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DEM elege novo presidente e tenta evitar fim após saída de Kassab


iG Brasília

O DEM realiza, nesta terça-feira em Brasília, a convenção que trocará o comando do partido e tentará salvar a sigla que já deteve a maior bancada na Câmara dos Deputados e ficou por oito anos na Vice-Presidência da República (1995-2002).

O senador José Agripino (DEM-RN) é o candidato único a presidente, mas não será o personagem principal do evento. Todos os olhos se voltarão para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que deverá deixar a sigla e levar aliados com ele.

É por isso que partidos da oposição e, principalmente, da base governista acompanham o desfecho da história. Haverá repercussão direta nas eleições de 2012, para prefeitos e vereadores, e de 2014, para deputados, senadores, governadores e presidente da República.

O senador José Agripino (DEM-RN) é o candidato único a presidente, mas não será o personagem principal da convenção do DEM

“Não quero falar de Kassab agora. Só depois da convenção”, afirma Agripino. Nos bastidores, o senador trabalha para evitar uma debandada no partido. Não se sabe ao certo quem fica ou quem vai para o partido que o prefeito paulistano planeja criar, o PDB.

O pior já foi evitado. Após a eleição de outubro passado, Kassab defendeu a fusão do DEM com o PMDB. Teve o apoio do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), um dos fundadores do partido para aderir à candidatura indireta de Tancredo Neves (PMDB) à Presidência da República em 1985.

O atual presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), se colocou contra Kassab e Bornhausen. Eles também tiveram o apoio dos deputados federais Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), que deu duras declarações via Twitter.

Kassab e Bornhausen tiveram de recuar e passaram a defender a saída de Maia como contrapartida. José Agripino acabou surgindo como solução. O problema é que Bornhausen passou a achar que não poderia ter o senador como aliado e lançou Marco Maciel (PE).

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