Cefas CarvalhoCinéfilo desde sempre, este blogueiro não faz coro com os críticos das indicações do Oscar deste ano. Tudo bem que a possibilidade de “Avatar” ganhar por melhor filme e Sandra Bullock como melhor atriz soam meio bizarras, mas, no frigir dos ovos, há mais pontos curiosos e positivos nas nominações.
Duas delas saltam aos olhos. Na categoria melhor diretor, pela primeira vez uma mulher e um negro concorrem no mesmo ano: Kathryn Bigelow (foto) por “Guerra ao terror” e Lee Daniels por “Preciosa”. Em toda a história do Oscar, só um negro havia concorrido, John Singleton, por “Os donos da rua” e três mulheres, Lina Wertmuller (Pasqualino Sete Belezas), Jane Campion (O Piano) e Sofia Coppola (Encontros e desencontros). Nenhum deles venceu. E é bom lembrar que Bigelow é a favorita este ano.
Outra curiosidade: pela primeira vez dois filmes sul-americanos concorrem ao Oscar de filme estrangeiro: o peruano “A teta assustada” (dirigido por outra mulher, Claudia Llosa) que venceu o Festival de Berlim e “O segredo dos seus olhos”, argentino que vários amigos garantem ser excelente.
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