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Governador do RJ faz autocrítica e quer rever atitudes. E, em Natal, Micarla mantém "autismo político"

Cefas Carvalho

Leio reportagem do portal Ig sobre declarações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Envolvido em crises políticas, desgaste e uma tragédia pessoal (a morte da namorada do filho dele), Sérgio resolveu, como se diz, “abrir o coração”, fazer autocrítica e repensar seu governo. “Quero assumir um compromisso de rever minha conduta. Sou um formador de opinião e vamos construir um código de conduta juntos. Vamos estabelecer os limites e ver o que há em outros estados do Brasil e no mundo”, garantiu Cabral, em entrevista à CBN.
Louvável a atitude do governador, que vem realizando um bom mandato à frente do cronicamente complicado Governo do Rio de Janeiro. A postura de Cabral faz saltar aos olhos ainda mais o autismo políticoda prefeita de Natal Micarla de Sousa. Com índices altíssimos de rejeição e desaprovação ao seu governo e experimentando crise política e administrativa, Micarla prefere mergulhar no seu mundo de fantasias. Sua última pérola foi a afirmação de que o movimento Fora Micarla não passava de uma manifetação virtual e das redes sociais. Acaso a prefeita-borboleta não viu ou não foi informada das centenas de manifestantes que ocuparam a Câmara Municipal para pressionar uma CPI?
Este artigo poderia pedir a prefeita que imitasse a postura de Cabral, fazendo uma análise dos seus erros, um meã culpa e vendo onde poderia acertar a partir de agora para salvar o que resta de seu melancólico mandato. Mas, parece ser tolice chamar a prefeita à realidade. Melhor deixá-la em seu mundo particular, onde dev e estar sendo assessorada pelo Chapeleiro Maluco, o gato de Botas, Papai Noel e o Coelhinho da Pàscoa.
Ah, e segue abaixo, na íntegra, a reportagem do Ig sobre Cabral e sua autocrítica.


Cabral promete rever suas atitudes e discutir criação de código de conduta

Em entrevista à CBN, governador do Rio disse que jamais tomou decisões públicas baseadas em suas relações pessoais

iG Rio de Janeiro | 29/06/2011 11:51


Em meio a uma crise política, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, se comprometeu nesta quarta-feira (29) a reavaliar determinadas atitudes suas, entre elas, a relação que mantém com empresários. Desde a queda de um helicóptero em que Cabral viajaria e que provocou a morte de sete pessoas no último dia 17, na Bahia, o governador tem sido questionado sobre suas amizades e favores recebidos de empresários que mantêm contratos com a administração estadual.
“Quero assumir um compromisso de rever minha conduta. Sou um formador de opinião e vamos construir um código de conduta juntos. Vamos estabelecer os limites e ver o que há em outros estados do Brasil e no mundo”, garantiu Cabral, em entrevista à CBN
Entre os questionamentos feitos pela opinião pública ao governador está o fato de ele ter usado um jatinho particular do empresário Eike Batista com parentes e amigos para viajar a Porto Seguro, na data do acidente aéreo. Na Bahia, Cabral participaria da festa de aniversário do também empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construção, em um resort.
Durante sua campanha para reeleição, Cabral recebeu de Eike Batista uma doação de R$ 750 mil. O empresário, oitavo homem mais rico do mundo, ainda se comprometeu em investir R$ 40 milhões em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), principal projeto de segurança do Rio. Já a Delta Construções, de Cavendish, faturou R$ 1 bilhão em contratos com o governo estadual fluminense entre 2006 e 2011. Um quarto destes negócios foi feito com dispensa de licitação.

Relações pessoais

Mesmo com os questionamentos, Cabral ressaltou durante a entrevista que jamais tomou decisões públicas baseadas em suas relações pessoais. “Sempre separei minha vida privada da vida pública. Jamais tomei qualquer decisão pública, que envolva dinheiro público, tendo como base relações pessoais. Minha vida privada é uma coisa e minha vida pública é outra”, disse Cabral.
Em nota veiculada na imprensa nesta quarta-feira, a Delta Construção reforça que o crescimento da empresa não está ligado às relações pessoais de Cavendish. Segundo o comunicado, no Rio, o crescimento da construtora teve início em 2000. Na época, as atividades no Estado representavam 80% do faturamento da empresa. Hoje, de acordo com a nota, a relação não chega a 25%.
“A Delta tinha 80% do seu faturamento há 10 anos vindo do governo do Rio. Hoje, o faturamento é menos da metade. É um absurdo querer vincular qualquer elo de amizade entre mim e o Fernando (Cavendish) com o crescimento da empresa (Delta Construção). É uma elação absurdamente desrespeitosa”, avaliou Cabral.

Acidente aéreo

No acidente aéreo na Bahia morreu Mariana Fernanda de Noleto, 19 anos, namorada de Marco Antônio Cabral, filho do governador, havia sete anos. “Foi uma perda de pessoas queridas, em especial, a Mariana. Meu filho está muito sofrido e abalado. Mas ele é um menino de ouro e junto com a família da Mariana irá superar esse momento”, disse Cabral.
Por causa da tragédia, o governador do Rio chegou a tirar licença do cargo por uma semana. “A semana passada foi uma semana muito confusa para mim”, avaliou, durante a entrevista.

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