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Sem poda, o cajueiro de Pirangi vai fechar a RN 063 em oito anos

Os engenheiros agrônomos da Emater-RN Roberval de Lima e Olavo Medeiros vistoriaram, ontem(dia 3), o “maior cajueiro do mundo” na praia de Pirangi do Norte. Os extensionistas constataram a presença de insetos e fungos prejudiciais à planta e recomendaram podas tecnificadas para melhorar a aeração da planta, adequá-la ao espaço urbano e ajudar no controle de pragas e doenças. Segundo eles, caso não seja realizada uma poda de segurança, a rodovia RN 063 terá que ser fechada dentro de oito anos.
A vistoria foi solicitada pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Parnamirim para solucionar o impasse provocado pelo crescimento do cajueiro sobre a rodovia. Além da Emater-RN, o Ministério Público Estadual solicitou laudos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Defesa do Meio Ambiente (Idema), Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Roberval explica que existem diversos tipos de poda e orienta que todas devem ser realizadas periodicamente para não prejudicar o desenvolvimento da planta. “As podas estimulam a formação de novos brotos, alternam e distribuem o peso dos galhos e auxiliam no manejo e eliminação de focos de fungos prejudiciais à planta”, afirma Lima. A Emater-RN acompanha o “maior cajueiro do mundo” desde janeiro de 2008 indicando técnicas de adubação, irrigação, além de práticas alternativas de manejo integrado de pragas e doenças.

HISTÓRIA

O cajueiro é uma planta nativa do Brasil. O caju aparece pela primeira vez na história do Brasil no “Tratado descritivo do Brasil”, de Gabriel Souza, datado de 1557. Mauricio de Nassau chegou a fixar multa de cem florins para quem derrubasse um cajueiro. Das 21 espécies da planta no mundo, apenas três não se encontram no Brasil.
As raízes do cajueiro podem chegar a 10m de profundidade, mas seu caule não ultrapassa os 1,6m, o que faz com que sua copa seja rastejante, o que facilita o processo de multiplicação por alporquia. “Quando os galhos da planta chegam ao solo, ele tende a desenvolver um novo sistema radicular, isso é comum nos cajueiros”, lembra Roberval de Lima.

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