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"Agnelo deveria se aposentar da política", diz vereador Siderley


Vereador eleito em 2008 para o primeiro mandato, sendo o segundo mais votado (2.644 votos), Siderley Bezerra da Silva (PV) concedeu entrevista aos jornalistas Cefas Carvalho e Roberto Lucena. Casado, pai de duas filhas, o empresário mora em Cotovelo, Litoral de Parnamirim. A região é onde está localizada a base eleitoral do vereador. Nessa entrevista, Siderley fala sobre os trabalhos na Câmara, política e eleições 2010. Confira:

Cefas Carvalho: O que acha dessa quantidade de pré-candidatos a deputado estadual em Parnamirim? Da Câmara, por exemplo, temos dois nomes e mais Gilson Moura (PV) e Agnelo Alves (PDT).
Acho que é positivo. Sendo da cidade de Parnamirim, é sempre uma boa opção ter vários candidatos para que a população possa escolher um deles.

Roberto Lucena: O senhor já escolheu?
Já. Já tenho os meus candidatos, mas só vou divulgar na hora certa.


RL: O senhor faz parte da mesma legenda do deputado estadual Gilson Moura, PV. Muitos criticam Gilson porque acham que ele não representa a Parnamirim na Assembléia Legislativa. Como o senhor analisa essas críticas?
Gilson Moura é uma pessoa que vem trabalhado muito e acho que é uma boa opção para candidato a deputado estadual.


CC: O senhor acha que Parnamirim pode eleger dois deputados? Por exemplo, Agnelo e Gilson?
Não. Parnamirim tem condições de eleger um deputado se todos se reunirem em torno de um único nome. Mas se for com essa quantidade de nomes, não elege.

CC: Então a quantidade de pré-candidatos pode prejudicar?
Com certeza.

RL: E qual seria o nome ideal para unir forças?
Primeiro, eu acho que Agnelo não deveria ser candidato. Ele deveria se empenhar na candidatura do filho [Carlos Eduardo] para governador do estado. Ele [Agnelo Alves] deve se aposentar e ficar em casa balançando o pé na rede. Agnelo é morador de Natal e a vez dele já passou.

RL: Agnelo deve ficar nos bastidores?
A vez dele já passou. O que ele tinha de fazer pela cidade, já fez.

RL: Desse modo o senhor descarta o nome de Agnelo para ser o candidato de consenso...
Sem sombra de dúvidas.

RL: Quem seria esse candidato então?
Em Parnamirim, tem um nome muito bom que é Rosano Taveira (PRB). Um homem íntegro, que tem prestado muito serviço a Parnamirim. Uma pessoa que tem zelo pelo dinheiro público. Para mim ele é uma unanimidade e um professor na área de política.


RL: Na campanha de 2008 o senhor era oposição. Depois de eleito, passou para situação. Como foi essa virada?
Veja bem: fui oposição não porque quis. Maurício sabe porque fui oposição e, logo quando acabou a eleição, me chamou para gente conversar. Independente de qualquer coisa, somos amigos.

RL: Então foi tranqüilo?
Sim. Eu passei a campanha toda sem bater em Maurício. Nunca.

RL: Mas em Agnelo era diferente?
Agnelo foi o motivo de eu não ter apoiado Maurício.

CC: Clênio Santos (PV) afirmou que Gilson Moura está afastado de Parnamirim. Concorda com isso?
Depois da campanha, nós nos afastamos. Mas, até onde sei, Gilson tem feito visitas à cidade. Não tenho conhecimento de um afastamento dele.

RL: Maurício já definiu os votos dele e disse que irá pedir que os secretários, os amigos, sigam os votos dele. O senhor seguirá essa recomendação? Vota como o prefeito?
Nesse ponto, não. Ele [Maurício] terá que me perdoar, mas não vou acompanhar alguns votos dele, inclusive o estadual, se for Agnelo. Não voto nele [Agnelo] em hipótese nenhuma.

RL: Porque essa decisão? Algum problema pessoal com o ex-prefeito?
Não é pessoal, mas para mim ele não foi uma pessoa correta, de palavra.

RL: E como gestor?
Foi um bom prefeito porque pegou Parnamirim numa boa fase financeira, diferente do que ocorre hoje. Agnelo soube aproveitar a oportunidade e soube trabalhar. Não fez mais do que a obrigação dele. Ele foi um bom gestor, e não um deus. As pessoas endeusam Agnelo, mas ele não é Deus. Ele foi um bom político.

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