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Novo “bloco político” de Henrique dá errado e presidência da Câmara fica ainda mais longe


Cefas Carvalho

Bola fora. Diversos políticos (em off) e jornalistas usaram este termo para se referir à iniciativa do deputado federal Henrique Edu­ardo Alves (PMDB) em a­nunciar, no dia 16, a criação de um bloco político na Câmara Federal envolvendo o seu PMDB, o PR, o PP. Estranhamente, o novo blog excluía o PT.
Imediatamente, políticos e jornalistas leram nas entrelinhas da iniciativa uma tentativa deseperada de Henrique de unir forças para a sua eleição como presidente da Câmara Federal.
Todos sabem que Henrique sonha há muito em presidir a Câmara e que para isso contava com a vitória de Dilma Rousseff e a maioria - esperada – do PMDB na Câmara. Só que o PT obteve essa maioria. Logo, pela tradição da Casa, indicaria o nome para a presidência.
Se o apetite de Henrique pela presidência já começava a se fazer notar, sua inabilidade e precipitação, também.
24 horas depois do anúncio do bloco, os líderes de PR e PP disseram seguir as orientações do Governo Federal (leia-se PT, Dilma e Lula), na prática, inviabilizando o bloco. E expondo Henrique.
Os potiguares já conhecem o modus operandi de Henrique em criar “blocos políticos sólidos”.
Em julho, ele, o deputado federal João Maia (PR) e o deputado estadual Robinson Faria (PMN) criaram a Unidade Potiguar, prometendo marchar juntos na campanha eleitoral.
Menos de dois meses depois, cada um dos três estava em um lado diferente e defendendo seus interesses político-pessoais.
Se em solo norte-riograndense a malfadada Unidade Potiguar não prejudicou Henrique Eduardo Alvez, em termos nacionais o bloco natimorto parece ter “queimado” o deputado.

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