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Dilma reúne 30 cineastas mulheres em seu 1º “encontro artístico”

A presidente Dilma Rousseff dá início, na sexta-feira (25), a uma série de encontros culturais no Palácio da Alvorada, em que pretende se aproximar da classe artística. A partir de março, ela organizará um evento artístico por mês, com convidados de diferentes áreas.
A estreia será com cerca de 30 cineastas mulheres, que estão sendo convidadas para um jantar com a presidente. Na lista estão Anna Muylaert, Carla Camurati, Lucélia Santos, Bia Lessa, Norma Bengell, Lucia Murat, Tizuka Yamasaki e Monique Gardenberg. Na sala de cinema do Alvorada, Dilma pretende fazer uma sessão fechada de É Proibido Fumar, dirigido por Muylaert estrelado por Glória Pires.
A escolha de mulheres ligadas ao cinema ainda faz parte das comemorações do mês da mulher. Na quarta-feira (23), Dilma abre a exposição de mulheres artistas no Palácio do Planalto.
Nos próximos meses, entretanto, o público não fic ará restrito ao gênero feminino. O governo já programa eventos no Alvorada que celebram a música, a literatura e o teatro. O plano é trazer grandes nomes da cultura brasileira para dentro "da casa da presidente" — o Alvorada é a residência oficial de Dilma.
Ao aproximá-la de artistas, o Planalto ao mesmo tempo agrada à presidente, entusiasta das artes, como também tenta carimbar Dilma como "a presidente da cultura". Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve nos movimentos sociais um de seus principais apoios, assessores gostariam de ver o mesmo efeito na proximidade entre Dilma e a classe artística.
No círculo próximo à presidente, há quem cite o encontro com artistas no Rio, no início do segundo turno das eleições, como um dos momentos de maior impulso da campanha.
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, é uma das principais entusiastas da ideia. Ela deverá ajudar na escolha dos temas e convidados. Entusiastas do pro jeto afirmam que, por ser grande apreciadora das artes, Dilma tem a chance de criar "um relacionamento único com a classe artística" — e também de ajudar a impulsionar a cultura no país.
O interesse de Dilma pelas artes fez com que ela, por exemplo, negociasse pessoalmente a vinda do Abaporu, da artista plástica Tarsila do Amaral (1886-1973), para a exposição que se inicia na quarta. A pintura pertence a um colecionador argentino desde 2001 e está exposta em Buenos Aires, no Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires).
Dilma pretende abrir o Alvorada também para visitas de estudantes. O palácio já recebe visitas guiadas nas quartas-feiras. A presidente deseja ampliar os horários das visitas e demonstrou interesse de, ela mesma, conduzir alguns grupos de jovens estudantes.


Com informações do portal Vermelho e da Folha de S.Paulo

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