Contador

Morre o escritor argentino Ernesto Sábato

Este bloguero-escritor lamenta a morte de um dos maiores escritores da história da América Latina, o argentino Ernesto Sábato, falecido hoje aos 99 anos. Ele é autor de "Sobre heróis e tumbas", um dos melhores livros que já li e que ajudou a consolidar minha paixão pelas letras. Dono de uma visão pessimista e mórbida do mundo e pintor de um retrato ácido da sociedade argentina, Sábato era subestimado e merecia havia décadas um Nobel de Literatura que lhe foi negado, assim como ao seu conterrâneo Borges, outro gigante das letras. A literatura e a inteligência humana estão de luto hoje, Segue abaixo, matéria da EFE sobre a morte do gênio.


O escritor argentino Ernesto Sábato morreu neste sábado aos 99 anos em sua casa, nos arredores de Buenos Aires, segundo pessoas próximas ao autor. Um dos maiores nomes da literatura argentina, Sábato estava há vários anos praticamente cego e se mantinha recluso em sua residência na cidade de Santos Lugares. Nos últimos dias uma bronquite complicou seu estado de saúde, afirmou sua companheira, Elvira González Fraga, em entrevista à imprensa local.
O escritor, que nasceu na cidade de Rojas em 24 de junho de 1911, obteve o título de doutor em Física em 1938 pela Universidade Nacional de La Plata, mas deixou a carreira científica nos anos 1940 para se voltar à literatura com a publicação da compilação de ensaios "Alguém e o Universo". O reconhecimento internacional veio em 1961 com "Sobre Heróis e Tumbas", e a consagração definitiva ocorreu em 1974 com "Abadon, o Exterminador", que completam a trilogia iniciada com "O Túnel" (1948), adaptada ao cinema em 2006.
Agraciado com o Prêmio Cervantes em 1984 e proposto como candidato ao Nobel de Literatura de 2007, Ernesto Sábato não só foi reconhecido por seu ofício de escritor, mas além disso presidiu em 1984 a Comissão Nacional sobre Desaparecimento de Pessoas (Conadep). Este grupo redigiu o relatório "Nunca mais", uma obra-chave que relata os horrores da última ditadura militar argentina (1976-1983).
A última obra publicada por Sábato, que também recebeu os prêmios Gabriela Mistral (1983) e Menéndez Pelayo (1997), foi "Espanha nos Diários da Minha Velhice", fruto de suas viagens ao país em 2002, enquanto a Argentina submergia na mais feroz crise econômica de sua história. Segundo contou seu filho Mario Sábato, autor de um documentário sobre a vida de seu pai, o escritor já não saía de casa, estava sob cuidado de enfermeiras e quase não falava, embora ocasionalmente rompesse seu silêncio para ter algum breve diálogo com a família.

Papangu número 69 chega às bancas

Eis que chega às bancas do Rio Grande do Norte a nova edição da revista Papangu, a de número 69. Na chamada de capa, a escuridão que tomou conta do DEM e o aviso: “O último a sair apague a luz”. O clima é sombrio no partido do senador José Agripino — partido, literalmente — com a debandada de filiados importantes para o PSD. Sinistro, muito sinistro.
Ana Paula Cadengue, Jackson Damasceno e Túlio Ratto entrevistaram para esta edição o atual comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte coronel Araújo. Numa conversa ora informal ora séria, coronel Araújo conta um pouco de sua vida e os desafios da Corporação nesses tempos de violência extrema que o Estado enfrenta.
Cefas Carvalho assina o Especial com Simona Talma e Luiz Gadelha: “Matando o amor” em nome do rock ´n´ roll; No ‘Vapt-Vupt’, um bate-papo com a presidente do TJRN Judith de Miranda Monte Nunes; O ex-deputado Luiz Almir cantarola lá pras bandas da Secretaria de Turismo e em nosso famoso espaço intitulado de ‘Marmota do mês’;
Indo ao Ponto de Cultura, Alexandro Gurgel mergulha nos Banquetes Literários das Almas do Beco da Lama; O jornalista William Robson traz “Jazz à vontade” para o nosso Talento Potiguar com a turma mossoroense do Brazuka Jazz; Em Crônica, o médico pediatra José Wellington e o seu “Vendedor de Ilusões”.
Affonso Romano de Sant’Anna, Damião Nobre, Raildon Lucena, Luis Fausto, Yasmine Lemos, Cefas Carvalho, José Nêumanne Pinto, Tania Pinheiro, Gutemberg Dias, Erasmo Carlos Firmino (Tio Colorau), Rabiscos do Brum, o talento do chargista Brito e muito Humor.
Os Papangus estiveram no município de São Miguel/RN e contam como foi o lançamento do Livro “João Rufino, um visionário de fé”. A festa em homenagem ao fundador do Café Santa Clara contou com exposição de fotos antigas da cidade e ainda um mega show de Raimundo Fagner;
É a Papangu 69 – prazer de virar a cabeça.

(Release)

Empresa lança Barbie como "funcionária" do Moulin Rouge

Este blogueiro oscilou entre a surpresa e o riso ao ler em um portal que a empresa de brinquedos Mattel anunciou o lançamento de uma boneca Barbie em homenagem ao mais famoso cabaré do mundo, o Moulin Rouge inaugurado em 1889 no bairro de Pigalle em Paris.A Barbie Moulin Rouge Doll vem vestida com vestido franjado super detalhado e pena vermelha na cabeça, pronta para dançar o cancan!
Segundo a empresa, A Barbie Moulin Rouge Doll custa US$63,99 na pré-venda da Entertainment Earth, que aceita encomendas do Brasil.
Este blogueiro não é puritano (muito pelo contrário) e gosta da mística do Moulin Rouge (que conheci in loco e que gerou dois filmes que adoro), mas convenhamos: se a Barbie é para crianças-meninas (como presumo que seja), uma boneca de espartilho e cinta liga não dá, não é... Qual o próximo passo da empresa? Lançar o Ken cafetão ou cliente?

Para a Rede Globo, Kaká é estrela. Para o Real Madrid, é reserva

A Rede Globo continua cretina e desconectada da realidade. Anunciou maciçamente a transmissão do jogão Real Madrid x Barcelona assim: "O Real Madrid de Cristiano Ronaldo e Kaká contra o Barcelona de Messi e Daniel Alves". Ora, Kaká está no banco há muito tempo, e ontem sequer entrou em campo. E no Barcelona, antes de Daniel Alves, vem craques como Xavi, Iniesta e o capitão Puyol... E para desepero dos ufanistas, mais uma vez o craque argentino Messi é quem brilhou, marcando os dois gols da vitória do time catalão. Lembrando que a Globo já tentou fazer de Robinho astro do Real Madrid, quando ele era reserva que foi negociado com o Manchester City por menos do que custou.

Projeto Semeando Cultura será realizado em município do RN


O município de Ielmo Marinho vai receber, nos próximos dias, o projeto Semeando Cultura, com atividades de capacitação nas áreas de fotografia, comunicação e audiovisual. As inscrições estão sendo realizadas na sede da secretaria municipal de Ação Social.
O projeto, que tem o patrocínio do Banco do Nordeste através do Programa BNB de Cultura, objetiva fortalecer a cultura local, proporcionando um ciclo de interações na comunidade, além de divulgar e democratizar o acesso aos meios de produção cultural. Coordenada pelo Grupo Caminhos Comunicação & Cultura, a iniciativa conta também com o apoio da Prefeitura de Ielmo Marinho.
No município de Ielmo Marinho, que é conhecido pela importância do cultivo do abacaxi, as atividades culturais serão semeadas através de oficinas de fotografia, vídeo, rádio e literatura de cordel. As aulas teóricas e práticas são abertas à participação de jovens, adultos e idosos. Serão oferecidas 25 vagas para cada oficina.
De acordo com a coordenadora do projeto, Érica Lima, nas oficinas além do conhecimento prático, serão repassadas informações no sentido de valorizar a cultura local e regional. “Vamos promover um importante intercâmbio entre a geração mais jovem e a mais idosa, valorizando e reconhecendo a importância de todos para construção de uma comunidade mais forte, e tudo isso proporcionado através da cultura”, afirma.
Além da temporada de oficinas, os produtores vão realizar também um festival de cultura, com exposição do material produzido e com a apresentação de artistas locais. É importante ressaltar que os participantes das oficinas também vão atuar na organização do festival, como forma de aprender ainda um pouco sobre a produção de eventos.

Oficinas

Na oficina de fotografia será realizado um mapeamento da cultura local pelos alunos através de fotos, que ao final serão reunidas em uma exposição. Na oficina de Literatura de Cordel os participantes farão um resgate cultural, que será traduzido em versos, gerando um folheto coletivo e um sarau poético aberto a comunidade. Na oficina de vídeo, os alunos vão aprender na prática como produzir um vídeo com os aspectos culturais da comunidade.

E para encerrar, a oficina de rádio, contará com a produção de spots culturais e um programa radiofônico ao vivo na Rádio Comunitária de Ielmo Marinho, em que os alunos vão adquirir experiência na produção de programas ao vivo.

Calendário

Oficina de Vídeo – 07 e 08 de maio
Oficina de Rádio – 04 e 05 de junho
Festival de cultura – dia 25 de junho

Assembléia legislativa vai realizar audiência sobre violência e juventude

Com o tema “Violência e Juventude: Análise e Perspectivas”, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizará Audiência Pública nesta terça-feira (26), às 9h30, no auditório Robinson Faria. O objetivo do debate é buscar soluções de combate à violência contra os jovens, prática cada vez mais comum no cotidiano da sociedade.
 
Para o deputado estadual Hermano Morais (PMDB), propositor da audiência, discutir sobre as diversas formas de violência relacionada a crianças e adolescentes é de suma importância. “Infelizmente, os exemplos de violência envolvendo os jovens tem sido constantes. Temos assistido a casos absurdos, quando crianças e adolescente são vítimas de uma violência extrema. Precisamos avaliar esses problemas e apontar as soluções para proteger os nossos jovens”, defendeu.
 
O debate contará com a presença de representantes do Centro de Empoderamento e Proteção à Infância Brasileira – CEPIB, dos Conselhos Municipal e Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério Público, entre várias outras instituições governamentais e não governamentais ligadas à temática da juventude.

Entrevista com Eduardo Gosson, presidente da UBE-RN: "No Brasil, um livro deveria custar o mesmo que um pão”

Poeta, Eduardo Gosson é servidor do Tribunal de Justiça do RN e presidente da seção RN da UBE - União Brasileira de Escritores. Militante cultural, organizador de saraus e eventos literários, Eduardo esteve no Alpendre do PN, na redação do jornal Potiguar Notícias, onde conversou com os jornalistas José Pinto Jr., Cefas Carvalho e Andressa Vieira sobre literatura, mercado literário, UBE e Internet. Confira:

Qual a sua avaliação da Semana do Escritor que, na sua gestão, foi feita três vezes?
Na UBE a gente parte daquela premissa de Ariano Suassuna, que eu trabalho com vários cenários da cultura. Com algum dinheiro, nenhum dinheiro, mas com muito dinheiro nunca tive a felicidade de trabalhar. A UBE vive exclusivamente da anuidade que os seus associados pagam, mas isso nos garante independência para a gente dizer o que pensa.
A UBE é uma entidade história, pois se você olhar os dezenove intelectuais que a fundaram, você encontra Donivaldo Monte, você encontra Zila Mamede, Luís Carlos Guimarães e depois ela teve um período sem funcionar e depois outro grupo, Lívio Oliveira, eu, Manoel Onofre, a gente começou a reorganizar, sabendo que organizar artistas intelectuais não é uma tarefa fácil por causa da diversidade. É bom que o intelectual seja rebelde, se não ele não estaria cumprindo o papel de intelectual.
Existem vários tipos de intelectuais, aquele filósofo italiano Antonio Gramsci tem um estudo muito interessante: “Os intelectuais e a organização da cultura”, onde ele vai definindo os tipos de intelectuais, intelectual orgânico, intelectual revolucionário, e a UBE teve os primeiros passos na presidência do companheiro Lívio Oliveira, depois por motivos particulares ele não pôde continuar. E nós assumimos. A UBE tem uma característica bem diferente em relação às outras entidades porque ela se coloca como uma entidade de defesa do escritor e também é democrática. Ela tem um estatuto, ela tem uma presidência que dura dois anos, com direito a reeleição. Então, eu pretendo, se a saúde me permitir, concorrer a reeleição.

Deverá ser consenso?
Quase, talvez, ninguém sabe. Depende muito do universo de intelectuais que é uma coisa muito difícil de administrar. E toda entidade precisa nas fases iniciais de pulso forte. Se você for olhar, por exemplo, o Tribunal de Justiça, Teotônio Freire foi durante quase treze anos presidente do Tribunal.
Foi o que demorou mais tempo na presidência. Mas porque naquele tempo o Tribunal estava surgindo e não tinha uma regulamentação; depois veio com Sebastião Fernandes. Ele fez a resolução que foi aprovada em Plenária, em que cada um passaria um ano. Depois da década de 70, mudou para dois anos.
Então, os primeiros sempre demoram mais. Mas a gente não pretende se eternizar nas entidades. A gente quer passar a outros, porque a entendemos que a diretoria da UBE é de alta voltagem. Bem eclética, tem pessoas de várias tendências e com muita capacidade para conduzir os destinos da entidade.

Como anda o projeto da Nave da Palavra?
A Nave da Palavra é uma idéia que foi transformada em resolução no site da entidade de se criar a editora. A gente agora está começando a parte burocrática, porque a gente quer fazer tudo direitinho, livro com ISBN, com as normas que têm que ter e isso é uma burocracia terrível.
Na biblioteca nacional a gente, por exemplo, tem que registrar em cartório a eleição da diretoria. E a gente acredita que, no máximo, em dois meses, a UBE vai começar a editar. Tem um conselho editorial, todo o material é mandado para o conselho, porque lá a gente trabalha em colegiado. Tem um grupo que toma conta do site, tem outro grupo tomando conta do jornal O Galo.

Está previsto para quando, o ressurgimento de O Galo?
O projeto foi aprovado na lei Djalma Maranhão e a gente tá no trabalho mais difícil, que é captação de recursos. Nós estamos evitando os empresários. O Galo vai ficar uma edição muito bonita, bimestral, com 32 páginas. O editor é Nelson Patriota e fazem parte do conselho d’O Galo Francisco Alves, Ana Maria Cascudo e Dr. Carlos Gomes. Da editora fazemos parte eu, Jônia de Souza, Aluísio Matias e Jurandi Navarro. São bem ecléticas as atividades.

Fala-se muito que editar livro no Rio Grande do Norte é deficitário porque não há um mercado consumidor. Só se vende no lançamento, depois o livro encalha. Como se pode fazer o potiguar ler mais, principalmente as próximas gerações, autores norte rio-grandenses?
Esse quadro está começando a mudar. No ano passado nós fizemos um debate e a dona da livraria mostrou estatisticamente uma evolução muito grande de leitura e de autores do Rio Grande do Norte, uma coisa que impressiona. A grande dificuldade da leitura hoje é, primeiro, o custo. Antigamente tinha o Instituto Nacional do Livro, que barateava os custos dos livros. Agora, há um movimento para recriar os Institutos Estaduais. Então, você vê que essa imagem do leitor está começando a mudar. Agora o grande problema no Rio Grande do Norte e no Brasil é o problema da distribuição, porque no livro, se você não tiver uma boa distribuição, fica difícil.
E não é função do autor ser camelô. Algumas pessoas conseguem porque trazem em si a habilidade para o comércio. Eu entendo que a maioria dos escritores não têm esse tino comercial e nem é função. A função do escritor é escrever. A parte de venda, essas coisas, cuida quem entende de marketing, de tudo.

É impressão ou no Rio Grande do Norte, na atualidade, existe uma boa safra de bons escritores?
O estado do Rio Grande do Norte tem essa particularidade. Na área da poesia, tem muitos poetas. Quando você vai olhar, tem muita coisa boa. É claro que, com o advento do computador, “todo mundo é escritor”. Você faz uma dissertação de mestrado e transforma em um livro. Mas é assim mesmo, começa pela quantidade e o tempo e o mercado vão selecionando. A edição de livros na Nave da Palavra, a gente vai trabalhar com três critérios: o primeiro é a coedição, a UBE e o autor dividindo meio a meio.
A segunda possibilidade é a UBE publicar o livro sozinha, mas aí vai depender se ele for um livro relevante, do parecer do conselho editorial. E, por último, e essa é uma idéia minha, a gente pegar doze livros essenciais para se conhecer o Rio Grande do Norte e fazer um projeto e jogar nas leis. Aí você reduz os custos. Eu advogo sempre: o preço do livro deveria ser o preço de um litro de leite, o preço do pão. O povo às vezes pergunta: por que o povo russo é um povo culto? Porque na antiga URSS, na Rússia, particularmente, as tiragens eram 3 milhões. Dostoiévski tirava 3 milhões de exemplares.
O livro ele tinha capa boa e dentro era papel jornal. Aquilo era vendido como se fosse 3 reais, 4 reais. E a outra coisa é que todo programa que você fizer na área de cultura, tem que fazer interligado com a educação, o que é difícil. Aqui, agora que se estão dando os primeiros passos. Tem uma ONG de Cláudia Santa Rosa que faz um trabalho muito bonito na área da leitura nas escolas. Então, a gente tem que unir isso com a educação.
E é quase incompreensível para quem gosta de ler essa separação entre a sala de aula e os escritores. As salas de aula deveriam ter os nomes dos escritores.
A gente está articulando uma audiência com a governadora e com a secretária de Cultura, Isaura Rosado, e a UBE tem algumas sugestões para fazer ao poder público nessa área da literatura, por exemplo, nessa reunião que a gente está articulando a gente quer envolver a Universidade Estadual, o Conselho Estadual de Cultura, esses órgãos que lidam com livros. E a gente quer fazer uma parceria com a UERN para elas formarem professores de Letras com especialização com o título Do Ofício de Escrever e aí você vai descobrindo novos escritores no universo escolar. E os melhores trabalhos serão publicados pela editora Nave da Palavra com o título Novos Escritores.

Muitas pessoas não lêem mais livros, pois preferem pôr os livros dentro de um equipamento eletrônico onde cabem cem livros. O senhor acha que a solução para que o livro continue vivo seria o barateamento?


Com certeza. E a gente não pode deixar a tecnologia de um lado e o livro do outro. A gente tem que unir. Recentemente, recebi um e-mail dizendo que existe uma biblioteca virtual em determinado site, uma biblioteca da humanidade. Uma biblioteca de Alexandria. Então, é uma beleza você tem, por exemplo, toda a obra de Machado de Assis dentro desses novos esquemas. Mas o prazer da leitura é em uma rede. Por exemplo, eu li Os Lusíadas lá em um rede em Pipa, há quinze anos atrás, olhando para o mar. Quando Pipa não tinha turismo, quando Pipa não tinha invasão de traficantes de drogas; quando Pipa era uma coisa pura. Eu li A Divina Comédia no quintal da minha casa, debaixo de um pé de coqueiro. E foi um prazer imenso!

Festival Dosol de música tem datas anunciadas

A edição de 2011 do Festival Dosol, festival de música que acontece em Natal/RN, está confirmada para acontecer de 04 a 06 e de 09 a 13 de novembro. A programação vai envolver cinco espaços do bairro histórico da Ribeira, patrimônio histórico nacional.

Nos planos de expansão das ações que integram o Festival Dosol, estão pockets, palestras e shows que também devem acontecer em outras cidades do interior do RN. “Ano passado fizemos uma atividade em Pium com muito sucesso. Para esse ano estamos pensando e vendo possibilidades de visitar cidades importantes como Caicó e Mossoró. Vamos trabalhar para que isso aconteça”, diz Anderson Foca, produtor executivo da mostra.

O FESTIVAL E OS EDITAIS NACIONAIS

Há quatro anos o Festival Dosol vem participando e ganhando alguns editais nacionais, o que mostra o vertiginoso aumento de interesse na ação por parte dos grandes programas de cultura existentes no país. Para 2011 o festival já conta com patrocínio da Oi, através do edital lançado pelo Oi Futuro, perna da empresa que apoia iniciativas de cultura, esporte e desenvolvimento por todo o Brasil, usando da Lei Estadual Câmara Cascudo de Incentivo a Cultura. O Dosol também foi um dos contemplados no Petrobras Cultural, em montante de verba investida, o maior programa de cultura do país. “Temos muita noção da responsabilidade que é representar o estado em dois editais nacionais desse porte. Isso valoriza muito o Festival Dosol dentro da região e coloca ação e o RN na linha de frente da música independente nacional”, comenta Ana Morena, produtora executiva e financeira do Festival Dosol.

Devem circular na plataforma do Festival Dosol em 2011 cerca de 80 artistas potiguares, nacionais e internacionais dos mais diversos estilos musicais. Alguns artistas potiguares já foram confirmados nessa edição. São eles: Talma&Gadelha, banda capitaneada por Luiz Gadelha e Simona Talma que lançou disco recentemente e faz parte do Projeto Incubadora do Dosol. O Monster Coyote, banda mossoroense que também faz parte do Projeto Incubadora e lançou álbum e tour pelo Nordeste no mês passado. A novidade fica por conta do show especial do General Junkie, que se reuni de maneira especial para se apresentar nessa edição do evento.

O combo de cultura Dosol, completa em 2010 dez anos de atividade. O Festival Dosol é uma parte das ações que são desenvolvidas pela associação durante todo o ano. O combo ainda tem estúdio de áudio, produtora de vídeos de música, produtora de eventos, o Centro Cultural Dosol, um programa de TV intitulado DosolTv e um programa de rádio que vai ao ar todos os dias às 20h na Fm Universitária.

Texto: Release Assessoria Dosol

Opções culturais e de lazer em Natal para esta sexta e o sábado

Sexta-feira (15)

Tributo a Bob Marley
Local: Castelo Pub (Rota do Sol – em frente ao estádio do ABC)
Início: 23h
Entrada: R$10 (homem) e R$5 (mulher)
Informações: 8854 4029 / 8806 5983

Banda Dona Preta (pop, samba-rock, axé)
Local: Pitts Baar (Av. Prudente de Morais, 4002, Lagoa Nova)
Início: 21h
Informações: 4008 7000

Daniel Freire lança o cd “Som na Sala”
Local: Casa da Ribeira (Rua Frei Miguelinho, 52, Ribeira)
Sessões: 19h e 20h30
Informações: 3211 7710

Tô na Mídia: banda Legal D+ (antigo Black Samba) e Pedro Luccas
Local: Espaço Tibério (Av. Eng. Roberto Freire, 9102 - Ponta Negra)
Início: 20h
Entrada: R$ 10
Informações: 9471 7941

OBS.: Quem também participa da noite é o artista Arruda Salles, com a personagem Danuza D’Salles. Concurso de Rei e Rainha da imprensa.

Exposição “Espaços Interiores”, do fotógrafo Zé Frota
Local: Espaço Arte Cangapé (Rua João Ferreira de Melo, em Capim Macio)
Horário: 16h às 22h
Informações: 2010 7060

Lançamento de quadrinhos potiguares
Local: Potylivros do Shopping Orla Sul
Início: 10h

Grupo Tempero do Forró
Local: Vilarte (Av. Engenheiro Roberto Freire, 2107, Ponta Negra)
Hora: 19h
Informações: 2010 0336

Banda Boca de Sino (clássicos do pop-rock internacional)
Local: Botequim Tá na Hora (Rua Francisco Gurgel, 47, Ponta Negra)
Hora: 21h30
Informações: 2010 0034

Projeto Abril Jazz Jobim: Manoca Barreto, Junior Primata e Cleber Campos
Local: Jobim Gastronomia e Música (Rua Seridó, 736, Praça das Flores, Petrópolis)
Hora: 21h30
Informações: 3202 4200

Pedrinho Mendes
Local: Central Ribeira Botequim (Rua Chile, Ribeira)
Hora: 20h
Informações: 3201 3121

Os Melhores do Mundo: “Hermanoteu na Terra de Godah”
Local: Teatro Riachuelo
Início: 21h30
Venda de ingressos: Loja Elementais (3º piso do Midway Mall)
Informações: 3213 2934 / 9451 9545

Bandas Upfront (pop-rock internacional) e Metamorfose
Local: Taverna Pub (Rua Dr. Manoel A. B. de Araújo, 500, Ponta Negra)
Início: 22h
Informações: 3236 3696

Salve Simpatia e Soul Batuque (samba-rock, axé, forró)
Local: Casanova Ecobar (Av. Senador Salgado Filho, 3526, Candelária)
Início: 22h
Informações: 3231 4331

Banda Mad Dogs
Local: Hell’s Pub (Rua Raimundo Chaves, 1849, Candelária - atrás do Papódromo)
Início: 22h
Informações: 8885 5649


Sábado (16)


Banda Uskaravelho (pop-rock brazuca)
Local: Pitts Baar (Av. Prudente de Morais, 4002, Lagoa Nova)
Início: 21h
Informações: 4008 7000

Samba com Coisa e Pele e Mesa Doze
Local: Rusto Bar (Esquina da Rua Mossoró com a Rodrigues Alves – Petrópolis)
Entrada: gratuita até as 21h
Informações: 2010 4545

Holger (SP) e BarbieKill (RN) e o Dj Michs (RN)
Local: Centro Cultural DoSol (Rua Chile, Ribeira)
Início: 23h
Entrada: R$ 12 (na hora) ou R$ 8 (nome na lista)
Informações: 8857 7455

Simona Talma & Luiz Gadelha e banda Mobydick
Local: Castelo Pub (Rota do Sol - em frente ao estádio do ABC)
Início: 22h
Entrada: R$5 (até 23h) e R$10 (após 23h)
Informações: 9117 1757

Feijoada e shows dos Grupos Nem Choro, Nem Vela e Arquivo Vivo
Local: Central Ribeira Botequim (Rua Chile, Ribeira)
Horário: 12h
Informações: 3201 3121

Exposição “Espaços Interiores”, do fotógrafo Zé Frota
Local: Espaço Arte Cangapé (Rua João Ferreira de Melo, em Capim Macio)
Horário: 16h às 22h
Informações: 2010 7060

Show de Dorgival Dantas e Geraldão de Caicó
Local: Forró da Lua (entrada da Lagoa do Bonfim, em São José de Mipibu)
Início: 22h
Ingressos: à venda na Panificadora Boca do Forno (3211 4064), Posto Planalto (3086 2734) e Chinatown (Natal Shopping)
Informações: www.forrodalua.com.br

Karol Posadzki (pop acústico)
Local: Casanova Ecobar (Av. Senador Salgado Filho, 3526, Candelária)
Início: 22h
Informações: 3231 4331

Projeto Abril Jazz Jobim: Eduardo Tauffic, Ayrton Guimarães e Darlan Marley
Local: Jobim Gastronomia e Música (Rua Seridó, 736, Praça das Flores, Petrópolis)
Hora: 21h30
Informações: 3202 4200

Os Melhores do Mundo: “Hermanoteu na Terra de Godah”
Local: Teatro Riachuelo
Início: 21h30
Venda de ingressos: Loja Elementais (3º piso do Midway Mall)
Informações: 3213 2934 / 9451 9545

Oficina de Shiatsu com acupunturista e shiatsuterapeuta Sérgio Pellissari
Local: Academia Central de Aikido Natal (Rua João Ferreira de Melo, 2978, Capim Macio)
Hora: 8h30 às 11h30
Informações: 3217 9182

Banda Revolver
Local: Hell’s Pub (Rua Raimundo Chaves, 1849, Candelária - atrás do Papódromo)
Início: 22h
Informações: 8885 5649

Parque das Dunas
Local: Av. Alexandrino de Alencar, s/nº, Tirol
Visitação: terça a domingo, das 8h às 18h
Cooper: segunda a domingo e feriados, das 4h30 às 9h e das 15h às 18h
Trilhas: terça a domingo e feriados, às 8h, 8h30, 9h, 14h e 14h30
Preços: Entrada no Bosque, R$ 1. Bosque e Trilha, R$ 2. Carteira de coopista (validade 1 ano), R$ 20. Renovação da carteira (taxa de conservação), R$ 10.

OBS.: Crianças até 5 anos, alunos de escolas públicas, escoteiros (acompanhados pelo responsável) e guias de turismo (acompanhando grupos de turistas) não pagam.



Fonte: Site do Solto na Cidade e jornais Diário de Natal e Tribuna do Norte.

Secretaria Extraordinária de Cultura vai recuperar o Casarão dos Guarapes

A Secretaria Extraordinária de Cultura e a Fundação José Augusto montaram um grupo de trabalho formado por arquitetos e engenheiros para recuperar o Casarão dos Guarapes, patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Norte.
O local era residência do comerciante Fabrício Pedroza e é considerado um dos principais marcos da economia da província do Rio Grande. O casarão deu origem ainda ao bairro dos Guarapes na zona norte de Natal.
A recuperação do Casarão dos Guarapes prevê a criação de um centro cultural, além da preservação dos quase 100 mil hectares de terra que eram do proprietário Fabrício Pedroza. Os investimentos para a obra estão previstos em R$ 800 mil.


Informações da Assessoria de Comunicação. Foto: Fábio Farias

Exposição no Bardallos reunirá obras de artistas potiguares sobre a ùltima Ceia

Exposição `A Grande Ceia´ reune 12 artistas potiguares que recriam ao seu modo e estilo a famosa pintura de Leonardo da Vinci `` A Última Ceia ´´ na Galeria do Bardallos no Centro Histórico de Natal.

A Vernissage que acontece nesta quarta, 13 contará com a presença do renomado pintor-ícone da arte primitiva Waldomiro de Deus e de sua esposa, também artista plástica Lourdes de Deus.

A proximidade com a semana santa inspirou a exposição que acontece a partir desta quarta, na galeria do Bardallos, ``A Grande Ceia´´ reunirá 12 telas de artistas de diferentes estilos e técnicas, todas inspiradas na famosa pintura ``A Santa Ceia ´´ ou ``A Última Ceia´´de Leonardo Da Vinci.

Com curadoria de Jotó e apresentação de Ricardo Veriano a exposição contará com trabalhos dos artistas: Assis Marinho, Arruda Sales, Bruno Resende, Carlos Sérgio Borges, Fábio Eduardo, Fernando Galvão, Franklin Serrão, Isaias Ribeiro, Lavozier, Roberto Medeiros, Rosa Maciel e Tiago Vicente.

O convidado Waldomiro de Deus apresentará também a sua revisitação de `` A Última Ceia´ apenas com personagens negros.

A exposição é também uma homenagem aos 559 anos do nascimento de Leonardo Da Vinci.

Moradores do Pium denunciam obra irregular e profanação de cemitério

Cefas Carvalho

Um grupo de moradores da Colônia dos Japoneses em Pium (na parte que fica no município de Nísia Floresta) vem denunciando irregularidades nas obras de construção de um ETE – Estação de Tratamento de Esgoto pela Caern na área da colônia.
Moradores da colônia e dirigentes do Conselho Comunitário de São Paulo Apóstolo, Gelza Alves Matsunae, Kenji Matsunae e Isaías Alves estiveram na redação do PN com fotos e documentos (que já foram enviados ao Ministério Público) para explicar a denúncia. Em 2005, estava para ser construída na colônia uma ETE sob responsabilidade da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) sem os estudos necessários e sem o conhecimento da população diretamente atingida, segundo os denunciantes.
A COLÔNIA
A colônia foi criada em 1957 em cumprimento a acordo internacional com a ONU, tem 600 famílias, entre descendentes de japoneses e brasileiros, que priorizam atividades de agricultura de subsistência e criações de animais e ajuda a abastacimento.
Em 2006, quando o Conselho Comunitário tomou conhecimento que as obras estavam começando no local, “fomos à Promotoria de Nísia Floresta e registramos uma denúncia no sentido de barrar o início das obras”, explica Gelza. A partir daí, a Promotoria do município juntamente com a promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata, realizaram uma série de audiências com a Caern para que o órgão apresentasse a viabilidade da obra e os estudos de impacto ambiental e social.
Segundo os denunciantes, na teoria a ETE ajudaria no esgotamento sanitário das praias de Pium, Cotovelo e Pirangi do Norte. “Mas estas praias ficam distantes mais de três quiômetros de onde querem construir a estação”, reclama Geiza.
A Caern não apresentou os documentos exigidos pelas promotorias, levando a Justiça de Nísia Floresta a interditar a obra até 2009. Naquele ano, houve uma audiência judicial que resultou em um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta. Apesar deste termo, as obras foram reiniciadas e os problemas continuaram, “e até pioraram”, afirma Gelza. “Na retomada da obra, entre 2009 e 2010 a Caern percebeu que no lugar onde deveria ser a obra da ETE havia um cemitério. E o órgão promoveu a retirada de corpos deste cemitério sem autorização dos familiares”, indigna-se Gelza.
TRATORES
O episódio da invasão da área do cemitério guarda outros abusos.
“Um vereador do município na época, Pedro Mesquita, disse que se houvesse resistência por parte dos moradores da colônia, arrancariam os mortos utilizando tratores”.
Gelza e Keenji registram que Pedro Mesquita se pronunciou desta forma e com outras ofensas à colônia em audiência pública na Câmara Municipal no início de 2010. “Está tudo gravado”, registra Gelza.
Ela registra que em todo o processo, outras coisas estranhas aconteceram. “Em dezembro de 2009 aconteceu uma audiência de instrução e julgamento da ação que movemos e não participamos simplesmente porque não fomos avisados. Na ocasião, foram estabelecidas as condicionantes para que a Caern pudesse reinicir a construção da ETE”.
CARTA AO GOVERNO
Em 16 de agosto de 2010, o Conselho Comunitário enviou uma carta para o então governador Iberê Ferreira de Sousa para que ele se sensibilizasse e tomasse providências. O que não ocorreu. A expectativa agora é em relação ao governo Rosalba Ciarlini. “Vamos recorrer à nova governadora. Não somos contra o projeto de saneamento. Não concordamos é com a maneira como estão querendo implantá-lo”, finaliza.

Foto: Andressa Caicó

Uma charge de Rômulo Estanrley

Requerimento da “CEI do Saneamento” gera confronto entre vereadoras

A rejeição do requerimento que criava a Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar possíveis irregularidades na aplicação de recursos da ordem de R$ 4 milhões por parte da administração Agnelo Alves na obra do saneamento de Parnamirim continua dando o que falar. Após a rejeição do requerimento por 7 x 3 na sessão de segunda-feira (4) da Câmara Municipal, no dia seguinte as vereadores Walkíria Fonseca (PRB) - foto - , Lucinha Thiago (PRB) e Kátia Carvalho (DEM) travaram uma verdadeira batalha de acusações entre si. As três vereadoras têm atuação na mesma área - Nova Parnamirim.
Inicialmente, Walkíria Fon­­­seca reclamou da tribuna de entrevista a uma emissora de rádio concedida pela colega Kátia Carvalho em que teria feito acusações a alguns vereadores por não terem votado contra o requerimento. “Ela (Kátia) não teve um comportamento ético ao criticar a votação dos vereadores. Não havia necessidade disso e eu repudio as suas declarações”, afir­mou Walkíria.
Na mesma linha, Lucinha Thiago disse que o que deu a impressão foi que o requerimento seria um tipo de vingança e rebateu a posição de Kátia, afirmando: “A minha posição foi de coerência, diferentemente daqueles que se posicionam aqui de um jeito e depois vão ao gabinete do prefeito tentar remendar o que disse. Eu não faço esse tipo de jogo desleal”.
Logo a seguir, Kátia Carvalho se defendeu afirmando que não retirava uma só palavra do que havia dito na entrevista.
“Eu acho que elas fazem parte do bloco liderado pelo ex-prefeito Agnelo Alves e agiram contra Parnamirim. A Câmara deveria, sim, investigar as irregularidades no saneamento. Depois, o povo deverá nos julgar e aí saberemos com quem está a razão. Foram gastos recursos públicos da ordem de R$ 4 milhões e o Poder Legislativo é quem tem a obrigação de fiscalizar a aplicação desse dinheiro”, lembrou Kátia.

DERROTA
Com dois votos contrários de vereadores que assinaram o requerimento – Manuel Diniz (PDT) e Siderley Bezerra (PV), a proposta de criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi rejeitada por 7 x 3.
A proposta havia sido assinada por 6 vereadores - Manuel Diniz, Sérgio Andrade, Siderley Bezerra, Paulo Barbosa, Gildásio Figueiredo. Durante a votação, dois vereadores que assinaram o requerimento votaram contra e um deles – Pau­lo Barbosa – não compareceu a sessão por motivo de doença. Com isso, o requerimento ficou prejudicado e obteve apenas os votos de Kátia Carvalho, Sérgio Andrade e Gildasio Figueiredo.
O líder da maioria Valério Felipe Santiago (PDT) defendeu ser desnecessária a criação da CEI, uma vez que o assunto já está sendo investigado pelo Ministério Público.
Votaram contra o requerimento os vereadores Manuel Diniz, Lucinha Thiago, Elienai Cartaxo, Walkíria Fonseca, Valério Santiago, Siderley Bezerra e Clênio Santos.

Foto: Roberto Lucena

Engenharia política pode construir chapa “Larissa-DEM” em Mossoró

Cefas Carvalho
e José Pinto Junior


Admitir publicamente, nenhum dos envolvidos admite, compreensivelmente. Mas, uma intrincada engenharia política de âmbito estadual pode estar em curso para construir uma chapa “de consenso” à Prefeitura de Mossoró e garantir uma situação para todos. Ou quase todos.
Atualmente, sabe-se que o PSB (oposição municipal e estadual) deverá lançar o nome da deputada estadual Larissa Rosado à Prefeitura. Já o DEM, da governadora Rosalba Ciarlini e da prefeita Fafá Rosado tem diversos nomes que postulam a indicação: vereadores Chico da Prefeitura e Cláudia Regina, a vice-prefeita Ruth Ciarlini (que por ser irmã da governadora só pode concorrer a reeleição como vice ou a prefeita se Fafá denunciar).
Ruth seria a escolha preferida de Rosalba e do marido dela, ex-deputado Carlos Augusto. Já a prefeita Fafá quer a indicação do seu secretário Chico Carlos, que, contudo, é do PV, não do DEM. Chico da Prefeitura e Cláudia enfrentariam restrições de Fafá e parte do grupo rosalbista.
Portanto, uma solução que beneficiaria a (quase) todos seria um “chapão” com a aliança entre PSB e DEM. Neste caso, Larissa seria, obviamente, a cabeça de chapa, com um democrata na vice, com grande possibilidade de ser Ruth e alguma chance de vir a ser Chico da Prefeitura. Dentro da engenharia, Fafá teria espaços na administração municipal e a garantia do apoio à reeleição do marido Leonardo Nogueira (DEM) como deputado. Seria mais fácil dividir espaços na Prefeitura Municipal porque o grupo de Larissa (e sua mãe, deputada federal Sandra Rosado) teria espaço no Governo Estadual. Este arranjo de coisas abriria espaço para Chico da Prefeitura, Cláudia Regina e Chico Carlos e teria imensa facilidade em conseguir maioria na Câmara Municipal. Ou seja, tudo bom para todos. Ou quase todos.

Lei Câmara Cascudo recebe inscrições de projetos até setembro

A principal lei de incentivo fiscal à cultura do Rio Grande do Norte, a Lei Câmara Cascudo, está com inscrições abertas desde o dia primeiro de abril. Os interessados devem comparecer à Fundação José Augusto até o dia 15 de setembro. Os projetos serão analisados por uma comissão e os considerados aptos poderão captar o financiamnto
O valor da renúncia fiscal desse ano foi ampliado de R$ 4 milhões para R$ 6 milhões. Cada empresa pode reununciar até 2% do ICMS. O aumento, iniciativa da governadora Rosalba Ciarlini e da da secretaria extraordinária de cultura, Isaura Rosado, visa diminuir a defasagem pela qual a lei passava. O valor estava há oito anos congelado.
O aincremento em 50% da renúncia fiscal do Estado foi anunciado pela governadora no aniversário de 107 anos do Teatro Alberto Maranhão, no dia 27 de março. No discurso oficial, Rosalba reafirmou o objetivo do Estado em apoiar cultura. "A cultura é um caminho para o desenvolvimento e para a transformação, sei que a cultura pode trazer grandes oportunidades para o estado”, disse.
Os interessados podem acessar o site da Fundação José Augusto (www.fja.rn.gov.br) clicar na aba incentivos e baixar o formulário de inscrição ou ligar para o telefone 3232 5315/3232 5316.


Imformações e foto: Assessoria de Comunicação da FJA (Fábio Farias)

Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz: Choro na Casa da Ribeira hoje à noite

K-Ximbinho, João Juvanklin, Diogo Guanabara & Macaxeira Jazz. Em momentos diferentes da história musical do Rio Grande do Norte, músicos que tem em comum a mesma paixão pelo choro.

K-Ximbinho no início do Séc. XX, e João Juvanklin, mais tarde, nos anos 80 e 90, impulsionaram a produção musical do estado, com composições brilhantes de um autêntico choro potiguar. Em 2006, quando surgiu a parceria entre o grupo Macaxeira Jazz e o instrumentista Diogo Guanabara, os dois grandes nomes do choro já estavam entre as maiores fontes de inspiração para o quarteto que se formava.

Nada mais justo então, que homenageá-los no show que recebeu o nome de “Tocando choro potiguar”. A apresentação, recheada de surpresas e participações especiais que vão mexer com a memória musical do RN, acontece no próximo dia 06/04, às 19h30, na Casa da Ribeira.

Este novo trabalho de Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz é o primeiro passo de uma série de ações do quarteto para fortalecer os alicerces culturais do "roteiro tradicional" citado por K-Ximbinho.

Ainda em 2011, eles devem gravar um disco apenas com choros potiguares, e realizar um intercâmbio mundial, levando a nossa música para o Japão e Europa e trazendo músicos de diversas partes do mundo para conhecer a música instrumental produzida no Rio Grande do Norte.

Os ingressos para o show "Tocando choro Potiguar" estarão à venda na loja Botton do Midway Mall, e na bilheteria da Casa da Ribeira.

Quem: Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz
O quê: Show “Tocando choro potiguar”
Quando: 06/04/2011
Onde: Casa da Ribeira, às 19h30
Ingressos: R$ 10,00 (preço promocional)


Foto: Mariana do Vale

Medo da violência faz postos de gasolina fecham caixas eletrônicos

A onda de explosões a caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte tem reflexo direto na suspensão do serviço dos “cash”, em postos de gasolina na Re­gião Metropolitana de Natal. Alguns bancos decidiram paralisar suas atividades voltadas ao público. Em outros casos, são os próprios proprietários de postos de gasolina quem decidem não mais operar com caixas eletrônicos que, por medo, estão solicitando, junto aos bancos, a desativação do serviço em lojas de conveniências.
Em apenas 20 dias do mês de março, três terminais eletrônicos foram explodidos na Grande Natal, nos postos da Rui Barbosa, em Morro Branco, no shopping Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, e na conveniência do posto Shell, em Cidade Satélite, respectivamente.
Em um posto de gasolina da BR-101, funcioná­rios de uma loja de conveniência, que não quiseram se identificar, afirmam que o medo de assaltos e explosões fizeram com que o proprietário do comércio decidisse por fechar o cai­xa eletrônico, que há anos estava no local atendendo os clientes. No local, uma faixa informa: “Caixa ele­trônico desativado”.
Em Nova Parnamirim, o medo toma conta de funcionários das lojas de conveniência. “Ora, se os ladrões explodiram o caixa da Ayrton Senna, quando haviam clientes no bar ao lado, imaginem aqui onde à noite não há fluxo de pessoas”, comentou o gerente de um posto de gaso­lina.
Ele disse que o perigo torna-se maior em caso da explosão do caixa eletrônico atingir o posto de ga­solina. “Aí seria uma verdadeira tragédia, pois, com certeza, ocorreria uma explosão ainda maior. “É melhor perder no mo­vimento, do que a loja inteira. O banco não se res­ponsabiliza por danos nas lojas. Quem vai pagar o prejuízo”, indagou.
PROFISSIONAIS
Para a polícia, a explosão de caixas eletrônicos é ação de profissionais do crime. A forma como o crime é executado impressiona e mostra a ação de pessoas especializadas.
Os bandidos que participam desse tipo de roubo es­tão sempre fortemente armados e utilizaram dinamite para explodir os cai­xas e conseguir levar o dinheiro.
Na madrugada do dia 19 de março - uma sexta-feira - os bandidos explodiram o caixa eletrônico do Banco do Brasil do shopping Ayrton Senna, em Nova Parnamirim.
Durante a ação, oito fun­cionários do bar, que limpavam o estabeleci­men­to para fechá-lo, fo­ram rendidos e trancados no banheiro.
Quando os bandidos par­tiram, os funcionários de um cachorro-quente, que fica na esquina, libertaram os reféns. Mora­dores de um condomínio que fica em frente ao shopping acionaram, então, a polícia.
Os bandidos não conseguiram levar dinheiro, po­is erraram o alvo: o cai­xa explodido só continha depósitos bancários. Todo o dinheiro estava em um caixa ao lado.
No local, até hoje os funcionários do bar lembram do ocorrido e dizem que “eles vão vol­tar”.

Lobão autografa autobiografia e bate papo hoje às 19h na Siciliano no "Miduei"

Fãs do Lobão terão a oportunidade de conferir ao vivo todos os detalhes desta nova obra, bem como ficar cara a cara com o ídolo. Nesta segunda-feira, dia 04, a Livraria Siciliano promoverá um bate papo descontraído com o Lobão, mediado pelo jornalista Conrado Carlos, no auditório da loja do Midway Mall. O evento será aberto às 19h, e terá entrada gratuita, mas o espaço é restrito as 50 primeiras pessoas que chegarem ao local. Após o bate papo, o músico participará de uma sessão de autógrafos no hall da livraria.

Músico, compositor, editor de revista e apresentador, João Luiz Woerdenbag Filho ― mais conhecido como Lobão ― se tornou, ao longo das últimas quatro décadas, um dos maiores agitadores culturais do Brasil. Agora, Lobão faz sua primeira incursão pelo mundo dos livros. Em 50 anos a mil, autobiografia que chega às livrarias pela Editora Nova Fronteira, o artista toma a palavra e conta a sua trajetória, sempre vivida em alta velocidade e com intensidade. Juntamente com o jornalista Claudio Tognolli, que realizou uma extensa pesquisa em veículos de comunicação, Lobão cumpre à risca a promessa que fez aos seus amigos há 26 anos, quando “transtornado pela dor e vagamente aneste­siado pela cocaína”, mas ainda assim, dentro do seu juízo, chorava com Cazuza aos pés da lápide de Júlio Barroso.

50 anos a mil vem acompanhado por um rico material fotográfico e entrevistas de Elza Soares, Ritchie e da produtora Maria Juçá, entre outros. Lobão apresenta ainda aos leitores duas músicas inéditas: “Das tripas, coração”, que dedica aos saudosos Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves, e “Song for Sampa” ― disponíveis para download aos leitores do livro por meio do link www.lobao.com.br/downloads.

SOBRE O AUTOR
Nascido no Rio de Janeiro em 1957, Lobão iniciou a carreira como baterista em 1974 com o grupo Vímana (com Lulu Santos e Ritchie) e, posteriormente, tocou no grupo Blitz. Em 1982 lançou seu primeiro álbum solo, Cena de cinema. Autor de vários sucessos como "Me chama", "Vida bandida", "Rádio Blá", "Decadence avec elegance", "Vida louca vida" e "Corações psicodélicos", em 1999 decidiu lançar por conta própria A vida é doce. O álbum foi vendido em bancas de jornal de todo o Brasil e alcançou o posto de segundo disco mais vendido de sua carreira, fazendo de Lobão um ícone da música independente. De 2003 a 2008 editou a revista OutraCoisa, que a cada edição trazia o CD de um músico independente (BNegão, Mobojó, entre outros). Em 2007, Lobão lançou o CD e DVD Acústico MTV, que lhe rendeu o Grammy de Melhor Disco de Rock do ano. Atualmente é também apresentador do Debate MTV e do programa Lobotomia.

Texto: Realease enviado pela Assessoria de Comunicação da Livraria Siciliano
Foto: Rui Mendes

Projeto "Carlos prefeito de Natal 2012" já está em andamento

Cefas Carvalho

Divulgação maciça de pesquisas onde ele lidera as intenções de voto; declaração do senador Garibaldi Alves de que o PMDB poderia apoiar seu nome em 2012; aparições estratégicas e crescentes na mídia. As evidências mostram que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) já está em campanha visando retornar à Prefeitura natalense em 2012.
Após a derrota para o Governo do Estado no ano passado, Carlos tem motivos para estar otimista: 1) A prefeita Micarla de Sousa (PV) apresenta índices de rejeição e reprovação de sua gestão altíssimos; 2) Wilma de Faria - candidata natural à Prefeitura e uma das favoritas, caso candidata - não parece ter ímpeto para uma candidatura em 2012; 3) Outros nomes potencialmente fortes, como Rogério Marinho (PSDB) e Fernando Mineiro (PT) não decolam.
Mas, a melhor notícia para Carlos veio das hostes familiares. O primo dele, Garibaldi Filho, sinalizou que o PMDB poderia apoiar Carlos em 2012. Esta junção de fatores credencia Carlos a favorito.
Claro que tanto a candidatura como o favoritismo de Carlos Eduardo passam por diversos fatores e ainda estarão a mercê de acontecimentos diversos (como por exemplo, uma decisão de Wilma de disputar a Prefeitura com garra ou uma decisão do DEM ou do PMN - ou PSD - de lançar os nomes de Felipe Maia ou Fábio Faria). Mas, por ora, aproveitando o desgaste abissal de Micarla de Sousa (e também o fato de ser seu adversário número 1) Carlos larga em 2011 com favoritismo para a Prefeitura de Natal, e ainda conta com uma força adicional: seu mentor político e pai, ex-prefeito de Parnamirim Agnelo Alves (PDT) é deputado estadual.

Professor defende acesso a música para alunos

Cefas Carvalho e Themis Lima

Para o professor de música Paulo Ritzel, nascido e morador de Parnamirim, música é mais que melodia. O conjunto harmonioso das notas, o ritmo dos instrumentos, o timbre das vozes: tudo isso vibra além das ondas invisíveis. “Música como componente curricular obrigatório”, afirma, orgulhoso do passo que tem dado. Traduzindo, a música é também educação. Tão importante quanto a matemática e a física, ela ajuda na formação mais ampla – e menos tecnicista – dos indivíduos.
Realizando trabalhos na área do ensino da música desde 1998, Paulo já desenvolveu muitos projetos que envolvem crianças e jovens e os direciona para a formação profissional, como o programa Meninarte Cidade. O Coral da Capo, um dos projetos de maior destaque no estado – e conta com convites para se apresentar fora dele –, seleciona e treina jovens interessados e afinados à música, prezando pela formação artística com comprometimento social.
A proposta é explorar não somente a música erudita, mas o valor da boa música popular. De “Lamento”, de Pixinguinha, a “Como uma onda”, de Lulu Santos, o coro tem a tarefa de cantar. “O ser humano tem fome de beleza. Quando a gente oferece um cardápio mais diferenciado, ele vai descobrindo outras coisas, o mundo vai se descortinando e ele não engole mais qualquer tipo de música”, diz.
O Meninarte Cidade entra em concerto toda segunda-feira do mês, no espetáculo quase homônimo: “Segunda a segunda”. A iniciativa é uma parceria da Fundação Parnamirim de Cultura e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e acontece no auditório da Escola Municipal Augusto Severo. Nos palcos, os jovens levam, entre outros estilos, o canto livre, a música instrumental e regional para toda a comunidade.
O projeto mais recente encabeçado por Paulo é o Música Paramirins, que nasceu do Meninarte Cidade, aprovado pelo edital do Fundo de Infância e Adolescência (Fia), do Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente. A idéia consiste na capacitação de 25 monitores para atuação nas escolas da rede pública, atendendo proativamente à lei 11769, que torna obrigatório o ensino da música no currículo escolar.

Foto: Andressa Vieira

Poeta e professor Plinio Sanderson é baleado durante assalto


Eu já tinha uma série de posts preparados para este blog quando leio no blog Diário do Tempo, de Sérgio Vilar, que o amigo poeta e professor Plinio Sanderson foi baleado no tórax, na praia de Santa Rita e que está sendo cirugiado na UPa de Pajuçara. Lamentável o caso, que ilustra o quadro da violência no RN atualmente. Segue o texto de Sérgio Vilar:


"O poeta e professor Plínio Sanderson, figura conhecida e querida por muitos da cidade, levou um tiro no tórax. Segundo informações, teria sido hoje pela manhã.

Plínio foi vítima de assalto na praia de Santa Rita, onde sempre passa os fins de semana. Ele está sendo cirurgiado neste momento na UPA de Pajuçara. Passa bem, segundo informações do amigo Eduardo Alexandre.

Plínio, assim como esta blogueiro, é um entusiasta da praia. Combinávamos semana passada de passarmos um fim de semana junto por lá. Nossa casa fica perto. Engraçado: eu reclamava da insegurança. Contei que na semana anterior roubaram um refletor lá de casa.

A insegurança ali é problema antigo. No entanto, sempre questionei o tipo de insegurança. Sempre pensei ser aqueles ladrões de praia, que aproveitam a baixa temporada, a casa vazia, pra roubar objetos de pequeno valor. Mas está aí um exemplo contrário.

Aquela região da Redinha até Santa Rita está infestada de bandido. Não tem um posto policial. Falta iluminação, equipamentos de lazer e os bares são os atrativos aos nativos. A consequência disso tudo é lógica".

Luiz Almir pede exoneração da Urbana


Alegando impossibilidade de conciliar a agenda de comunicador com as funções de auxiliar do primeiro escalão municipal, o ex-deputado estadual Luiz Almir solicitou hoje exoneração do cargo. O coordenador do Núcleo Estratégico de Ordenamento Urbano da Prefeitura de Natal, o engenheiro sanitarista Sérgio Pinheiro, responderá interinamente, a partir desta sexta-feira, 01, pelas ações da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana).
O fato causa estranheza no meio político. Primeiro porque Almir passou meses lutando por um cargo de primeiro escalão nos governos municipal ou estadual.
Segundo porque a prefeita Nicarla de Sousa (PV) indicava que o secretariado estava sólido e coeso em relação a melhorar a qualidade da administração (e consequentemente a aprovação à administração dela).
Em carta endereçada à prefeita de Natal Micarla de Sousa, Luiz Almir agradeceu a confiança e reafirmou compromisso com a administração municipal. A prefeita Micarla de Sousa declarou ter compreendido as questões de “ordem pessoal” apontadas pelo ex-deputado. “Luiz Almir é um quadro importante. Pessoa do povo. Era uma aposta nossa. Mas respeitamos a decisão tomada pelo companheiro”, afirmou a chefe do executivo municipal.


Com informações do site NatalPress

Deputado diz que africanos são amaldiçoados, mas nega discriminação


Na mesma semana em que as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) no programa CQC provocaram reações no Congresso, outro parlamentar usou o Twitter para dizer que "os africanos são amaldiçoados". Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) é deputado federal de primeiro mandato e garante que a afirmação vem de um conhecimento teológico. Ele, que também é cantor, se diz afrodescentente e nega ser racista.
Os primeiros posts tratando do tema foram colocados na página do parlamentar nesta quarta-feira. Segundo ele, foi sua assessoria que colocou o "ensinamento" na internet, mas com seu aval. Entre outras frases, Feliciano diz na rede social que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome."
Ontem, ele retornou ao tema: "A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!". Segundo o deputado, a Bíblia sustenta a teoria de que o continente africano foi amaldiçoado. O parlamentar afirma que, pela Bíblia, Cam, filho de Noé, "vê a nudez do pai" em um momento de embriaguez de Noé e ri. Quando Noé volta em si, ele chama Cam e seu neto Canaã e joga uma maldição sobre o neto, que, posteriormente seria o responsável por povoar o continente africano.

Com informações da Agência Estado

Wilma na Sudene pode ser "gol contra"


Há quem acredite que Wilma de Faria pode estar marcando um gol contra ao assumir a superintendência da Sudene. Em um cargo de visibilidade, ela ficará “vulnerável”, inclusive à curiosidade jornalística da mídia nacional. Para muitos, era hora de Wilma cuidar dos cacos do PSB em Natal e não garantir um cargo no Governo Federal. Lembremos de 2002, quando mal Henrique Eduardo Alves foi cotado como candidato a vice-presidente na chapa de José Serra teve sua vida investigada pela imprensa nacional e virou capa da IstoÉ com um escândalo financeiro.