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Paulinho Freire tem desafio político com gestão de 30 dias


Cefas Carvalho

O ano de 2011 começou para Paulinho Freire (PMN) sob o signo do desafio. Prefeito em exercício de Natal durante os 30 dias de licença da prefeita Micarla de Sousa (recentemente cirurgiada em São Paulo), ele tem justamente este tempo para “mostrar serviço”.
Paulinho vive um paradoxo: faz parte de uma administração que tem 77% de desaprovação (segundo as pesquisas) e vive crônico desgaste.
Mas, como vice-prefeito não participa ativamente das ações da municipalidade e poucas vezes é associado ao prefeito(a), Paulinho tem a chance de mostrar para a população, no espaço de 30 dias, que é um bom adminitrador. Começou com uma medida de redução de gastos: implantar expediente corrido na Prefeitura, das 7h às 14h.
Em compensação, ganhou uma “herança maldita”: pode ter que aprovar o aumento da tarifa de ônibus, que está prevista e virou um inferno particular para a gestão Micarla.
Políticos ligados a Paulinho acreditam que ele pode marcar o seu nome como gestor no imaginário da população se fizer três coisas:
1) Tornar mais eficazes serviços básicos, como o da limpeza urbana;
2) Não aprovar nenhuma medida impopular ou desgastante (como o aumento das passagens de ônibus);
3) Realizar um evento de grandes proporções ou iniciar alguma ação de porte (mas sem muitos recursos, eis o desafio).
Conseguindo estes objetivos, acreditam, Paulinho Freire terminaria sua curta gestão como um administrador eficiente e obrigaria a população a comparar sua administração com a da titular, Micarla de Sousa. Mais que isso: iria inserir seu nome de forma sólida no tabuleiro de xadrez político de Natal.

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