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Relação entre Governo e Assembléia já começa a se mostrar tensa


Como era previsto no mundo político, o relacionamento entre o Governo do Estado e a Assembléia legislativa será espinhoso a partir deste mês de abril. Fácil de entender. Sucedendo Wilma de Faria (que teve que se desincompatibilizar para disputar vaga no Senado), Iberê Ferreira de Sousa disputou com outros líderes do sistema governista a indicação para candidato ao Governo do Estado. Venceu a disputa e foi ungido pré-candidato. Mas, o fato afastou do grupo outro postulante à candidatura, deputado Robinson Faria, que se sentiu desprestigiado pelo Governo. O “detalhe” é que Robinson é presidente da Assembléia.
Eis que Robinson afirmou na semana passada que espera do Governo do Estado um detalhamento minucioso do projeto de lei que prevê a ampliação da margem de remanejamento do Executivo. Ele assinalou que, embora não fale por todos os deputados, acredita que "ninguém vai votar questões subjetivas". "Por que querem ampliar? Quais as necessidades? Será necessário um detalhamento completo", avisou o parlamentar do PMN.
A mensagem 143/2010 chegou à AL no último dia 30, mas o governo solicitou a devolução dela, segundo Robinson, porque constava ainda a assinatura da ex-governadora Wilma. O projeto foi encaminhado de volta ao Gabinete Civil do Governo do Estado.
Problemas técnicos com o pedido? Certamente. Mas, é inegável a dose de política que haverá nas relações entre Governo e Assembléia.

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