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"Café com arte" terá poesia, música e exposição no TAM

O Teatro Alberto Maranhão (TAM), através da Fundação José Augusto, promove todo final de mês, o evento “Café com Arte”, onde abriga na sua programação, valores da terra: músicos, poetas, artistas plásticos. Nesta edição de maio, haverá a seguinte programação:

- Exposição do artista cearamirense, Daniel Torres.
- Recital poético com os poetas do IFRN: Olavo Saldanha, Shauara David e João Paulo.
- Show “Viola potiguar & Canções”, com Arcesio Andrade e Eliab Lima.

Evento: “Café com Arte”
Local: Jardins do Teatro Alberto Maranhão
Dia: Quinta- Feira - 31 / 05 / 2012
Hora: 18h
Acesso Livre

Fátima assume nesta quarta coordenação da Frente em defesa do Piso dos Jornalistas‏



A coordenadora da bancada do Rio Grande do Norte na Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional dos Jornalistas, deputada Fátima Bezerra (PT), vai participar do lançamento oficial da Frente, que ocorrerá nesta quarta-feira (30), às 16h, no Salão Verde da Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 2960/2011, de autoria do deputado federal André Moura (PSC/SE), fixa o Piso Nacional dos Jornalistas em R$ 3.732,00, reajustado anualmente pelo INPC. A proposta recupera a reivindicação histórica da categoria de seis salários mínimos para uma jornada de 30 horas.

“Infelizmente o Rio Grande do Norte é o segundo estado onde se paga o menor piso salarial. Estamos atrás apenas de Sergipe. Precisamos valorizar  essa categoria formada por profissionais  que tem no uso da palavra a sua ferramenta de trabalho, e que exercem no contexto da sociedade um papel muito estratégico. Reforço aqui aos colegas jornalistas, tanto do Rio Grande do Norte quanto do Brasil, o nosso empenho pessoal junto à bancada federal do RN para darmos a nossa contribuição na aprovação do novo piso salarial dos  jornalistas”, declara Fátima.

Aproveitando o lançamento da Frente, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas prepararam um “Dia Nacional de Mobilização” em defesa da aprovação pelo Congresso Nacional do PL que propõe o piso salarial da categoria 2.960/2011. Kits da campanha com pastas, camisetas e folders estão sendo remetidos aos Sindicatos de Jornalistas para fortalecerem a campanha no Dia Nacional de Mobilização.



Projeto Genot maior leva musica erudita à Saraiva

Nesta quarta-feira, dia 30, o projeto Genot Maior encerra a temporada de shows especiais eruditos, com Duo Trompete e Cello sob o comando de Antônio de Pádua e Diego Paixão Para fechar em grande estilo, os músicos prometem um show que vai surpreender o público presente no Genot Cafés Especiais, da Livraria Saraiva Midway Mall.
“Esse trabalho consiste na fusão de instrumentos que pertencem a famílias tão distintas, mas que resultam numa combinação inusitada e muito interessante. De um lado a imponência do Trompete, do outro a versatilidade do Cello, e entre eles a simplicidade do cavaquinho. Porém, uma coisa os une, uma música repleta de erudição, feita simultaneamente com a mente e com o coração, visando proporcionar a quem à escuta uma viagem sonora por um universo surpreendente, repleto de nuances”, adianta Pádua.
O Duo é composto por músicos com formação erudita e com experiências musicais diversas. O compositor e multi-instrumentista Antônio de Pádua apresentará obras de sua autoria, transcrições de clássicos da música universal e alguns arranjos feitos especialmente para essa formação, já o violoncelista Diogo Paixão empresta todo seu talento e virtuosidade em prol de uma música feita acima de tudo com muita seriedade e compromisso com a arte.
Por fim, este projeto vem mostrar que no nosso estado também produz música erudita de qualidade. Como todos já sabem a apresentação começa às 19h, indo até às 20h30. Vale a pena aparecer, afinal de contas o café é especial e som da melhor qualidade! Deixe a música por nossa conta, a entrada é franca.
Genot Cafés Especiais
Av. Bernardo Vieira, 3775 - Loja 327
Livraria Saraiva – Midway Mall

Projeto Som do Mar terá banda argentina, Camarones e Rodrigo Lacaz

Uma das iniciativas culturais mais bem sucedidas e legais dos últimos em Natal, essa cidade onde música ao vivo é proibida no Beco da Lama e em Ponta negra, é o Projeto Som do Mar. Idealizado e produzido por Marcelo Veni, trata-se de viabilizar todo domingo a partir das 17h no 3º piso do ''Mãos de Arte''  Shopping de Artesanato, na Praia dos Artistas, shows de artistas locais.
Tem de tudo. MPB, regional, experimental, samba, instrumental. Nesse somingo dia 27, chegoua  vez de rock e pop. Uma edição especial do projeto vai levar o rock instrumental das bandas Camarones Orquestra Guitarrística e Falsos Conejos da Argentina. O músico Rodrigo Lacaz é convidado especial da programação
A banda de post-rock argen­tina Falsos Conejos ini­cia sua quarta turnê pelo Brasil. Eles tocam no Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, e São Paulo. Entre as para­das estão uma pas­sada pela TV Trama, na capi­tal pau­lista e no Recife, no UK Pub. A banda é ins­tru­men­tal e tem seu som base­ado no post-punk com influên­cia de Stravinsky e o cha­mado cool-jazz. O Camarones Orquestra Guitarrística ás 17h entra com seu instrumental rock que mistura elementos de ska, pop e surf music. Foi criada no final de 2007 com o objetivo de fazer uma música instrumental, divertida e dançante, a banda apresentará um repertório focado em seu mais novo trabalho o “Espionagem Industrial”. O músico Rodrigo Lacaz se apresentará ás 20h com repertório recheado de canções nacionais e internacionais além de algumas autorais.

Serviço:
Projeto SOM do MAR Edição especial Rock Pop
Shows com: Camarones Orquestra Guitarrística ( 17h ) Falsos Conejos ( 19h ) Rodrigo Lacaz ( 20h )
Onde? 3º piso do ''Mãos de Arte''  Shopping de Artesanato – Praia dos Artistas. Entrada e estacionamento Gratuitos
Inf: 9175 9870 / 3202 9191

"Saúde do RN está na UTI", diz presidente do Sindicato dos Médicos

Em entrevista ao Potiguar Notícias, o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, conversou com os repórteres Cefas Carvalho e Romeu Dantas sobre a situação da saúde no Estado e quais os projetos do sindicato. Confira:

A saúde do RN está na UTI? Por quê?
Sim, está na UTI. E por diversos fatores. Um dos maiores exemplos é o fato de não termos leitos. O Governo está tratando a saúde como se fosse há vinte anos. Nós temos praticamente a mesma rede hospitalar, não temos avançado. O que é que nós temos de novo? As UPAs e as AMEs.

Isso funciona?
Funciona para a base, mas, quando chega um paciente mais grave, não tem um respirador, não tem uma unidade para encaminhar esse paciente, então, basicamente, é um ambulatório. Fica naquela coisa de medicar e mandar para casa. Se o caso for mais grave e necessite de suporte, eu não tenho onde internar e nem para onde encaminhar. Então, as UPAs e AMEs foram as novidades que surgiram, mas não mudaram muita coisa, porque a demanda da população aumentou muito. Nós estamos numa situação em que não temos leitos suficientes, não temos hospitais suficientes, não temos vagas em UTIs...

E não temos secretário de Saúde também...
E nem diretor do Walfredo Gurgel. Nós estamos em uma situação muito grave. É preciso um trabalho de recuperação que a gente sabe que não apresentaria resultado em um ou dois anos, mas sim ao longo de seis a oito anos.

Qual a avaliação que o senhor faz da gestão Domício Arruda?
Primeiro, Domício conhece a administração, dirigiu inclusive a Unimed, que é muito complicada do ponto de vista administrativo. Tem um pé no sistema privado, mas sempre foi funcionário público, então ele tinha as habilidades necessárias para ser um bom gestor. Não conseguiu. Conversamos muitas vezes, e eu sempre o notei muito bem intencionado, claro que nós tínhamos algumas divergências, por exemplo: ele me perguntava se não era melhor fechar alguns hospitais regionais que não funcionam e deixar somente os que funcionam. Essa política, nós achamos que não resolve. É preciso equipar cada um, porque essa rede que foi construída mais ou menos na época de Geraldo Melo, é necessária para o e Estado. Nós acompanhamos a política de fechar serviços e, mesmo que seja com a melhor das intenções de fazer com que uma unidade funcione bem, transferindo os profissionais de um local para completar as escalas de outro, nós sabemos que não atende aos interesses da população. Domício foi um secretário que gerou muitas expectativas. O que é que pode ter acontecido? Uma sangria brutal do ponto de vista financeiro. Inclusive, circula a informação de que, nos últimos momentos da sua gestão, a secretaria estava sem recurso algum, porque, o que tinha, havia sido usado para o Hospital de Mossoró e aquela terceirização que houve. Então, ele ficou sangrado. Não tinha como pagar fornecedores, as cooperativas, nem abastecer os hospitais.

O senhor acredita que houve uma centralização dos recursos em Mossoró?
Aparentemente, nesta unidade, porque a queixa do Tancredo Neves é a mesma, que está desabastecido, que as escalas estão incompletas, que os pacientes estão nos corredores e que os equipamentos estão quebrados. Hoje mesmo, eu recebi uma informação de que a pediatria de lá está caótica. No relatório que enviaram, há um pedido para que o conselho vá lá interditá-la. Lá, não tem desfibrilador, não tem respirador... é um faz de conta no principal hospital de Mossoró. Isso depõe muito contra a governadora, e ela não pode esquecer que foi eleita com a bandeira de priorizar o sistema. Isso é muito decepcionante para nós que acreditamos, afinal, ela teve uma votação maciça na saúde, praticamente, uma unanimidade. Hoje, a população está refletindo isso nas pesquisas onde ela já chega a 67% de reprovação. Se continuar dessa forma, chegará à mesma situação da Prefeitura de Natal. A falta de diálogo, confronto aberto com os sindicatos, a política de cozinhar os problemas contribuem para isso. No interior, isso não acontece, porque os movimentos sociais são sufocados pelos pequenos favores, mas nas grandes cidades, sim.

Com a saída de Domício, assumiu a adjunta Dorinha Burlamaqui. Existem nomes que podem vir a ocupar esse cargo? Qual a expectativa do sindicato?
Dorinha é o braço direito de Rosalba na saúde, mas me parece que ela está assombrada, pelo menos foi o que nos pareceu em reunião, ela disse “eu já pedi a Rosalba urgência para nomear um secretário, eu prefiro ser adjunta”. Isso porque adjunta lida mais com aquelas questões internas, burocracia; já o secretário é uma figura política, de negociação. Ela, definitivamente, não conhece as pessoas dos movimentos sociais que fazem a parte política e reivindicatória das categorias e da sociedade com um todo.
Então, ela me pareceu muito assustada com esse componente novo. Acho que Dorinha não aceitaria continuar, carece de preparo, ela tem uma visão muito setorizada ainda.

E, se o senhor for convidado, aceitaria assumir a secretaria de Saúde?
Não, efetivamente. Não é que não seja uma honra para qualquer pessoa, mas para você ser convidado precisa preencher alguns critérios. Primeiro, estar disponível para isso; segundo, se achar habilitado. Se você não preencher os critérios, acaba sendo uma aventura. Efetivamente, não é minha hora, mas há muitos nomes bons, como por exemplo: Nelson Solano, que vem sendo cogitado; Pedro Cavalcanti, que já foi secretário de saúde; e Esaú Gerino, diretor do Hospital Santa Catarina. O que é que une os três nomes? Nenhum aceitaria sem o compromisso do governo de mudar essa situação da saúde. Quando nós conversamos com qualquer um deles, é dito isso. Que compromissos o governo tem de assumir? Abastecer os hospitais, ampliar o número de leitos, ter vagas de UTI, remédios para o povo, equipamentos para modernizar a estrutura... porque, com isso, um secretário se consagra. Agora, se entregar a secretaria do jeito que está sem compromisso do governo de mudar a situação, o secretário estará botando uma corda no pescoço e vai ser enforcado por ela.

Seminário de Arte e Cultura será realizado na UFRN

A UFRN vai sediar de hoje, dia 22 ao dia 25, o II Seminário de Arte e Cultura da UFRN: Formação e Democratização no Contexto da Universidade Cidadã, envolvendo no evento o Núcleo de Arte e Cultura, a Pró-Reitoria de Extensão UFRN, Departamento de Artes, Escola de Música, Museu Câmara Cascudo, Fórum Potiguar de Cultura e a Rede Potiguar de Pontos de Cultura. O evento vai ter abertura na Biblioteca Central Zila Mamede e, nos dias 23, 24 e 25, as atividades vão ser no auditório do SEDIS.
     O objetivo do evento é promover o debate acerca de questões emergentes no âmbito da Arte e da Cultura na UFRN, considerando tanto o processo de formação quanto a importância do desenvolvimento de uma política nessas áreas que se oriente pelo diálogo entre a universidade, os movimentos sociais e os segmentos produtivos e institucionais.
     O evento será configurado a partir das seguintes temáticas: Políticas culturais para as universidades públicas; Patrimônio, memória e museus; Ensino de arte no contexto da educação brasileira; Estágio curricular em artes e formação docente; Processos educativos e criativos da arte na cidade; Regulamentação, avaliação e execução orçamentária de projetos artísticos universitários; Internacionalização de projetos artísticos e culturais, assim como a institucionalização do I Fórum de Arte e Cultura da UFRN. As referidas temáticas serão desenvolvidas através de Palestras, Rodas de Conversa, Oficinas Artísticas e Apresentações Espetaculares.
     Mais informações pelo site www.nac.ufrn.br/seminario2012.

Rugbi também é coisa de mulher no RN

Riane Brito
Da Redação do Potiguar Notícias

O rugby ou rúgbi é um esporte em que os seus jogadores passam a bola oval com as mãos e buscam alcançar a linha de fundo, para impedir que os jogadores do time adversário tentem derrubar no chão aquele que estiver com a bola. Quando não conseguem parar o adversário, os tocerdores gritam “tryyyy” ao invés do popular “gooool”. À primeira vista, o rugby parece um jogo violento no qual os rugbiers, como são chamados, apenas se empurram e jogam uns aos outros no chão, mas, diferente do que se pensa, o rugby é um jogo coletivo, em que se vê ébaseado no respeito e cumplicidade entre os praticantes.
A tradição esportiva demorou a se espalhar pelo Brasil, concentrando-se nas regiões sul e sudeste. Os primeiros clubes do nordeste, por exemplo, datam da segunda metade da primeira década dos anos 2000. Felizmente, a perspectiva é de que esse cenário mude até a volta da modalidade aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A Delloite, que presta consultoria empresarial, realizou recente pesquisa que detectou o rugby como o esporte que mais cresce no Brasil, seguido das artes marciais, devendo ser alvo de investimentos nos próximos anos.
O esporte é originário da Inglaterra e existe oficialmente desde 1863, mas só chegou às terras potiguares em 2005, quando foi criado o Potiguar Rugby Club e, um ano depois, foi fundado o Potiguar Rugby Clube Feminino e compartilhavam o campo e os treinos com os marmanjos. Na época, o time encarou muitas caras feias, uma vez que as pessoas costumam ver com olhos preconceituosos mulheres que praticam esportes os quais os homens dominam como o futebol e o rugby. As dificuldade em encontrar praticantes e patrocínio extinguiram o time feminino no fim de 2009.
 Em 2011, recriado o time feminino e retomando as atividades, fazendo excelente temporada, impulsionou a procura por mais praticantes no Estado. A capitã do time Maíra Leal, em entrevista ao PN, disse que o rugby não é só um esporte, é um estilo de vida: “Para praticá-lo, são necessárias jogadoras de todos os biotipos: altas e baixas, gordas e magras, velozes e lentas. Tem sempre um lugar para quem quiser jogar. Além disso, por se tratar de um esporte amador, é perfeito para quem se sente um pouco abandonada na prática esportiva quando deixa a universidade. No mundo inteiro, mulheres de várias idades praticam rugby” disse.


NOVA FASE
Este ano o rugby potiguar feminino enfrenta uma nova fase, com um bom número de atletas treinando, e disputa o circuito feminino de rugby que segue na sua segunda edição. A primeira etapa foi disputada recentemente em Recife onde o time alcançou bons resultados “Não fomos a surpresa do campeonato, o Mandacaru de Maceió, certamente levou esse título. Não fomos dessa vez o time menos experiente. Esse título é certamente do time de Salvador. Não fomos o melhor time, o Recife é certamente o time de rugby feminino mais desenvolvido da Região Nordeste. Não disputamos o primeiro lugar e mostramos que brigamos pelo título, como Teresina. Não fomos as meninas mais novas com um futuro brilhante pela frente, como as meninas do time B do Recife foram. Fomos nós. Pela primeira vez, com todas as dificuldades, com os bons e os maus momentos, com coragem. Nessa etapa, fomos  depois de muito tempo, um time. Dividimos responsabilidades, conquistas e temos muitas histórias pra contar. Rimos e choramos. Jogamos menos do gostaríamos e queremos mais. Mal podemos esperar a segunda etapa” disse a capitã.
Agora com o olhar para o futuro as jogadoras partem em julho para o Piauí, onde será realizado a segunda etapa do circuito feminino de rugby e lançaram a campanha “Ei, ajuda a gente ir pro Piauí!” e estão desenvolvendo atividades para arrecadar dinheiro. Tudo vale: vender rifas e camisetas, correr atrás de patrocínio e até fazer barraquinha de bebida em festas. “Temos orgulho do nosso trabalho, do que conquistamos, pode não ser nada nos olhos dos outros, mas somos um time. A cada vez que tenho um treino com time completo, ou um jogo, sinto que uma parte do sonho se realiza. Quero mais, quero ter um time competitivo para o próximo NE 7’s, quero realizar jogos femininos em Natal, quero montar uma escolinha de rugby na comunidade onde vivo e vou realizar cada um desses sonhos com a ajuda das minhas companheiras de time.”,  afirmou.

Antônio Nahud Junior: "É atraente descrever um mundo sem afeto e sem perdão"

Cefas Carvalho

Baiano radicado em Natal, Antônio Nahud Junior é jornalista, escritor e poeta. Cinéfilo, tem o blog “O Falcão maltês”, um dos mais prestigigiados do país no gênero.  Aos 21 anos publicou o seu primeiro livro, “O Aprendiz do Amor” e tem vários outros publicados. E nesta quinta-feira lança seu mais novo livro (de contos): “Pequenas histórias do delírio peculiar humano”. Será em Nalva Salão Café às 19h. Nahud concedeu entrevista a este blogueiro-jornalista para falar sobre o livro e o processo criativo de modo geral. Confira:


O livro a ser lançado é uma compilação de contos. Fale sobre seu processo de escrever contos e do que se trata o conceito do livro.

Comecei minha obra ficcional tendendo para o conto clássico, influenciado por Edgar Allan Poe e F. Scott Fitzgerald, meus grandes ídolos quando adolescente. “Fúria”, o meu primeiro conto, surgiu quando ainda era um adolescente, ganhando um prêmio literário do governo de São Paulo. Animado, nos anos seguintes produzi uma série de narrativas curtas compiladas em dois livros “Contos e Lendas de Paixões Mórbidas” e “A Mão do Diabo Está Sobre Mim”. Mas a vida nômade, que me levou a mudar de cidade e até de continentes, terminou por perdê-los para sempre. “Fúria” escapou por ter sido publicado numa antologia e faz parte desse meu novo livro, “Pequenas Histórias do Delírio Peculiar Humano”, ajudando a compor o retrato, bastante nítido, de minha trajetória literária. São 64 contos minimalistas, viscerais e até cruéis, em torno dos sentimentos mais difíceis, mas também mais definidores do homem urbano da atualidade. Um livro sem concessões num emaranhado de imagens chocantes.

Escrever contos é mais difícil que escrever poesia ou jornalismo?

Nada é mais complexo que escrever poesia. Ela é uma espécie de síntese da liberdade interior. Um terreno turvo, uma mistura explosiva de delicadeza e desassossego. Experimento sempre uma certa aflição com a poesia, vagando por um caminho até então desconhecido. A poesia não permite garantia de bons resultados. Ela sempre surpreende, para o melhor ou o pior. O conto é diferente, mas prazeroso e definitivo. Quase sempre se apresenta no papel como imaginado antes de escrevê-lo. No meu universo de contista há uma saudável ambição, que talvez pudesse ser definida como a tentativa de combinar ritmo cinematográfico com a rede complexa de relações sociais. Cabe quase tudo nele: o policial, o fantástico, o terror, o intimismo, o erótico ou o melodrama. O jornalismo caminha por outras veredas. É mais uma questão de experiência, preparo intelectual, objetividade e compreensão da cabeça do leitor médio. Como passei muitos anos em redações ou em coletivas disputadas, onde o tempo é curto e a síntese fundamental, a prática jornalística me parece elementar, como a necessidade diária de escovar os dentes ou comer, embora procure sempre investir na fineza de estilo e linguagem de qualidade.

Existe o projeto de você lançar um romance?

Recuso-me a isolar a literatura do risco. A cada novo livro, pretendo sempre desmentir, quase anular, o anterior. Tenho dois romances na reta final, “Homem Sem Caminho” e “Fome de Amor”, e eles são completamente distintos um do outro, embora retratem as dificuldades impostas por um mundo de identidades partidas, ou melhor, dominadas pela insuficiência de qualquer identidade. Trabalho neles há alguns anos. O primeiro é uma versão moderna e homoerótica da novela “Carmen”, de Prosper Marimée. Tem como pano de fundo a imigração brasileira ilegal. Passei quatro meses na Andaluzia lendo e relendo esse livro de poucas páginas, além de visitar todos os cenários retratados pelo escritor francês. Mas ainda falta um tempo para sua agonia ser exposta ao mundo. “Fome de Amor” é um romance noir nos trópicos. Algo assim como Dashiel Hammett, Raymond Chandler ou James A. Cain escrevendo sobre homens desiludidos, mulheres fatais e crimes sob o sol escaldante do Rio Grande do Norte.

Por que o nome do livro?

O título induz a um engano recorrente: a banalização das histórias cotidianas de todos nós. Tudo isso já foi contado e recontado, de Tchekhov a Rubem Fonseca, mas é sempre atraente descrever mais uma vez um mundo sem descanso, sem afeto e sem perdão. Trabalho com a surpresa, a estranheza e o macabro, fugindo do naturalismo regionalista ou da linguagem tosca da televisão e da web. Acredito na ficção como forma de investigar a natureza humana, não como entretenimento fácil. Os meus personagens obedecem a algum chamado, enfrentando ou sucumbindo aos seus demônios, entregando-se às próprias obsessões, entre o mítico e o real. Essas “pequenas histórias” reveladas neste livro podem ser uma odisseia perturbadora se vivenciadas. E todos nós temos nossas “pequenas histórias”.

Como é conciliar atividade jornalística, blog, militância cultural e ainda produzir literatura?

Os escritores estão solitários, cada um entregue às próprias obsessões. Muitos se consolam abandonando a própria literatura. Eu penso diferente, nada melhor que a dupla ou tripla identidade, produzindo arte para escapar do vazio e do superficial. É uma luta diária, com muitos desacertos, mas a minha fúria artística procura não perder de vista a afinação de minha voz particular. Essa dualidade literária, artística e jornalística encontra raízes no Renascimento, onde o artista era, não raro, escritor, poeta, músico, desenhista ou botânico, além de praticar outros conhecimentos. Motivado por razões ou inspirações distintas, vou no mesmo delírio. Mas não é nada fácil. Exige, acima de tudo, paixão, obstinação, perseverança e muita energia. E eu amo todas as atividades profissionais que pagam meus vícios e virtudes. Sou humildemente grato por sobreviver da escrita em seus diversos aspectos.

Baiano, vivendo há alguns anos em Natal, qual a sua visão da literatura potiguar?

Ainda me encontro num processo de aprendizado, de conhecimento, embora já possa garantir que é uma literatura expressiva, de nomes relevantes como Oswaldo Lamartine, Pablo Capistrano ou Marize Castro. Trabalho com o poeta Diógenes da Cunha Lima, portanto estou sempre conhecendo escritores/poetas veteranos ou mais novos. Além disso, ele possui uma biblioteca mágica, borgiana, que me permite mergulhar na literatura potiguar. Ando atualmente lendo Clotilde Tavares e as crônicas de José Luiz Silva, que só recentemente fiquei sabendo se tratar de seu pai, Cefas. No entanto, percebo que os escritores do Rio Grande do Norte vivem numa ilha sem porto, não se envolvem, não trocam impressões, não parecem interessados em movimentos literários. Por exemplo, tentei me aproximar do pessoal dos Jovens Escribas e não houve retorno. Foram gentis, mas distantes. Esse tipo de comportamento, mesmo sem má fé, sufoca a literatura de todos, não atravessa fronteiras, roubando do escritor inúmeras possibilidades. Acrescenta muito pouco bajularmos um Marcelino Freire ou um  outro escritor conhecido Brasil afora. É por demais provinciano. Precisamos, antes de tudo, nos unir, incentivando a literatura local.

Presidente da Câmara de São Gonçalo fala sobre entendimento entre Jaime e Poti

Da Redação do Potiguar Noticias

A redação do PN recebeu o presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, vereador  Geraldo Veríssimo. Único parlamentar do PR, é reconhecido como aliado de primeira do Prefeito Jaime Calado. Foi um dos primeiros políticos do município a defender uma aliança entre PR e PMDB e conversou com os jornalistas Cefas Carvalho e José Pinto Junior.

Há um ano, o senhor disse que a aliança entre Jaime Calado e Poti Junior ocorreria.
Para mim, não era novidade. Na realidade, essa aliança vem desde o ano de 2010, quando o PR se coligou na proporcional com o PMDB. Desde aquele momento, já vinha essa aliança, de certa forma, sendo estudada. Em 2008, Poti já apoiava Jaime Calado. Na hora em que ocorreu a aliança entre o PMDB e o PR com o resto do Estado e, também, na proporcional para os deputados estaduais e federais, já se cantava realmente essa bola.

E o nome? Já está fechado Poti Neto?
Há um sentimento dentro da família Cavalcante e, também, dentro do PMDB jovem de São Gonçalo, é importante dizer que essa criação não foi apenas do Poti Junior. Os jovens de São Gonçalo do Amarante querem esse nome Poti Neto. Inclusive, o PMDB jovem vai realizar uma convenção, na Câmara, no dia 26, e o PR já está integrado a este evento e, provavelmente, será lançado esse nome jovem  para marchar ao lado de Jaime. Porém, nada está definido. Há um nome que está em curso, mas cabe ao PMDB de São Gonçalo definir. Nós do PR não podemos indicar nada, uma vez que estamos indicando o prefeito Jaime.

Havia uma expectativa de que o vice saísse da Câmara Municipal...
É, havia uma expectativa muito forte. Inclusive, a minha vontade é que saísse da Câmara. O vereador Valban e o vereador Milton Siqueira são bons nomes. Minha vontade e a vontade dos vereadores era que fosse do legislativo, mas na política,  não é a minha vontade, nem a sua vaidade que decide. O grupo é quem define de acordo com o momento político. Como vereador, eu sinto que não vai ser da Câmara, porém, não implica que não vamos aceitar. O entendimento maior deve ser a favor do município.

Presidente recebe muitos investimentos. Qual o olhar do presidente da Câmara sobre esse momento?
Esse momento é o que São Gonçalo esperava. Outros grupos, inclusive internacionais, estão investido em São Gonçalo. Esse investimento da Coteminas vem para gerar empregos diretos, diga-se de passagem. O aeroporto vai custar 800 mil de reais, o grupo Coteminas está investindo um milhão, é muito dinheiro investido e vai mudar toda aquela área.  Serão  abertas novas vias de acesso e, hoje, nos deparamos com uma dificuldade muito grande no acesso a São Gonçalo. Então, o grupo Coteminas já tem um projeto de criar uma via por baixo que vai ligar Jardim Lola e São Gonçalo, realizando uma ligação direta sem ter de passar por Natal. Estamos tentando viabilizar com urgência aquele viaduto uma vez que é um gargalo que está atrapalhando o crescimento de São Gonçalo. 

Mossoró tem mulheres monopolizando a disputa pela Prefeitura há quase duas décadas

Cefas Carvalho

A confirmação do nome da vereadora Cláudia Regina (DEM) como candidata da situação à Prefeitura de Mossoró para enfrentar a oposicionista deputada Larissa Rosado (PSB) confirma o que, mais que uma tendência, já virou uma tradição em Mossoró. A de mulheres duelarem pela Prefeitura em condições reais de vitória.
Na verdade, há duas décadas, a disputa pela Prefeitura se tornou uma espécie de “Clube da Luluzinha”, onde só as mulheres têm vez.
Na eleição passada, em 2008, Fafá Rosado foi reeleita prefeita, vencendo justamente Larissa Rosado. Quatro anos antes, em 2004, a mesma Fafá conquistava seu primeiro mandato vencendo a deputada Sandra Rosado, mãe de Larissa.
Em 2000, Rosalba Ciarlini conquistava seu terceiro mandato, sendo reeleita em vitória contra Fafá Rosado, na época, apoiada pelo grupo de Sandra e Laíre Rosado. Em 1996, Rosalba  reassumia a Prefeitura obtendo vitória contra a mesma Sandra. Nestas eleições todas, nenhum homem concorreu com mínimas condições de vitória. A última vez que “marmanjos” concorreram em condições reais de vencer foi justamente em 1992, quando Dix-huit Rosado venceu Luiz Pinto.

As bandas de forró e seus nomes "criativos"

Em 2006, tanto neste blog como na minha coluna no jornal Potiguar Notícias, fiz uma enquete, em tom de brincadeira, claro, com os amigos e leitores para saber qual a banda de forró com o nome mais chulo e grosseiro. A disputa foi acirrada, claro. Mas, venceu a banda Chibata Nela. Uma amiga e leitora, poeta e professora paraibana definiu o porquê da vitória: "Geralmente o duplo sentido consiste de um destes sentidos ser chulo e obsceno e o outro, normal, quando não, suave, justamente para reforçar o duplo sentido. Já Chibata Nela consegue a façanha de ter os dois sentidos grosseiros: um, de conteúdo sexual apelativo e outro, pior, de crime mesmo, que remete á escravidão". Bem, só para registrar, Ferro na Boneca ficou em segundo lugar e Calcinha Preta em terceiro.
Tudo isso para assinalar que dia desses, lendo blogs com programações de festas pelo interior, deparei-me com uma banda de forró cujo nome me chamou a atenção: Mesa de cabaré. Desconheço o repertório e o estilo (?!) da banda, mas o nome já me impressionou. Não que seja necessariamente grosseiro, sequer é pornográfico ou guarda duplos e triplos sentidos mesmo. Só ressalta a cultura de "rapariga, cachaça e cabaré" que as bandas atuais do gênero transformaram o estilo musical eternizado por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Para quem duvida do "achado" eis aí cartaz com a banda citada como uma das atrações.

Senador Paulo Davim quer diminuição de pontos de venda de cigarros


O senador Paulo Davim (PV-RN) pediu o apoio dos senadores para a aprovação de um projeto de lei que apresentou ontem visando aumentar a restrição aos locais de venda de produtos derivados do tabaco.
O projeto acrescenta à Lei 9.294/96 a proibição de venda em bancas de jornais, postos de gasolina e supermercados. Hoje, a venda é proibida em estabelecimentos de ensino e de saúde e em órgãos públicos. “Não podemos associar a imagem de alimentos ao cigarro, como se fosse algo natural, banalizado”.
O senador afirmou que a redução dos pontos de venda diminui a possibilidade de acesso ao produto, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde, atua comprovadamente como desestímulo ao seu consumo, sobretudo por jovens e adolescentes. Davim, que é médico, lembrou que o fumante é mais suscetível a problemas cardíacos e câncer.

"DJ por uma noite" se consolida no Bardallos e tem programação de maio divulgada


Começou de forma despretensiosa, foi agradando aos freqüentadores e, de repente, pegou! Mais que isso, entrou para o calendário cultural do Centro de Natal, no trecho conhecido como Beco da Lama. Trata-se do evento “DJ por uma noite”, no qual clientes e amigos do Bardallos Comida e arte – bravamente capitaneado por Lula Belmont e Ricardo Nelson – assumem às quintas-feiras e somente nas quintas, o papel de DJ (ainda que jamais tenham feito isso na vida) com direito a luzes de boate e jeitão de discoteca.

Lula e Ricardo divulgaram a programação de maio.

Hoje, dia 3 – Ritha ferreira, estudante de design.
Dia 10 – Jota Mombaça, pesquisador e militante cultural.
Dia 17 – Bernardo, estudante de Turismo.
Dia 24 – Vani Natal, assistente social.
Dia 31 – Sandra Shirley Galvão, técnica em Hotelaria.

A discotecagem começa às 20h30. A entrada é franca. Mais informações pelo 3211-8589. Este jornalista e blogueiro está agendado para ser o DJ do Bardallos em agosto.