Recebi há pouco da sempre gentil e eficiente assessoria de Comunicação da Prefeitura de Natal, texto e fotos sobre o ato de desagravo que um grupo de mulheres fez “às mulheres”. Sim, é isto mesmo, para estas 300 não espartanas, mas bravas natalenses, as manifestações concentradas no movimento Fora Micarla (onde jovens ocupam a Câmara Municipal há 9 dias para forçar os vereadores a abrirem a CEI dos aluguéis) não pretendem atingir a administração Micarla de Sousa, mas sim à mulher Micarla e a todas as mulheres. Portanto, estas 300 mulheres não perceberam que entre os manifestantes na Câmara estão dezenas, quiçá centenas de mulheres, igualmente estudantes, trabalhadoras e que nas redes sociais outras centenas de mulheres se posicionam contra a administração Micarla e seu descaso com Educação, Saúde, Cultura, Lazer, Esporte, pagamento de débitos etc. Mas, no fundo é tolice analisar o “movimento das 300”. Sabe-se lá quantas delas são cargos comissionados... O fato é que o ato foi fartamente documentado pela assessoria de Comunicação (pode-se ver nas fotos repórteres e fotógrafos assalariados da Prefeitura) para produzir mais um capítulo do mundo de irrealidade da gestão Micarla de Sousa. Um capítulo cômico, como o leitor do release abaixo poderá constatar (as marcações em negrito são minhas, mas reproduzo o texto ipsis literis). Micarla e suas 300 de Esparta parecem acreditar que a população natalense vai cair no conto que a campanha contra a prefeita é de ordem de gênero e não de caráter administrativo. Alguém mostre à prefeita e essas mulheres as pesquisas que mostram Micarla e sua gestão com 84% de desaprovação.
Grupo de 300 mulheres faz ato de desagravo à Prefeita Micarla de Sousa
Release e fotos da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Natal
Cerca de 300 mulheres, entre profissionais liberais, líderes comunitárias, estudantes, donas de casas, representantes da sociedade civil, servidoras públicas, entregaram na tarde desta quarta-feira (15), no Palácio Felipe Camarão, um documento à prefeita do Natal Micarla de Sousa, denominado de “Desagravo a nós mulheres”. O grupo repudia as manifestações que atingem à mulher Micarla de Sousa.
De acordo com o desagravo, baseado na “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra Mulher”, de 1994, entende-se por violência contra a mulher qualquer ação/conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, no âmbito público ou privado. O texto do desagravo diz que “não restam dúvidas quanto à configuração e tipificação do ato praticado na exteriorização da imagem (pichação), pois se trata de uma prática de violação aos direitos humanos da mulher, que deve ser denunciada, enfrentada e eliminada”.
“Somos contra, entre outras coisas, a essas pichações em vários pontos da cidade com palavras de baixo calão. Isso é contra a mulher, contra a cidadã e contra a gestora eleita democraticamente”, repudiou Edna Soares, líder da comunidade Câmara Cascudo, na zona norte.
Bastante emocionada, a prefeita agradeceu o apoio das mulheres e disse estar com a consciência tranquila do dever cumprindo como gestora da cidade. “Minha vida e meu mandato político numa estarão acima dos meus valores, pautados pela honestidade e bom senso, aprendidos com meus pais.”, disse Micarla de Sousa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário