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Agnelo diz que seu tempo como prefeito já passou e depois se põe como possível candidato

Cefas Carvalho

Eu vim para confundir, não para explicar, dizia o falecido e lendário apresentador de TV Chacrinha. Na política potiguar, esta máxima parece ser seguida à risca pelo deputado estadual e ex-prefeito de Parnamirim Agnelo Alves (PDT). Pelo menos é o que ficou explícito em entrevista que Agnelo concedeu há poucos minutos ao jornalista José Pinto Junior, no programa Conexão Potiguar, pela Band.
Logo no início da entrevista, Agnelo celebrou os bons sentimentos. Afirmou que “as pessoas precisam de respeito e amor”. Em seguida, registrou que a Assembléia Legislativa deve ser para pobres, ricos, pretos, brancos, desfortunados, para todos”.
Após a efusão de bons sentimentos, vieram, os assuntos políticos, claro. No primeiro bloco, Agnelo colocou que não era candidato à Prefeitura de Parnamirim. “Tudo tem seu tempo. Fui prefeito oito anos sem férias”, registrou, falanso um pouco sobre sua administração.
Contudo, no terceiro bloco, José Pinto Jr. perguntou se Parnamirim poderia ter um terceiro candidato forte, além do prefeito Mauricio Marques (PDT) candidato natural à reeleição e o deputado estadual Gilson Moura (PV). Agnelo respondeu que “pode ter um terceiro, um quarto, um quinto, um sexxto ou um sétimo candidato”. Depois reconheceu que “qualquer um que tenha domicilio eleitoral em parnamirim e seja filiado a um partido pode ser candidato”, disse. Depois, após nova observação do jornalista, reconheceu: “Inclusive eu sou um possível candidato”.
Político astuto e conhecido como “raposa política”, recusou-se a declarar voto e ainda tentou fazer com que o apresentador declarasse o voto dele. “O voto é secreto”, afirmou o jornalista. “Então...”, sorriu Agnelo. “Mas eu não sou líder de um partido. Se fosse, declararia meu voto”, retrucou Pinto Junior. Agnelo sorriu e continuou analisando a política potiguar.

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