São Paulo, Orestes Quércia, fariam o papel de integrar a legenda a um possível governo tucano, explica o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
No Senado, a indicação do presidente da Casa é feita pelo critério da maior bancada. O senador José Sarney (PMDB-AP) também será substituído em 2011.

Fonte: Jornal Correio Braziliense