Cefas CarvalhoTudo indica que a bancada norte-rio-grandense da Câmara Federal terá pouca renovação, talvez nenhuma, já que os oito deputados são candidatos a reeleição com chances reais de êxito. Em compensação, a Assembléia Legislativa do RN deverá sofrer mudanças radicais. Especula-se uma renovação de 30% (ou oito dos 24 atuais deputados). Mas a verdade é que as mudanças podem ser maiores, afinal, pelo menos doze pré-candidatos “novatos” têm chances reais de chegar à Assembléia.
As mudanças deverão começar “por cima”, afinal, o próprio presidente da Casa, deputado Robinson Faria (PMN) não deverá ser candidato a reeleição, já que poderá ser o candidato a vice-governador na chapa da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), pré-candidata ao Governo do Estado. Outro deputado que não tentará reeleição será Paulo Davim (PV), que já declarou sua posição à imprensa. Neste caso, teríamos duas vagas em aberto somente de deputados que não tentarão reeleger-se.
Existem ainda os casos de deputados que terão certa dificuldade em manter-se na Assembléia, como podem ser os casos de Leonardo Nogueira (DEM), cuja esposa e líder política, prefeita de Mossoró Fafá Rosado (DEM), vive um momento de desgaste e baixa aprovação; Poti Junior, cujo grupo familiar-político perdeu a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante – sua base eleitoral – após doze anos; Gilson Moura (PV), que verá seu espaço eleitoral ser “invadido” por outros nomes do partido e da TV Ponta Negra mais ligados à prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV).
De qualquer maneira, há poucos deputados que não disputarão reeleição e que enfrentarão dificuldades e teremos um número elevado de candidatos “novatos” com força eleitoral, o que evidencia que não apenas deveremos ter renovação no Legislativo Estadual, como que alguns deputados deverão perder as vagas na AL.
Vamos aos candidatos com chances reais de êxito: somente na Câmara Municipal de Natal, seis vereadores podem tentar a Assembléia: Hermano Morais (PMDB), Paulo Wagner (PV), Ney Lopes Jr (DEM), Julia Arruda (PSB), George Câmara (PC do B) e Dickson Nasser (PSB). Paulo já foi cogitado para candidatar-se a senador e só tentará a vaga na AL se for conveniente para o partido (leia-se, para os interesses de Micarla), pois pode candidatar-se a deputado federal. Já Dickson, que vinha preparando a candidatura com régua e compasso, cogita abdicar da candidatura em prol do filho, Dibson Nasser.
FAMILIARES
Aliás, a Assembléia terá diversos candidatos “familiares”, todos com chance de sucesso. Além dos vereadores Julia Arruda (filha do ex-deputado Leonardo Arruda) e Ney Jr. (filho do ex-deputado federal Ney Lopes), poderemos ver as candidaturas de Lauro Maia – PSB (filho da governadora Wilma de Faria), de George Soares (filho do ex-prefeito de Assu, Ronaldo Soares), Miguel Weber ou Rosy de Sousa – ambos do PV (marido e irmã da prefeita Micarla, respectivamente), Fábio Dantas (filho do atual deputado pelo PHS Arlindo Dantas, que poderia “ceder” a vaga para o filho) e Ruth Ciarlini (vice-prefeita de Mossoró e irmã da senadora Rosalba Ciarlini).
Há ainda possíveis candidaturas de nomes de peso, como a do ex-prefeito de Parnamirim Agnelo Alves (PDT), do presidente da Emprotur e ex-deputado Claudio Porpino (PSB) e do reitor da UERN e empresário de comunicação Milton Marques (PSB), de Mossoró. Com tantos nomes de peso na disputa, os atuais deputados que mostrem serviço e peso eleitoral. Ou estarão distantes da Assembléia Legislativa em janeiro de 2011.
O nome enfluencia muito pouco hoje, porque nao ha mais eleiçao, e sim, compra de mandato.Entao com certeza quem tiver bonitinho de bolso, tá lá.É triste reconhecer,mas essa é a verdade.A politica do pão e circo tá dando certo pros politicos.
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