Cefas Carvalho
A comédia de erros que se tornou a política cultural natalense e “estourou” esta semana com o fim do ENE e surgimento do ELE, em março de 2010, ganhou ares non sense, na minha humilde opinião. Graças à notícia de que quem coordenará o Auto de Natal não será a Funcarte, mas a secretária municipal de Relações Interinstuticionais e Governança Solidária (quem souber qual a função desta pasta, entre em contato com o blog, por gentileza) Iraci Azevedo. A priori, nada contra esta senhora. Apenas considero que um evento de viés cultural tem de ser conduzido por quem é do ramo. Cultural, não de mega eventos. Iraci, como se sabe é ligada politicamente ao vice-prefeito de Natal, empresário Paulinho Freire e foi coordenadora geral do Carnatal. E me chocou ler em matérias a mesma Iraci falando sobre o ex-ENE, atual ELE. Que esta senhora tem a ver com o mundo literário? Como assinalou o sempre sensato Tácito Costa em texto no seu Substantivo Plural, “muitos boatos acerca da situação da Funcarte, que, tudo indica, sofre tentativas de esvaziamento”. Que os deuses da literatura tenham pena de nossa cidade Natal!
PS: Amigos e leitores questionaram porque tanto azedume contra a Funcarte. Ora, este jornalista teceu criticas muito mais contundentes a Dácio Galvão (embora reconhecendo seus acertos) quando capitão-mor da cultura natalense. E espezinhei muito a política cultural de Wilma de Faria por trazer a peso de ouro gente como Leonardo e Elba Ramalho para shows nesta urbe. Como escritor e poeta, além de jornalista, mantenho o senso crítico, portanto, em relação à política cultural em Natal e no Estado onde moro, trabalho e milito artisticamente. E para finalizar, em relação á gestão Dácio Galvão devo – infelizmente – dizer o seguinte: a gente era feliz e não sabia!
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