Contador

"Devorando Hamlet" com Clotilde Tavares



Assim como há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia, há mais eventos culturais de qualidade do que meu tempo permite aproveitar. Mas, já estou me programando para um que se adianta imperdível. A oficina “Devorando Hamlet”, realizada pelo Núcleo de Jovens Artistas – NJÁ com apoio da Casa da Ribeira promove a oficina “Devorando Hamlet”, com ninguém menos que a escritora e blogueira Clotilde Tavares.

Segundo o ótimo blog Catorze, a atividade consiste numa leitura comentada da peça “Hamlet”, do mestre Shakespeare, feita pela orientadora, enquanto os participantes acompanham, discutem e perguntam. É também uma oportunidade para registrar o 446º aniversário de nascimento do bardo inglês, no dia 23 de abril.

DIAS: 19 a 23 de abril
HORA: 17h às 19h
LOCAL: Casa da Ribeira
VALOR: R$15,00 integrante efetivo do NJA \ R$20,00 não-integrante do NJA
INSCRIÇÕES: Ana Carolina Marinho – 9163-5300 \ José Neto Barbosa – 9645-9993
Mais informações: www.nucleodejovensartistas.blogspot.com

Cinema argentino ganha Oscar, cinema brasileiro biografa Chico Xavier e Frank Aguiar...



Chegando aos cinemas a cinebiografia (com ares de superprodução) de Chico Xavier. Já tivemos recentemente o filme “Lula, o filho do Brasil”, sobre o presidente da República e há alguns anos, “Dois filhos de Francisco”, sobre a vida de Zezé de Camargo e Luciano. Leio nos blogs e sites sobre cinema que em breve chegará às telas a cinebiografia de Frank Aguiar, cantor popular que virou deputado, e conhecido como “O cãozinho dos teclados”. Depois não se sabe porque o cinema argentino ganha Oscar e até o cinema peruano ganha Festival de Berlim...

Wilma, Garibaldi ou Agripino: Quem perde mais com a derrota para o Senado?

Cefas Carvalho

Wilma de Faria, Garibaldi Alves Filho e José Agripino Maia. A governadora e dois senadores, respectivamente, ambos ex-governadores. Ela do PSB, o segundo do PMDB e o terceiro, do DEM. Três gigantes da política potiguar, todos com prestígio nacional, e apenas duas vagas no Senado para serem disputadas pelo trio. Resumo da ópera: um dos três vai amargar uma derrota monumental, como já foi dito, repetido e ultra comentado.
Contudo, qual dos três perderia mais com a derrota? Qual terá a maior chance de sobreviver politicamente? Quais as fatores que podem influir na sobrevivência ou na “morte política” definitiva de um dos três?
Basta analisar a situação de cada um separadamente. Vejamos:
Wilma de Faria
O que perde:
Parte do prestigio que conseguiu ao longo de 8 anos de governo; um palanque para defender seu governo em caso de vitória adversária e críticas ao seu governo; força para manter seu grupo político e o que ela considerava “terceira via”.
Como sobreviver politicamente: Em caso de vitória de Dilma Roussef, teria espaço no Governo Federal. Idem em caso de vitória do seu candidato (por ora, ainda Iberê Ferreira de Sousa). Também poderia tentar a Prefeitura de Natal em 2012 com chances reais de vitória. Dos três, é quem mais tem chances de não “morrer” politicamente.
Garibaldi Alves Filho
O que perde:
A princípio, o mandato. Perde força dentro do PMDB para o primo Henrique Alves. Perde um palanque nacional que lhe rendeu frutos (foi presidente do Senado) e amargaria a segunda derrota eleitoral seguida depois de 20 anos de invencibilidade eleitoral.
Como sobreviver politicamente: Torcer para vitória de Rosalba Ciarlini, o que lhe deixaria com espaço no Governo Estadual e colocaria seu pai, suplente Garibaldi Alves, como senador. Se apoiar Dilma Roussef, como quer Henrique Alves, em caso de vitória desta, pode ter espaço no Governo Federal. Investir no mandato do filho deputado estadual Walter Alves. Esperar 4 anos para tentar o Senado novamente.
José Agripino
O que perde:
O mandato. A relevância nacional como um dos líderes do DEM e da oposição ao presidente Lula. Parte da liderança do partido, que irá para as mãos de Rosalba se ela for eleita governadora. Em caso de derrota dela, o insucesso de Agripino fará o DEM naufragar no Estado.
Como sobreviver politicamente se perder: Tem que torcer para Rosalba Ciarlini ser eleita governadora, situação quando terá condições de indicar alguns secretários e ter peso na administração estadual (ainda que tendo de dividir a liderança da sigla com ela). Manter a aliança com a prefeita de Natal Micarla de Sousa e o PV.
Investir no mandato do filho Felipe Maia, se este conseguir a reeleição, o que é provável.

Os 10 filmes que a poeta Nina Rizzi levaria para uma ilha deserta





1 Blow-Up, Michelêngelo Antonioni;
2 Hiroshima, meu amor, Alains Resnais;
3 Ano passado em Mariebad, Alain Resnais;
4 Viver a vida, Jean-Luc Godard;
5 Deus e o diabo na terra do sol, Glauber Rocha;
6 O enconuraçado potemkin, Sergei Eisenstein;
7 Jules e Jim, uma mulher para dois, François Truffaut;
8 O idiota, Akira Kurosawa;
9 Em busca do ouro, Charles Chaplin;
10 A manga, Idrissa Quedraogo.

Nina Rizzi comenta: “Dado que a ostricidade provavelmente me enlouqueceria, ao escolher os filmes acima segui dois critérios: não esquecer quem sou e; tornar mais suportável a solidão.
Outra nota: quando fizeram a pergunta pra um escritor (não me lembro qual), sobre que livro ele levaria pra uma ilha deserta ele respondeu sabiamente: "como sair de uma ilha deserta sem ter muitos recursos"; se tivesse esse filme, com certeza o levaria.

Dois "causos" com Winston Churchill


O blog reproduz duas histórias - reais - do primeiro-ministro inglês Winston Churchill, que teve participação vital na 2ºGuerra Mundial.

Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto.
Convite de Bernard Shaw para Churchill:
"Tenho o prazer e a honra de convidar digno Primeiro-Ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver."
Bernard Shaw.
Resposta de Churchill:
"Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."
Winston Churchill.

*


Bate-boca no Parlamento inglês .
Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma Deputada oposicionista, Lady Astor, que pediu um aparte. Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mesmo assim concedeu a palavra à Deputada. E ela disse em alto e bom tom:
- Sr. Ministro, se V. Excia. fosse o meu marido, eu colocava veneno em seu chá!
Churchill, lentamente tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu a platéia e com o silêncio com que todos aguardavam, lascou:
- Nancy, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse chá !

Mineiro diz que não se deve discutir política no momento: “A prioridade é a saúde de Iberê”


Cefas Carvalho

Em visita à redação do Potiguar Noticias, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) falou sobre a situação do governismo com a possibilidade do vice-governador Iberê Ferreira de Sousa – que teve recentemente detectado um nódulo maligno no pulmão esquerdo – não ser o candidato situacionista ao Governo do Estado.
“Neste momento a prioridade é a saúde de Iberê, não a campanha”, disse Mineiro. “Quem vai dizer se será candidato é ele próprio, não os aliados. Ele tem reafirmado que quer ser candidato e entrar na campanha. Mas, não cabe a nós pensar nisso agora”, afirmou.
Perguntado se o governismo teria um plano B para hipótese da desistência de Iberê, o petista foi enfático: “Não existe nada disso que eu saiba e não fomos chamados para discussão nenhuma neste sentido. A prioridade agora é o restabelecimento de Iberê, não vamos discutir política”.

PT
Sobre a candidatura de um petista ao Senado, Mineiro registrou que no dia 10 de abril haverá uma prévia para debater a possibilidade. Quatro petistas – Fernando Lucena, Hugo Manso, Junior Souto e José Rodrigues- disputam a indicação.

Os 10 filmes que a jornalista Myrianna Coelli levaria para uma ilha deserta



1 - Tudo sobre minha mãe
2 - Curtindo a vida adoidado
3 - Apocalypse Now
4 - 500 dias com ela
5 - O iluminado
6 - Queime depois de ler
7 - O estranho mundo de Jack
8 - Footloose
9 - Pulp Fiction
10 - Annie Hall

Prefeitura de Natal vai pagar ao artista que tirou terço do ânus


Envolvido em um quiproquó no Twitter com o jornalista Eugênio Bezerra, assessor/secretário especial da Prefeitura de Natal, resolvi arregaçar as mangas de repórter e descobrir respostas para a questão que gerou a polêmica entre eu e Eugênio: afinal, o artista Pedro Costa, que realizou dentro do Salão de Artes Plásticas, a polêmica performance de tirar um terço/rosário do ânus em Nalva salão café receberia da Prefeitura o cachê acordado de R$ 1.350,00?
Enfático, como sempre, Eugênio, no twitter, disse que “@eugeniobezerra @cefascarvalho afirmo com todas letras q nem um centavo dos cofres da prefeitura foi destinado ao artista. Obrigado”.
Contudo, a Tribuna do Norte em reportagem veiculada hoje, dia 23, sustenta que o artista receberia sim o dinheiro, já que ele teve seu trabalho aprovado entre os selecionados.
Instigado, dediquei parte da manhã de hoje, 23, a confirmar o fato. Primeiro telefonei para a Funcarte para falar com o presidente Rodrigues Neto (em reunião), depois com o vice, Gustavo Wanderley (que não foi hoje) e por fim com a assessora de imprensa Tiana Costa, cujo expediente já havia encerrado ás 13h (liguei às 13h15).
Pela hierarquia, faltava falar com a chefe do departamento de artes plásticas, Sânzia Pinheiro. Obtive êxito. Sânzia confirmou que o pagamento de Pedro estava previsto para ser pago “juntamente com os dos outros artistas do salão”. Disse ainda que “não recebi nenhuma informação da Prefeitura no sentido de não pagar o referido artista”.
Sânzia sustentou que o Salão “tem que abrir espaço para a polêmica, sim” mas lamentou que a mídia não tenha percebido que “o Salão deste ano pelo novo formato vem sendo um grande sucesso, um sucesso histórico”. Talvez. Mas, e não apenas na opinião deste blogueiro, obscurecido pela celeuma do “artista que tirou um terço do ânus”.

Queda de um mito? Agnelo deixa de ser "intocável" em Parnamirim


Cefas Carvalho e Roberto Lucena

Prefeito de Parnamirim por oito anos, ex-senador da República, um dos "cabeças" de família tradicional na política potiguar, com ascendência sobre veículos de comunicação, Agnelo Alves passou as duas administrações frente à Prefeitura local e mais o primeiro ano como ex-prefeito envolto em uma aura de mito. Durante esse tempo, só encontrou um crítico feroz, o ex-vereador Fernando Fernandes, que passou o último ano da gestão Agnelo espezinhando o então prefeito no plenário da Câmara com humor ferino e boa oratória. Mas, não passava disso.
Contudo, o final de 2009 e o começo de 2010 parecem marcar o início dos arranhões no "mito Agnelo". Primeiro, foi o vereador Clênio Tavares (PV) que afirmou existir uma “herança maldita” passada ao prefeito Maurício. O vereador verde também declarou que a gestão Agnelo preocupou-se muito com obras de concreto e esqueceu as pessoas.
Depois, em entrevista ao "Alpendre do PN", a vereadora Kátia Carvalho (DEM) disse que o período Agnelo Alves já era passado. A democrata também sugeriu que a cidade não “deve mais nada a Agnelo. A balança está equalizada”. Mais recentemente, Kátia culpou o ex-prefeito pela demora nas obras de saneamento.
Excluindo-se as críticas dos adversários, o que mais chama atenção e aponta para a queda da liderança de Agnelo é o fato do surgimento de vários pré-candidatos a deputado estadual de Parnamirim. As candidaturas surgem dentro do mesmo bloco político que até então apoiava Agnelo. São os casos de Rosano Taveira (PRB) e Sérgio Andrade (PP). E ainda há a possibilidade do vice-prefeito Epifânio Bezerra (PMDB) lançar seu nome.
“Se ele tem controle do bloco, por que não conseguiu unir todos em torno do seu nome?”, questiona um observador. Agnelo limita-se a responder que sua candidatura “não é excludente. O eleitor precisa ter mais nomes para escolher”, afirma.
Na Câmara dos Vereadores, local onde Agnelo nunca nutriu simpatia, são poucos os que declaram apoio ao ex-prefeito. Num universo de 12, apenas Lucinha Thiago, Elienai Cartaxo e Valério Santiago se manisfetaram pró Agnelo. Nos bastidores do Poder Executivo, a situação complica mais. Secretários municipais já procuraram o prefeito Maurício Marques pedindo autorização para votar em outro candidato. Comenta-se que a preferência é pelo vereador Taveira.
Insatisfeitos, alguns “aliados” começaram um movimento pedindo a desistência da candidatura de Agnelo. Alegam que, com Carlos Eduardo governador, haveria muito poder concentrado nas mãos dos Alves.

Os 10 filmes que a poeta Sulla Mino levaria para uma ilha deserta



1) Amor além da vida - Vincent Ward
2) Império do Sol - Steven Spilberg
3) Sete Vidas - Gabriele Muccino
4) Cidade dos Anjos - Brad Silberling
5) Avatar - James Cameron
6) Flashdance - Adrian Lyne
7) Homens de Honra - George Tillman Jr.
8) Os Goonies - Richard Donner
9) A Casa do Lago - Alejandro Agresti
10) Caçadores de Emoção - Kathryn Begelow

"Argentinos fazem cinema; Brasil faz TV em tela grande"


Miguel Enrique Stédile

Mais que o péssimo hábito de ignorar a produção de vizinhos latinos – especialmente esta que tem acumulado dezenas de prêmios internacionais e já é a maior bilheteria nacional na Argentina – , o sucesso do filme é um excelente contraste sobre a forma como o cinema é pensado aqui e lá.

O segredo é antes de tudo um filme simples. É verdade que o roteiro é bem construído, baseado num livro de boas vendas no país, e que conta com um elenco primoroso, com destaque para as atuações de Ricardo Darín e Guillermo Francella.

Apenas a seqüência da perseguição num estádio de futebol poderia ser considerada uma ostentação maior. No geral, o direto r recorre a closes simples e a desfoques no primeiro plano para contar sua história. O máximo em efeitos especiais são as maquiagens dos atores para representar os vinte e cinco anos de distância entre os dois pólos da trama. Em suma, nada de homens azuis em 3D, nada de explosões (ainda que seja um filme policial), apenas um bom filme bem executado por sua equipe.

A outra boa explicação para O segredo e para dezenas de bons filmes argentinos dos últimos anos é que, os hermanos escolheram o caminho de não escamotear suas contradições e dilemas atuais. O Filho da Noiva, do mesmo Campanella, Nove Rainhas de Fabian Bielinsky ou O Pântano de Lucrecia Martel são abordagens ou metáforas para as recentes crises política e econômica do país.

Por aqui, os olhares continuam voltados para Hollywood. A entrada do capital norte-americano nas produções nacionais, com a desculpa da distribuição, tem homogeneizado e assemelhado os filmes brasileiros ao modelo hollywoodiano. Se eu fosse você 2, por exemplo, maior bilheteria do ano passado, tem um enredo já visto em nove de cada dez filmes da sessão da tarde, com troca de corpos entre pessoas diferentes.

Este tipo de filme fazia muito sucesso nos anos 80, quando estrelado por promessas adolescentes; no nosso caso, vamos com Tony Ramos e Glória Pires. Assim como A Mulher Invisível, estrelada pelo onipresente Selton Mello, repete uma fórmula conhecida na TV, o das comédias de situação, as sitcom, comum nos seriados norte-americanos.

Mesmo a moda de biografias de gente ainda viva – Dois Filhos de Francisco e Lula, o filho do Brasil – são de praxe na TV, não no cinema dos Estados Unidos. Prova disto é que dos 21 filmes com mais de 2 milhões de espectadores no país nesta década, sete são originados em séries de TV, incluindo os filmes de Xuxa, e dois foram adaptados depois como episódios televisivos.< br />
Outro caminho escolhido pelos produtores brasileiros é o da favela chic. Mais do que debater os problemas urbanos do país, boa parte dos filmes prefere explorar a espetacularização da violência e aproveitar um filão que vende pobreza como exotismo também de olho no mercado internacional. Pena que a moda em Hollywood agora sejam os pobres da Índia como mostrou Quem quer ser um milionário.

Em resumo, o chamado cinema da retomada daqui têm os olhos voltados para a telinha e para a promessa do mercado exterior. O cinema se torna uma extensão da sala de casa ou um simples aquecimento para o mercado de DVDs. O resultado é esteticamente pífio, socialmente irrelevante e comercialmente mais ou menos. Em sentido contrário, os argentinos demonstram que o segredo não é fazer TV em tela grande, mas fazer cinema, olhando para onde pisam os pés.

Os 10 filmes que o jornalista Rodrigo Hammer levaria para uma ilha deserta




Os leitores mais antigos deste blog lembram que durante todo o ano de 2009, postei uma brincadeira chamada "Os 10 filmes que você levaria para uma ilha deserta", onde gente como Nei Leandro de Castro, Isaque Galvão, Clotilde Tavares, Livio Oliveira, Antônio Capistrano, Carlos Fialho e muitos outros listava os filmes que levaria para esta utópica ilha. Pois, a brincadeira volta agora em 2010, dando seu pontapé inicial com o jornalista (e cinéfilo de primeiro escalão) Rodrigo Hammer. Confira:

1. Hair (Milos Forman)
2. Os Olhos da Cidade São Meus (Bigas Luna)
3. A Laranja Mecânica (Stanley Kubrick)
4. Um Sonho de Liberdade (Frank Darabont)
5. The Last Waltz (Martin Scorcese)
6. O Maquinista (Brad Anderson)
7. Em Busca do Ouro (Chaplin)
8. Cubo (Vincenzo Natali)
9. A Estrada Perdida (David Lynch)
10. Lolita (Adrian Lyne)

Comentário de Rodrigo: “Elaborei a lista no improviso, seguindo o critério do ´prazer de reassistir´, ou seja, ´importância histórica´ deixada de lado”

A casa do Flamengo que começa a cair


Mesmo consciente que zombar da desgraça alheia é defeito dos grandes, não resisto á tentação de comentar a derrota do Flamengo na noite de ontem para o Universidad do Chile, em Santiago, por 2 a 1. Eu vinha criticando sistematicamente a forma do Flamengo lidar com seus problemas, aliás, com seus craques-problemas e antevia que quando o time encontasse adversários melhores que Olaria, Resende, Dodô e Caracas, a casa começaria a cair.
Vejamos o jogo de ontem: Wagner Love (o que vai a festas funk abraçado com traficantes armados) não jogou nada e errou gols incríveis); Adriano (o que falta a treinos e jogos porque brigou com a noiva e compra motos para mãe de traficante) não jogou nada; o goleiro Bruno (aquele que acha normal que se bata em mulher) levou um frango e Petkovic (aquele que quando foi substituído foi embora do estádio) entrou e nada fez, senão reclamar. Claro que se o Flamengo for campeão carioca e da Libertadores queimo a língua e os críticos farão a festa sobre este blog. Mas, se o Flamengo perder ambas as competições a casa vai cair para o mengo e sua política permissiva e irresponsável.

Os “pobres” e mimados Adriano e Wagner Love



Cefas Carvalho

Muito já se falou sobre o caso dos jogadores do Flamengo Adriano e Wagner Love. O primeiro, faltou a treinos e a um jogo importante do time após uma briga com a noiva na porta de uma boate. O segundo freqüenta bailes funk ao lado de traficantes armados. Amigos, conhecidos e cronistas do eixo Rio-São Paulo usam de argumentos velhos para defendê-los, ou, ao menos, explicar a situação: eles nasceram e se criaram na favela, não são hipócritas, todo mundo tem seus problemas e arma seus barracos etc.
Argumentos válidos. Porém, pensemos em que profissão é tão fácil ser desculpado e ter a mídia passando a mão em sua cabeça? Imaginemos recepcionistas, enfermeiras(os), motoristas de ônibus que briguem feio com o parceiro e faltem ao trabalho dias seguidos? Haverá compreensão ou suspensão e possível demissão por justa causa? Imaginemos um advogado que falta a um julgamento importante porque a noiva quebrou seu carro dias antes? E quem levaria a sério um ator ou atriz falando sobre o Criança Esperança ou vendendo Havaianas depois de ser visto aos abraços com traficantes procurados pela lei?
Ora, jogador de futebol - principalmente se for craque – pode tudo? As leis civis, as leis de mercado, a cobrança social não vale para ele? Nas demais profissões e trabalhos não existem pessoas que saíram da favela, da pobreza e hoje respeitam a sociedade ou ao menos a máquina que lhes permite ganhar salários (no caso dos jogadores, altíssimos salários).
Não, a desculpa de que vieram de origem humilde não me convence, obrigado. Cafu, Gilberto Silva, Luis Fabiano, Riquelme, Tevez, Drogba, nasceram em bairros humildes, passaram necessidade e hoje respeitam seus times, sua torcida e suas carreiras. Há muito Adriano e Love ganham dinheiro e prestigio, moraram na Europa e conhecem o lado bom da vida. Passar a mão na cabeça de marmanjo? Que as mães deles o façam. Este escrevinhador, não!

"Novo partido" estaria sendo criado pelo governismo no RN?


Este blog recebe e-mail apócrifo sobre como andam as coisas na base do governismo. Embora eu evite reproduzir textos e informações que não sejam devidamente identificadas ou checadas, tomo a liberdade de repassar esse pequeno texto pela pertinência do assunto e por que seu teor vem sendo muito comentado à boca pequena por jornalistas em todo o Rio Grande do Norte. Segue o texto:

“Depois das conversas do vice-governador Iberê Ferreira de Sousa e do deputado federal Henrique Alves com vários prefeitos do interior do RN, está surgindo um novo partido informal. Trata-se do PAI - Partido dos Ameaçados por Iberê. Nas reuniões Iberê é curto e grosso: "Quem não estiver comigo terá as portas fechadas para o município durante a minha administração como governador do Estado". E Henrique, como arauto das verbas federais, colabora dando a entender que de Brasília a secura também existirá”.

Será? Se for mentira, ignoremos o fato, que entra para o rol de futricas pré-campanha. Se verdade for, mostra o sinal de alerta já foi aceso na campanha governista.

Teatro Sandoval wanderley: Na quinta, ia abrir dia 27. Na sexta, não abre mais este ano!


Manhã da quinta-feira 11 (ontem): Leio na edição da Tribuna do Norte reportagem de Maria Betânia Monteiro sobre o Teatro municipal Sandoval Wanderley. “O teatro tem previsão de ser reaberto ao público no dia 27 de março”. Depois, várias declarações do diretor do teatro, iluminador Castelo Casado. Entre elas, “Já passou a hora do Sandoval abrir”. E lista as reformas necessárias no local.
Manhã da sexta-feira 12 (hoje): Leio no Diário de Natal reportagem de Sérgio Vilar sobre... o Teatro Sandoval Wanderley. Subtítulo da reportagem: Previsão da Funcarte para o Teatro Sandoval Wanderley é de mais um ano longe do público “A Fundação Capitania das Artes (Funcarte) - já sinalizou: “Não temos verba para a reforma”, escreve Sérgio.
É difícil em tender o que aconteceu. Se não haviam recursos nem perspectivas, por que deixar Castelo se expor na imprensa? Castelo sabia que o teatro não reabriria? Foi precipitado em adiantar a data da possível reabertura? Ou deixaram Castelo ser jogado aos leões? Por que a instituição se contradizer em público? Muitas perguntas... Sábia foi a atriz Quitéria Kelly, diretora do teatro no ano passado que pediu exoneração em dezembro, em se desvincular deste abacaxi.

O novo amontoado de sandices de Micarla de Souza



Cefas Carvalho

Definitivamente, a prefeita de Natal Micarla de Souza não pode ser levada a sério.
Resolveu esbravejar contra os professores, por causa da greve que fazem. Já é um erro político chamar o sindicato da categoria de “mentiroso” e a greve de “política e eleitoreira”, mas fazê-lo na emissora de sua propriedade em “entrevista” a funcionários seus, mostra o grau de cinismo que chegou a administração municipal.
Mas, o que arrancou risos deste blogueiro foi a afirmação de Micarla de que “os poderosos” não engolem o fato de uma mulher “pobre” chegar à Prefeitura de Natal.
Pobre? Micarla é empresária de comunicação e filha de um ex-senador (seu pai, sim, foi pobre, ela, deixou de sê-lo em tenra infância). Há tempos desfruta de prazeres nada baratos como vestir-se de Valentino e grifes igualmente renomadas.
Poderosos? Ora, ela teve apoio explicito na campanha do senador José Agripino (DEM), da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) e do presidente da Assembléia Robinson Faria (PMN). Se na cabecinha dela eles não são poderosos, quem os são?

OBS: Nas fotos, de Márlio Forte, Micarla ao lado dos amigos humildes e simples que a ajudaram a vencer os “poderosos” do Estado.

Padre de Macaíba diz que "é macho" e condena "amancebados"


O blog reproduz notas do jornalista Rômulo Estânrley para o jornal Potiguar Notícias sobre uma consfuão eclesiástica em Macaíba.

ESTILO RATZENGER

A figura do vigário pa­ro­quial Jonerickson Go­mes da Silva está se tornando polêmica em Ma­caíba, de acordo com al­guns fiéis da Igreja Ca­tólica, devido aos seus sermões eloqüentes, que estão deixando os cristãos com medo de arderem no fogo do inferno. Há quem diga que, numa recente missa, uma mu­lher chegou a desmaiar com medo de uma possível punição celestial a­lém­­-túmulo.

ESTILO RATZINGER 2

Dias atrás, ao celebrar uma missa na quadra de esportes do Conjunto Al­fredo Mesquita Filho, o pa­dre Jonerickson disparou contra os evangélicos, ao falar que “estão se a­brindo igrejas em qualquer botequim” e que a verdadeira igreja era a católica. Curiosamente, há uma igreja evangélica nu­ma das esquinas da Rua Potengi, quase de frente à quadra de esportes.

AMANCEBADOS
EM POLVOROSA


E as polêmicas não pa­ram por aí. O vigário pa­roquial Jonerickson Go­mes da Silva já teria deixado claro em seus sermões que não admite con­cubinato entre os fiéis do seu rebanho. Ou seja, quem for amancebado procure ajeitar logo seus papéis e compre suas ali­anças, que o bicho vai pe­gar, uma vez que muitos casais encontram-se nesta situação. Pelo visto, Jone­rickson não está para brin­cadeira. “Eu sou um padre muito macho”, te­ria afirmado o padre, que vem se revelando tradicional e conservador. Per­to dele, o papa Rat­zinger é um Leonardo Boff, expoente da Teolo­gia da Li­ber­tação.

Vereadora de Parnamirim critica Agnelo


Cefas Carvalho e Roberto Lucena

A vereadora por Parnamirim Kátia Carvalho (DEM) em entrevista hoje, dia 9, no programa “No Alpendre do PN” (FM 87,7.) falou sobre as ações na Câmara Municipal e sobre as eleições. Apesar de não declarar seu voto para deputado estadual, a vereadora mostrou-se declinada a apoiar o presidente da Câmara, vereador Rosano Taveira (PRB). “Ele tem melhores condições de representar o município na Assembléia Legislativa”, colocou.
Questionada sobre quais seria sua chapa para o pleito, Kátia sentenciou: “Minha governadora é Rosalba Ciarlini (DEM), deputado federal Fábio Farias (PMN), meu primeiro voto de senador, lógico, é para José Agripino (DEM). O segundo voto de senador e deputado estadual ainda estão abertos, mas tenho simpatia pela governadora Wilma de Faria (PSB)”.
Sobre a preferência pelo nome de Rosano Taveira na disputa por uma cadeira na Assembléia, Kátia pontua. “Taveira é mais bem qualificado, é morador antigo de Parnamirim e amigo de todos”. A vereadora fez uma comparação com o também pré-candidato a deputado Sérgio Andrade (PP). “Sérgio não é de Parnamirim e tem uma atuação mais voltada para Natal, apesar de ser vereador em Parnamirim”.
Segundo Kátia, os trabalhos no Poder Legislativo de Parnamirim voltaram bastante movimentados em 2010. Recentemente, o mandato da vereadora apresentou quatro requerimentos solicitando debater temas como o saneamento básico, transporte público, legislação municipal e problemas relacionados a construção do condomínio Buena Vista.
Sobre o último tema, Kátia fez críticas à administração Agnelo Alves. “A administração passada não observou a questão do rio Pitimbu com mais atenção. O ex-prefeito deveria ter tido mais cuidado e deveria ter solicitado a suspensão daquela construção. Agora corremos o risco de perder o rio”, declarou.
A vereadora também culpou a administração passada pela demora no início das obras de saneamento básico no município. “Por conta de um projeto mal elaborado, Parnamirim quase perde essa importante obra”.

Mulheres brilham no poder Executivo no Rio Grande do Norte

Cefas Carvalho

O Rio Grande do Norte tem longa tradição de pioneirismo feminino na política. Terra da primeira eleitora da América Latina (Celina Guimarães Viana), da primeira deputada federal (Maria do Céu) do país, o Estado mantém esta tradição até hoje, principalmente no Poder Executivo, onde as mulheres detêm considerável parte do poder.
A afirmação é inequívoca. O estado é governado por uma mulher, Wilma de Faria (PSB), em segundo mandato e as duas cidades mais importantes e populosas, Natal e Mossoró, são administradas por mulheres: Micarla de Sousa (PV) e Fafá Rosado (DEM), respectivamente.
Quanto às prefeitas citadas, uma curiosidade. Na eleição de 2008, ambas venceram justamente duas outras mulheres: Micarla suplantou Fátima Bezerra (PT) em Natal e Fafá derrotou Larissa Rosado (PSB) em Mossoró.
Mais curiosidades sobre a força feminina nas principais cidades: antes de Fafá Rosado, o município fora administrado por Rosalba Ciarlini por dois mandatos e nas duas eleições vitoriosas (2000 e 2004) ela derrotou outras duas mulheres, respectivamente Sandra Rosado e a mesma Fafá. Em Natal, situação parecida: antes da gestão Carlos Eduardo Alves, Wilma de Faria disputou e venceu duas eleições seguidas para a Prefeitura (1996 e 2000) vencendo ambas contra a mesma Fátima Bezerra.
FORÇA FEMININA
A força feminina foi mostrada nas eleições de 2008, quando o número de prefeitas subiu de 18 exercendo o mandato para 28 eleitas. Claro, um percentual pequeno de mulheres prefeitas em relação aos 167 municípios potiguares, mas, o aumento de quase 100% no número de administradoras municipais merece registro.
Dos 10 municípios da Região Metropolitana de Natal, quatro são administrados por mulheres: Natal (da já citada Micarla), Macaíba (Marília Dias), Monte Alegre (Graça Marques) e Norma Ferreira (São José de Mipibu). Dos 12 municípios com maior eleitorado do Rio Grande do Norte, quatro têm prefeitas (Natal, Mossoró, Macaíba e São José de Mipibu).
Mais força feminina no Executivo: a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) lidera as pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado nas eleições de outubro próximo. E a governadora Wilma de Faria pode ser eleita senadora. Veremos a força feminina neste ano de 2010.

Charge: Carlos Eduardo se beneficia com ataques de Micarla


O jornalista Rômulo Estânrley, que é ótimo chargista, fez uma leitura do texto "Carlos Eduardo é beneficiado com ataques de Micarla", de autoria do jornalista Carlos Santos e publicada no blog dele e no jornal Potiguar Notícias. O texto é ótimo, mas, a imagem traduz tudo que ele quer dizer e diz.

O passado que Agripino tenta esconder

Antonio Capistrano

O senador José Agripino concedeu uma entrevista ao jornalista Bruno Barreto, editor político do jornal “O Mossoroense”, jornal matutino da cidade de Mossoró-RN. Ele foi indagado se tinha se arrependido de ter apoiado o Regime Militar, Agripino respondeu: “Eu não apoiei o Regime Militar. Nunca apoiei o Regime Militar. Pelo contrario. Eu fui prefeito no final do Regime Militar. Eu teria razões para me orgulhar de ter sido artífice da transição e da redemocratização. Ao romper com o meu partido, passando a apoiar, no Colégio Eleitoral, o nome de Tancredo Neves para presidente da república, do ponto de vista político e administrativo paguei um preço alto, na época eu era governador e muito do que estava comprometido de verbas para a minha ação no governo, foi cortada. Além do desgaste político de apoiar o mesmo candidato do meu adversário Aluízio Alves”.
Essa é a versão do senador José Agripino Maia. Mas, a verdade é outra, existem alguns equívocos ou inverdades nessa história contata pelo senador, vamos aos fatos.
José Agripino foi escolhido, pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, prefeito de Natal em 1979, portando em pleno Regime Militar e não no final como ele diz na entrevista.
O nome de José Agripino foi encaminhado para ser homologado pela Assembleia Legislativa como prefeito da capital por Lavoisier Maia, seu primo e substituto do governador Tarcisio Maia, pai de Agripino. Vale salientar que Tarcisio e Lavoisier foram nomeados governadores biônicos pelo Regime Militar com a concordância de Aluízio Alves, naquele momento, correligionário político de ambos.
No Rio Grande do Norte todos se lembram da famosa “Paz Pública” (entendimentos entre os Alves e os Mais) que resultou na escolha de: Lavoisier Maia para governador do estado, Jessé Pinto Freire para o senado e José Agripino Maia para prefeito da Capital. Aluízio indicou o vice-governador, o escolhido foi Geraldo Melo, todos da Aliança Renovadora Nacional – ARENA, base política do regime militar.
José Agripino exerceu a função de prefeito biônico de Natal de 1979 a 1982, foi a sua iniciação na vida política do estado, antes era um mero desconhecido. O Regime Militar teve como último ditador o general João Batista Figueiredo que governou até 1984. Portanto, Zé Agripino Maia foi prefeito de Natal em plena ditadura militar.
Só para lembrar. Tarcisio Maia, pai de Zé Agripino, foi nomeado governador, por indicação do general Golbery do Couto e Silva, com o apoio decisivo de Aluízio Alves, a escolha se deu em 1974, em pleno período denominado de Anos de Chumbo do Regime Militar, quando, nos porões da ditadura, bandidos torturaram e assassinaram milhares de brasileiros, alguns dos mortos eram norte-rio-grandenses. Lembro aqui os nomes de Luiz Maranhão, Iran Pereira, David Capistrano, Emanuel Bezerra, José Silton, Virgilio Gomes da Silva, Bérgson Gurjão Farias, Anatália de Souza Melo; Lígia Maria Salgado Nóbrega, Zoe Lucas de Brito e Edson Neves Quaresma, todos torturados até a morte nas masmorras da ditadura.
Outro fato narrado pelo senador que merece um esclarecimento, a sua eleição para o governo do Rio Grande do Norte em 1982 e a derrota de Aluízio Alves.
Aluízio Alves era considerado um candidato imbatível. Agripino, na entrevista ao “Mossoroense”, não disse que essa eleição foi viciada por uma legislação eleitoral casuística e ditatorial, dificultando o voto livre e democrático, fato que favoreceu ao neófito político, José Agripino. O Regime Militar criou o voto vinculado, só era permitido votar, de vereador a senador, em candidato do mesmo partido. Foi criada a figura do senador biônico. Tudo com um objetivo de prejudicar o MDB, principalmente no nordeste onde o partido, no interior, tinha uma pequena estrutura partidária e uma ampla chance de eleger alguns governadores, a maioria dos senadores e deputados federais. Cito o exemplo de Aluízio Alves, no Rio Grande do Norte e o de Marcos Freire, em Pernambuco. Os dois estavam disparados na preferência popular, eram candidatos do MDB, mas foram derrotados pela legislação eleitoral.
Na eleição de 1982, o filho de Tarcisio Maia, José Agripino Maia foi o candidato de Figueiredo ao governo do estado, Carlos Alberto de Souza foi escolhido para concorrer uma vaga no senado e o velho Dinarte Mariz, já no fim da sua liderança política, foi contemplando com o lugar de senador biônico.
Carlos Alberto que era deputado federal foi premiado por ter sido relator da CPI do atentado terrorista ao Riocentro, fato ocorrido no Rio de Janeiro em 30 de abril 1981, ele inocentou os militares envolvidos nesse ato terrorista. Além da vaga de senador no PDS, Partido de Agripino, Carlos Alberto ganhou a concessão de um canal de televisão.
Portanto, José Agripino Maia, líder dos “democratas” no senado, surgiu na política potiguar graças ao Regime Militar de 1964, ele é filho político do regime ditatorial, ele não pode nega a sua origem e trajetória política, pode até renegar, hoje, a ditadura militar, a quem serviu e dela recebeu as benesses do poder, mas não pode simplesmente dizer que não foi beneficiário do Regime Militar, ele e a sua família.
Agora, o senador não explicou o porquê da divisão dos Maias no colégio eleitoral que escolheu o último presidente de forma indireta. Tarcisio Maia, pai de Agripino, ficou com Mário Andreazza; Lavoisier Maia, primo de Agripino, com Paulo Maluf e, José Agripino com Tancredo Neves. Qualquer um que fosse eleito, os Maias ficariam por cima. Tipo de estratégia, historicamente, utilizada pelas oligarquias.
Não se pode nega a história, sei que ela é feita pelos vencedores e que as versões às vezes valem mais do que os fatos, mas, a verdade é essa, José Agripino Maia não pode desvencilhar a sua história política da ditadura militar, ele é fruto político, por obra e graça, do regime militar, como se diz por aqui, ele é um filhote da ditadura. Claro, que ele tem seus méritos, soube consolidar uma liderança que se iniciou biônica e depois se popularizou com a força e os instrumentos do poder.

(*)Professor Antonio Capistrano (63): foi vice-reitor e reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; ex-deputado estadual, vice-prefeito da cidade de Mossoró por dois mandatos (1997/2004) é filiado ao PCdoB, sendo militante comunista desde dos anos 60, do século passado.

Sávio Hackradt: "Carlos Eduardo vai surpreender na eleição"



Profissional do Marketing Político e da Propaganda Eleitoral, professor convidado da Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP), na disciplina “Planejamento Estratégico em Campanhas Eleitorais” e pré-candidato ao Senado pelo PCdoB. O espaço de entrevistas “No Alpendre do PN” recebeu Sávio Hackradtn. Os jornalistas Cefas Carvalho, José Pinto Júnior e Roberto Lucena conversaram sobre política, internet e eleições 2010. Confira:

Cefas Carvalho: Vamos começar falando sobre o apoio que o PCdoB está dando a Carlos Eduardo Alves (PDT). Como o senhor vê a candidatura do ex-prefeito? É uma terceira via possível?
A candidatura de Carlos não se trata de uma terceira via. Quem é primeira ou segunda via no RN? Ela (a candidatura) se trata de uma opção efetiva de um ex-prefeito de Natal muito bem avaliado. Mesmo pelos adversários ele foi considerado um excelente prefeito. Carlos Eduardo é um cara provado e testado na administração pública, como deputado estadual, secretário de governo, com larga experiência, novo ainda, com muito a oferecer. O PCdoB enxerga em Carlos Eduardo a opção de se olhar o futuro do RN. Mais do que tratar de nomes, o RN precisa tratar do seu futuro. Coisa que nunca foi tratada. É só ver, por exemplo, a questão da segurança pública. Em fevereiro, tivemos vários grupos de extermínio matando. O que significa isso? Falta de política pública de segurança. Agora, é um problema desse governo? Não. É um problema histórico. Dou só esse exemplo para dizer que é preciso mais que nomes, olhar o futuro. E Carlos se propõe a fazer isso com o PCdoB.
Pinto Júnior: Para o Senado, são duas vagas e estão colocados três nomes. O que faz o senhor acreditar que irá derrotar os chamados “caciques políticos”?
Em primeiro lugar, eles não são donos dos votos dos norte-rio-grandenses. Segundo lugar, o RN quer renovação, quer o novo. Agora, quero dizer que tenho absoluta clareza que não é necessário somente ser novo ou se propor como renovação. O RN quer mais do que isso: quer o novo, renovação, mas quer pessoas que tenham propostas para a sociedade potiguar. E isso nós temos. Nós temos uma visão sobre as grandes questões do RN, sobre, por exemplo, o planejamento estratégico para o RN para os próximos 20, 30 anos, coisa que nenhum deles nunca tratou. Não vemos problema nenhum em enfrentar os chamados três caciques ou poderosos. Mais do que os nomes, é importante olhar o futuro do RN. Nós temos uma proposta. O RN não pode ficar entregue ao passado. Todos eles (os caciques) representam o passado. O que eles podem oferecer ao RN? Se não fizeram até agora, vão fazer o que mais? Vão se aposentar no Senado? O Senado não é local de aposentadoria. Aliás, o Senado precisa ser renovado totalmente. Não só no RN, no Brasil inteiro. Porque o Senado é uma vergonha. Ou não é? Alguém tem dúvida que o Senado possa nos orgulhar? De maneira nenhuma. Em função disso tudo é que a gente está nessa caminhada junto com Carlos Eduardo.
PJ: O senhor acha que essa colocação de que os postulantes ao Senado não têm mais o que oferecer, chega a população? A população avalia essa condição ou vota por simpatia pessoal?
Avalia e muito. Claro que a simpatia pessoal também vale. Em torno de 15% do eleitorado vota pela imagem do candidato, aí entra a simpatia. 45% votam devido ao que o candidato propõe. E em torno de 30% vota pelo o que o candidato já fez. Os números me dizem que a população está cansada. A última eleição com duas vagas foi em 2002. Os eleitos foram Garibaldi com 714 mil votos e Agripino com 594 mil votos. Zé Agripino representou 24,4% dos votos e Garibaldi, 30%. Agora, sabem quantos norte-rio-grandenses não votaram nos senadores? Quase 1 milhão e 100 mil. Mais de 500 mil votos nulos. Somando brancos, nulos e abstenções dá quase 1 milhão e 100 mil. O que os eleitores estão dizendo? Que não querem esses nomes. Vejo pesquisas que o eleitor diz que é preciso mudar. Nós somos uma candidatura nova com propostas reais, concretas para o RN. Nós seremos uma candidatura da cidadania. O mundo mudou. O Brasil mudou. O RN precisa mudar. Não é possível que o RN não mude. Sergipe, Paraíba, Ceará, Pernambuco mudaram. Por que o RN não muda?
Roberto Lucena: Qual sua experiência com a administração pública e política?
Desde a universidade tive afinidade política. Na época da ditadura, participei de movimentos sociais, fundei a Sociedade de Direitos Humanos no RN. Fui presidente do Sindicato dos Jornalistas, sou fundador da Cooperativa dos Jornalistas. Sou profissional na área do marketing político da propaganda eleitoral. Tenho 30 anos convivendo com isso. Em Brasília, com a Nova República, fui assessor de Aluízio Alves quando ele era ministro. Morei 15 anos em Brasília convivendo com a elite política brasileira do Congresso Nacional e Executivo. Depois que saí do Ministério, fui repórter na TV Record de SP. Cobri a Assembléia Nacional Constituinte, que é o grande momento da história recente política do Brasil. Convivi com as maiores lideranças políticas do Brasil: Ulysses Guimarães, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, Nelson Jobim, José Genuíno, Lula. Convivi diariamente com esse povo na Assembléia Constituinte e muitos deles freqüentavam minha casa para discutir política. Coordenei a campanha de Mário Covas em 1989. Portanto, tenho uma vivência estreita, diária, com a política.
PJ: Com essa vivência, como o senhor acha que Carlos Eduardo pode ganhar da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que se coloca à frente de todas as pesquisas?
Falo como estudioso dessa área. Sou professor da Universidade de São Paulo, na Escola de Comunicações e Artes, na pós-graduação de marketing político de propaganda eleitoral. Trabalho com planejamento estratégico e conheço pesquisas há mais de 30 anos. Pesquisa, nesse momento, no Brasil, sob intenção de voto, o significado é pequeno. O cenário que vai ocorrer em outubro não é esse cenário que as pesquisas estão retratando. A grande maioria dos cidadãos está se lixando para essa discussão política, essa fofoca política que tem no RN e no Brasil. Ele (o cidadão) está preocupado com outras questões do seu dia-a-dia. Ele só vai se ligar com isso depois da Copa. Eu digo que a partir do dia 15 de agosto, em geral, é que o eleitor começa a se tocar. Então, não tenho preocupação. Aliás, quem está na frente é que corre o risco de cair. Vejam vocês que, nas últimas eleições, Garibaldi, em julho, tinha 62% das intenções de voto e perdeu a eleição. Rosalba não chegou nem aos 50% e estão querendo dizer que ela é governadora em férias? Isso não existe.
CC: Carlos Eduardo tem uma grande aceitação na Região Metropolitana de Natal, mas no interior, especialmente no Oeste, deve ter uma votação baixa. Como trabalhar essa questão?
Carlos vai surpreender no Oeste. A Região Metropolitana de Natal tem quase 43% do eleitorado do RN. Se você criar uma região metropolitana em Mossoró, terá 15,39% do eleitorado. Natal e Parnamirim, sozinhos, têm quase 30% do eleitorado. Qualquer prefeito de Natal bem avaliado está no jogo da sucessão estadual. Da redemocratização para cá, só tem um governador que não foi prefeito de Natal: Geraldo Melo, em 1986. Depois, todos - Garibaldi, Zé Agripino, Wilma - foram governadores e bem avaliados em Natal. Carlos tem uma base excelente em Apodi com o chamado grupo “Nova Geração”, que quase ganham as eleições. Tem gente em Severiano Melo apoiando. Em Caraúbas, também. Está chegando apoio do interior. E agora, com a entrada do deputado Álvaro Dias na chapa, entramos numa região que estava esquecida no estado: o Seridó. Roberto Germano, principal liderança popular de Caicó, que estava com Rosalba, já está com Carlos Eduardo. Isso é um baque para Rosalba. E nós vamos entrar em Mossoró.
PJ: Isso é o que dizem as pesquisas? Porque Rosalba teve quase 80% dos votos para senadora.
Nesse caso eram só dois candidatos ao Senado: ela e Fernando Bezerra. Na última eleição para prefeito, os Rosados estavam divididos e teve uma parte do eleitorado que não votou em nenhum lado. Ou seja, há um campo para crescer.
RL: Como marqueteiro, como o senhor vê o uso da internet, especialmente o twitter, nas eleições deste ano? Será fundamental?
O twitter é mais uma ferramenta disponível. Só isso. Eu conheci pessoalmente o Ben Self (estrategista da campanha do presidente norte-americano Barack Obama) , quando ele fez uma palestra para cem pessoas em São Paulo. Fui um dos convidados e conheci toda a estratégia de Obama na internet. A internet terá um papel fundamental, importante, nessas eleições. Os jovens estão ligados na internet. O twitter é uma das coisas. Eu tenho twitter [www.twitter.com/savioh]. Vejo os outros políticos usando de forma errada. Acho que eu uso de forma correta.

Cineclube Natal inicia programação 2010 com clássico de David Lynch


O Cineclube Natal volta às atividades e dá inicio á programação 2010 nesta sexta-feira, dia 5 com um clássico do mestre David Lynch: “O homem elefante”. Um dos meus filmes favoritos, o drama foi feito antes de Lynch se aventurar em “Veludo azul”, “Coração selvagem” e “Twin peaks”. O filme abre o mês temático dedicado pelo Cineclube aos "monstros". Será na habitual sessão do Cine Café, no charmoso Nalva Café Salão, na Ribeira. A sessão começa às 20h e o ingresso custa R$ 2,00 (Isso mesmo, dois reais!).

Balé de Londrina se apresentará em Natal e Mossoró


Desafiar a lei da gravidade dançando artisticamente tem sido o ofício do Balé de Londrina há 17 anos. Em turnê pelo Brasil, a companhia apresenta o espetáculo "Para Acordar os Homens e Adormecer as Crianças", em Natal, nos dias 3 e 4, às 20h30, no Teatro Alberto Maranhão, e em Mossoró, no dia 5 de março, às 21 horas, no Teatro Dix-Huit Rosado. A produção local é de Lula Belmont.

O Balé de Londrina é uma companhia profissional de dança contemporânea formada por 12 bailarinos. Criada em 1993, já montou e apresentou 22 espetáculos de dança, fez 11 bem sucedidas turnês nacionais, 10 viagens internacionais - com grande aceitação em Cuba, Peru, Argentina e África -, totalizando mais de 500 apresentações para um público aproximado de 150 mil pessoas. A qualidade do trabalho, a intensidade da agenda e os elogios da crítica especializada qualificam o Ballet de Londrina como umas das excelentes companhias profissionais fora do eixo Rio - São Paulo.

Serviço:

Espetáculo "Para Acordar os Homens e Adormecer as Crianças".

Cia. Balé de Londrina.

Natal: 3 e 4 de março, às 20h30, no Teatro Alberto Maranhão.

Mossoró: 5 de março, às 21 horas, no Teatro Dix-Huit Rosado.

Ingressos: Antecipado nas Livrarias Siciliano Midway Mall (Natal) e West Shopping (Mossoró): R$ 15,00. Na hora: Inteira - R$ 30,00 / Meia - R$ 15,00.