Bancada federal potiguar “multipartidária” mostra o fim dos partidos poderosos

Da Redação do PN

Terminou definitivamente a era dos grandes partidos que faziam grandes bancadas. Se em âmbito estadual isso já se tornou uma realidade e deve sê-lo em 2010, em nível federal, mais que uma realidade isso é uma tendência provavelmente irreversível. Tanto que uma análise das candidaturas a deputado federal mostra que dificilmente um partido fará mais que um deputado federal nas eleições do ano que vem.
Atualmente os 8 deputados federais do estado pertencem a 7 partidos diferentes. Apenas o DEM apresenta dois federais: Felipe Maia e Betinho Rosado. Os demais, Henrique Alves (PMDB), Fátima Bezerra (PT), Rogério Marinho (PSDB), Fábio Faria (PMN), Sandra Rosado (PSB) e João Maia (PR) são de partidos diferentes.
Como os oito deverão tentar a reeleição, o quadro partidário deverá continuar parecido, mas há observações a serem feitas.
O PMDB, partido que já foi o maior do Estado com sobras, dificilmente fará mais que um deputado federal, que deverá ser Henrique Eduardo Alves, rumo ao 10º mandato.
O DEM (antigo PFL) que também já mostrou robustez eleitoral, dificilmente terá coeficiente para eleger mais que um federal. Atualmente o partido tem dois deputados, Felipe Maia e Betinho Rosado. O problema é que enquanto Felipe teve maciça votação, Betinho ficou na suplência, assumindo apenas com o falecimento de Nélio Dias. Comenta-se que Betinho teria se irritado com a postura de José Agripino, que teria invadido as bases de Betinho na região Oeste para angariar votos para seu filho Felipe.
Há os casos do PR e do PSDB. Ambos deverão fazer apenas um deputado. O problema é que entre os "tucanos", existe a possibilidade do ex-senador Geraldo Melo tentar a vaga para federal, o que prejudicaria Rogério Marinho (que tentará a reeleição sem o apoio de Wilma de Faria e do PSB). No PR, João Maia (se mão for candidato ao Governo, como ele sonha) poderá assistir a candidatura do ex-senador Fernando Bezerra, que poderá se filiar ao partido e tentar uma vaga na Câmara Federal.
De qualquer forma, tudo indica que apenas um partido conseguirá fazer mais de um deputado. E a bancada potiguar na Câmara Federal continuará como está hoje: multipartidária.