Cefas CarvalhoO senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) pode viver na campanha de 2010 uma situação inusitada: ser obrigado a trabalhar contra os interesses políticos do próprio pai, Garibaldi Alves. A equação é extremamente simples: Garibaldi Pai, como é conhecido, é o primeiro suplente da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), pré-candidata ao Governo do Estado. Eleita governadora, Rosalba tomaria posse e abriria vaga para Garibaldi Pai ser efetivado senador, ao lado do filho, fato inédito na política potiguar.
Além deste motivo para apoiar a candidatura de Rosalba, Garibaldi mostra afinidade com vários dos líderes do DEM, como o também senador José Agripino. A aliança PMDB-DEM era consolidada há poucos anos, antes do peemedebismo migrar para as hostes wilmistas e aliar-se a Lula em plano nacional.
Mas, não é segredo para ninguém que, enquanto o deputado Henrique Eduardo Alves sempre lutou para que o partido se aliasse a Lula e Wilma, Garibaldi preferia a companhia do DEM.
Contudo, as circunstâncias políticas, como a consolidação da aliança entre PMDB e Governo Lula e a criação da aliança “Unidade Potiguar”, com Robinson Faria, João Maia e Henrique Alves, devem forçar Garibaldi a fazer dobradinha para o Senado com a governadora Wilma e apoiar o candidato da base wilmista. O curioso vai ser testemunhar o senador pedir votos para um candidato ao Governo que “atrapalharia” os projetos do seu próprio pai. Ou Garibaldi, secretamente, torcerá pela vitória de Rosalba?
E algum político tem escrúpulos? Os do RN no lugar do coração tem um cofrinho para arrecadar propinas.
ResponderExcluirAmigo, para parafrasear seu comentário homenageando seu apelido, lembremos aquele trecho do clássioo de Roger Waters, do Pink Floyd: "No fim das contas, é tudo apenas mais um tijolo na parede". Abraço e retorne sempre ao blog.
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