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Raimundo Marciano: "Faço política sem brigas. Sei ganhar e sei perder"

Ex-prefeito de Parnamirim e líder político já consolidado na história do município Raimundo Marciano, sem partido após litígio com a direção estadual do DEM, esteve no Alpendre do PN, onde conversou com o jornalista Cefas Carvalho sobre Parnamirim, campanha, eleições e política de maneira geral, além de rememorar histórias políticas do passado. Confira:

Como o sr. está vendo essa pré-campanha em Parnamirim?
As acomodações políticas estão sendo feitas, e acredito que, depois das convenções deste mês, vamos ver o quadro definido. Mas, adianto aos demais que, dificilmente, o prefeito Mauricio Marques perde essa campanha. Primeiro, pelo trabalho que ele está fazendo, que toda Parnamirim está vendo. Uma coisa que o município de Parnamirim sonhava e hoje já é realidade é o serviço de esgotamento. O trabalho de saneamento básico se tornou realidade. Estamos vendo também uma obra importante para a cultura e para o turismo que é o teatro; temos a escola técnica federal em funcionamento. É esse trabalho que estamos vendo. Quem disse que Mauricio não está trabalhando é porque não mora aqui...

As chapas estão virtualmente formadas, com a previsão do embate Mauricio e Lucinha x Gilson e Epifânio. O sr. acredita que essas chapas estão consolidadas mesmo ou haverá alguma reviravolta?
Eu acredito que elas já estão consolidadas. Lucinha é uma vereadora que tem feito muito pela cidade, uma pessoa de quem todo mundo gosta, simpática, foi bem votada, tem uma atuação boa como vereadora. Ela será uma vice-prefeita correspondendo à altura do povo de Parnamirim e irá ajudar muito o prefeito Mauricio Marques.

No caso de Epifânio, que era do grupo, e agora é oposição?
Epifânio já era vice-prefeito e vai ser candidato a vice novamente. Ele não é oposição, ele é uma dissidência. Oposição é o Gilson.  Até ontem, alguns estavam com o prefeito e, depois, passaram para o outro lado, seguindo suas razões. Eu não sei por que você deixa de ser vice para tentar se tornar vice, só que em outra chapa? Essa jogada aí eu não entendi.

Existe a possibilidade de Epifânio voltar para o grupo?
Eu acredito que não. A essa altura, fica até contramão. Eu conheço Epifânio, fizemos campanha juntos, ele é muito seguro das coisas dele. Eu acredito que ele não volta mais não. 

O sr. protagonizou com o deputado e ex-prefeito Agnelo Alves três embates eleitorais. Como é estar agora no mesmo palanque que Agnelo?
É muito bom! Eu faço política sem brigas, nunca briguei com ninguém.  Sei ganhar e sei perder, isso eu já fiz, já ganhei duas e já perdi duas. Não tenho nenhum problema com Agnelo, sempre nos damos muito bem. Mesmo durante as campanhas, a gente sempre conversou. Após as campanhas, tivemos vários encontros. Nunca houve qualquer problema entre nós.

Fale sobre seu relacionamento político com Gilson Moura.
Eu apoiei Gilson em duas campanhas: para prefeito e para de deputado. Um dia, conversando, eu resolvi apoiar Mauricio. Eu chamei Gilson em minha casa e anunciei que, a partir daquele momento, eu não apoiaria mais ele, e sim, Mauricio Marques.

Muita gente que veio aqui no Alpendre, que era também da oposição, disse que Gilson abandonou as bases, que Gilson abandonou Parnamirim. O sr. tem essa mesma visão?
Tenho, até porque você vê que ele, como deputado, nunca realizou um projeto direcionado para Parnamirim, de meu conhecimento não teve. Ele vinha aqui visitar as bases, não, nunca vi.

A expectativa do sr. é de uma campanha tranquila ou pode haver reviravoltas e turbulências?
Eu não acredito que haverá turbulências, não. Todos os envolvidos são pessoas esclarecidas. Vai ter essas “besteirinhas” de campanha, pois tem que ter o jogo da campanha, coisa de política mesmo, nada além disso, uma vez que o povo de Parnamirim é muito esclarecido. O eleitor de Parnamirim é eleitor de capital, sabe em quem vai votar e quem deve escolher. No mais, a campanha será tranquila. Se depender de mim, para eleger Mauricio e Gustavo Negócio, meu filho, candidato a vereador, eu saio a pé visitando casa a casa, rua a rua, apertando a mão de cada amigo, por que eu gosto de fazer política assim!

Foto: Iwska Isadora




Um comentário:

  1. Engraçado. Raimundo e Agnelo eram tais e quais sim Tom e Jerry do desenho animado. E agora vem dizer que é amigo do 'Pikachu' como dizia Salatiel de Souza em seus palanques. Seu Raimundo, o povo näo é bobo não.

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