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Henrique em queda

Paulo Tarcisio Cavalcante

Está em queda a cotação de Henrique Alves como candidato à presidência da Câmara - é o que mostram os fatos mais recentes.
Em política, é certo, nada é definitivo, mas não vai ser fácil para o líder do PMDB na Câmara, levantar-se, sacudir a poeira e dá a volta por cima.
Será, então, uma carta fora do baralho? Claro que não.
Mas, é exatamente aí que mora o perigo.
Pois, as forças que querem impedir que o deputado potiguar realize o sonho de chegar à presidência da Câmara não pretendem lhe proporcionar nenhuma trégua.
Pelo contrário. As indicações são de que a pressão não vai parar, com o agravante de que essa pressão se alicerça em palavras do próprio Henrique, naquele inexplicável desafio público que fez, diretamente, à presidente Dilma Roussef.
Resultado: Está sendo atribuída à presidente da República a determinação de rifar a candidatura de Henrique à presidência da Câmara.
Ainda segunda-feira, em sua badalada coluna em vários jornais, Cláudio Humberto cita duas afirmações que teriam sido proferidas pela presidente.
Uma, ao vice-presidente Michel Temer: O compromisso com a candidatura de Henrique à presidência da Câmara não é dela; é do PT. A outra, a "um senador": Com Henrique tendo o controle do PMDB e mais o da pauta de votação da Câmara, o governo estará morto.
Quer dizer: com o desafio que fez à presidente, o próprio Henrique jogou por terra uma das características mais decantadas de sua atuação política: a fidelidade ao governo.
Agora, a expectativa é saber quais os próximos passos que serão dados pelos personagens desse enredo. Por exemplo: Aceitará Henrique fazer a indicação do próximo diretor-geral do DNOCS?
Certamente, a ele compete escolher uma das alternativas - sim ou não, sem esquecer, é claro, que qualquer das duas terá desdobramentos.
A presidente Dilma, por sua vez, com uma visão política inquestionável, tem se portado, de público, como se nada disso lhe interessasse.
Segunda-feira, antes de viajar a Cuba, dedicou ao ministro Garibaldi Alves Filho o seu programa semanal de rádio " Café com a presidenta". Encheu a bola do trabalho que Garibaldi está realizando e anunciou, como grande feito do seu governo que, até o final do ano, serão inaugurados mais 182 postos do INSS pelo Brasil afora.
Coincidência?

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