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Mato e lixo tomam conta do viaduto Trampolim da Vitória

Roberto Lucena
Da Redação do Potiguar Notícias


Quem trafega pelo viaduto localizado no entroncamento das BRs 101 e 304, na entrada de Parnamirim, já deve ter percebido que o local, ao longo do tempo, adquiriu aspecto de abandono. Apesar do vaivém constante de veículos de todos os tipos, o equipamento público denominado de viaduto “Trampolim da Vitória”, em alguns pontos, parece que não é freqüentado há bastante tempo. A estrutura está com infiltrações e a erosão assusta os mais atentos.
O viaduto é passagem obrigatória para diversos motoristas. Um deles, o aposentado Juarez Oliveira, 57, conta que o local parece ter sido esquecido pelo Poder Público. “Tem muito mato e lixo. Tenho medo de que aconteça algum acidente. É preciso cuidado”, avisa. O aviso é válido, pois em alguns pontos o mato atrapalha a visão dos condutores.
Os moradores próximos ao local contam que além do mato, há acúmulo de lixo e entulhos. “O pessoal quando limpa é só para aparar o mato, e demora muito. O pessoal joga lixo e fica nessa situação”, diz a dona de casa Maria Jacira, 45, que diariamente precisa atravessar a BR para chegar ao local de trabalho.
De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – órgão responsável pela conservação do viaduto – uma equipe irá, nos próximos dias, fazer uma vistoria no local para constatar as denúncias.

HABITAÇÃO
O aparente abandono do viaduto “Trampolim da Vitória” não impede que algumas pessoas se aventurem em passar minutos, horas, e até mesmo dias debaixo da estrutura de concreto. É o caso do desempregado Elian Alves, 26. Ele conta que passa boa parte do dia debaixo do viaduto, sem a companhia de ninguém. “Prefiro ficar sozinho mesmo. Antes só do que mal acompanhado”.
A história de Elian é parecida com a de muitas jovens que perambulam pelas ruas dos grandes centros urbanos. A mãe faleceu quando ele tinha apenas 9 anos. O convívio com o pai e irmãos começou a ficar difícil e alguns anos depois decidiu sair de casa. Na rua, aprendeu o ofício de pintor, o que lhe garante algum dinheiro com “bicos” que faz eventualmente.
Quando a noite surge, é hora de procurar um abrigo mais seguro. “Não durmo aqui, é perigoso. À noite vou pro posto”, diz apontando para um posto de combustível localizado ao lado do viaduto. No estabelecimento comercial, alguns caminhoneiros arrumam pequenos serviços para Elian.
O corpo coberto por tatuagens feitas, com um motor improvisado, por ele mesmo, desperta a curiosidade sobre um possível envolvimento com crimes. A resposta vem sem titubeio. “Fui preso duas vezes porque fiz uns assaltos a uns mercadinhos”, revela garantindo que não comete mais delitos.
Nascido em Natal, Elian Alves diz que alguns parentes moram bem próximos, aqui mesmo em Parnamirim, porém, ele prefere não manter contato com nenhum deles. A permanência debaixo do viaduto deve durar alguns dias. “Aqui é bom, tranquilo. Não sei até quando fico. Até quando Deus quiser”.

Um comentário:

  1. - venho comunicar a Vsa. a muito tempo vem acontecendo o desrespeito ao usuario da linha { G } por Exemplo. hoje. 21/09/2010. os Onibus de numero 643 as 7:05. hs. e de numero. 406 as 7:20 hs no KM 06 proximo ao posto em Felipe Camarão. ainda por cima com senas Obsenas. espero que vcs. tomem as devidas providencias cabiveis, ou por outro lado a Comunidade irá tomar suas providencias.


    Agradecemos anteciosamente desde Já.

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