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Os 10 filmes que o escritor e jornalista Antonio Nahud Junior levaria para uma ilha deserta



1 - O SÉTIMO SELO (DET SJUNDE INSEGLET, 1956) Ingmar Bergman
2 - A MARCA DA MALDADE (TOUCH OF EVIL, 1958) Orson Welles
3 - FAUSTO (FAUST – EINE DEUTSCHE VOLKSSAGE, 1926) F. W. Murnau
4 - A MALVADA (ALL ABOUT EVE, 1950) Joseph L. Mankiewicz
5 - NARCISO NEGRO (BLACK NARCISSUS, 1947) Michael Powell e Emeric Pressburger
6 - A DOCE VIDA (LA DOLCE VITTA, 1959) Federico Fellini
7 - ROCCO E SEUS IRMÃOS (ROCCO E I SUOI FRATELLI, 1960) Luchino Visconti
8 - A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (IT´S A WONDERFUL LIFE, 1946) Frank Capra
9 - OS CORRUPTOS (THE BIG HEAT, 1953) Fritz Lang
10 - SINFONIA EM PARIS (AN AMERICAN IN PARIS, 1951) Vincente Minnelli

Comentário de Antonio Naud: “Sou maluco por cinema. Desde menino, quando vi “Amarcord” na tevê. Já lia muito, mas aquelas imagens me levaram a um mundo encantado onde tudo parecia possível. Eu fui criado numa fazenda de cacau; era bastante solitário. À beira da tevê, o cinema me despertou paixões alucinantes: de Gene Tierney em “Laura” a Montgomery Clift em “Um Lugar ao Sol”, de Catherine Deneuve em “A Bela da Tarde” a Rock Hudson em “Almas Maculadas”. Tantos outros e outras: Aldo Ray, Burt Lancaster, Jennifer Jones, Silvana Mangano, Merle Oberon, Tyrone Power, Renato Salvatori, John Gavin etc. Masturbava-me no silêncio da noite pensando neles, embriagado pelo perfume do cacau. Depois descobri os cineastas, os roteiristas e os fotógrafos. Possivelmente Ingmar Bergman é o meu diretor favorito, mas também gosto de F. W. Murnau, John Ford, Luchino Visconti, Howard Hawks, Orson Welles, Carl T. Dreyer, Anthony Mann, Jean Renoir e Max Ophuls. Acho o cinema brasileiro bastante limitado, mas não deixo de assisti-lo. Prefiro em primeiro lugar o gênero Policial Noir, seguindo de perto por Western e Guerra. Os atores que mais admiro? Spencer Tracy e Barbara Stanwyck. Vejo um filme diariamente. Quanto tenho mais tempo, faço sessões temáticas. Hoje, por exemplo, assistirei dois filmes de Valerio Zurlini. É muito difícil listar dez filmes fundamentais. Tenho consciência de que muitas obras tocantes ficaram de fora. Sinto-me traindo “Lola Montez”, “O Leopardo”, “Teorema”, “Rastros de Ódio”, “As Mulheres”, “A Noite”, “A Primeira Noite de Tranqüilidade”, e tantos outros. Mas uma lista é uma lista. As ausências sempre são dolorosas.”

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