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Artistas comentam César na Funcarte e defendem ações de continuidade




Cefas Carvalho

Escolhido para a presidência da Fundação Capitania das Artes (Funcarte) após uma série se especulações e nomes mal vistos pela classe artística, o artista plástico César Revoredo parece contar com a confiança de boa parte dos artistas. O blog ouviu diversas pessoas que suam no ofício de fazer cultura em Natal e constatou que César está bem cotado entre eles.
Para o poeta, escritor e procurador federal Livio Oliveira, “César me parece ser sensível em relação às reivindicações da classe artística natalense e tem chances de fazer uma boa administração”, afirma, embora registrando que a gestão anterior, de Dácio Galvão, “foi a melhor da história da Funcarte”.
O artista plástico e militante cultural Eduardo Alexandre, o “Dunga”, afirmou que “a escolha de Revoredo, que é um artista de ponta no Estado e tem boa formação cultural e acadêmica, foi uma surpresa positiva”. Eduardo registra que “como ele assume praticamente pela primeira vez um órgão público, fica a expectativa sobre o que ele pode fazer como burocrata, mas ele tem tudo para fazer um grande trabalho, desde que conte com as pessoas certas na sua equipe”.
Já o professor e poeta Plinio Sanderson, que nos últimos anos criticou duramente a postura de Dácio Galvão frente à Capitania, diz que “acredito na criatividade e sensibilidade do artista César Revoredo e acho que ele deve deixar de lado a herança maldita do sectarismo do antigo capitão-mor da Funcarte e investir na interação com a classe artística e com uma identidade natalense”, afirmou.
Tanto Livio como Eduardo e Plínio elogiaram a posição de César, comunicada em diversas entrevistas à imprensa local, de manter os eventos da Funcarte que vinham dando certo. “Ele começa positivamente prometendo dar continuidade a eventos como o Ene – Encontro Nacional de Escritores”, diz Livio. “Mantendo o que deu certo na gestão passada como o Ene e o Auto de Natal, César começou muito bem”, opina Plinio. Tudo indica que os concursos literários Câmara Cascudo e Othoniel Menezes também serão mantidos, segundo o blog averiguou.
Quanto às novas ações, não faltam sugestões a César. Lívio sugere um pleito antigo dos escritores e poetas, que é a publicação pela Funcarte das obras vencedoras dos concursos literários. “E a abertura de canais de comunicação com a classe artística, através, por exemplo, de audiências públicas”, sugere Livio.
Eduardo sugere que a Funcarte apóie o projeto Galeria do Povo, exposição itinerante de artes plásticas que ele próprio e outros artistas fazem com sucesso em natal desde os anos 70. Já Sanderson opina que César deve investir em projetos estruturantes e oficinas.

2 comentários:

  1. Sobre os concursos literários, eles existem há bem uns 30 anos. Lembro-me de ter concorrido ao Otoniel Menezes pela primeira vez quando ainda estava na Faculdade, ou seja, antes de 1975. Não há o menor sentido em especular se esses concursos devem ou não continuar, pois eles já fazem parte do calendário cultural da cidade. Quanto a César Revoredo, considero um bom nome em si mesmo e nao somente em comparação com os outros - péssimos - que foram propostos. Só lamento a saída de Ivonete Albano do staff da Capitania.

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  2. Concordo, Clotilde, em relação aos concursos literários. Só podem ser melhor geridos com a publicação dos trabalhos premiados.

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