Cefas CarvalhoQue a prefeita de Natal Micarla de Sousa tem um candidato a senador, ninguém ignora. Trata-se do senador José Agripino Maia (DEM), a quem ela sempre agradeceu publicamente pelo empenho na campanha eleitoral municipal do ano passado. Como são dois os votos para o Senado, a dúvida é saber qual seria o segundo voto de Micarla. Porém, as circunstâncias políticas levam a crer que a prefeita votará em Wilma de Faria (PSB), apesar de estarem em campos políticos opostos e apoiando candidatos adversários. E mesmo a chapa DEM/PV obrigatoriamente ter de lançar um segundo nome para o Senado, para fazer companhia a Agripino.
A explicação para isso é muito simples. Politicamente, Micarla poderá usar o argumento que fazia parte da base wilmista, que mantém afinidades políticas com a "Guerreira", que vem se "afinando" com a governadora desde que assumiu a Prefeitura e, para finalizar, que poderia contar com o apoio de Wilma enquanto senadora, caso ela seja eleita.
Mas, nos intramuros da política, a explicação seria ainda mais simples: Micarla quer a eleição de Wilma porque sabe que, se não for eleita, a única chance de manter-se politicamente viva na política seria a pesebista tentar a Prefeitura de Natal.
DIFICULDADE
E Micarla sabe que numa disputa com Wilma - prefeita de Natal por três ocasiões e liderança inconteste na capital - poderia levar a pior. O micarlismo prefere que a prefeita enfrente em 2012 uma candidatura de menor força ou pelo menos sem o poderio de Wilma. A deputada federal Fátima Bezerra, seja reeleita ou não, dificilmente tentaria a Prefeitura de Natal mais uma vez - a quinta. Já Carlos Eduardo, poderia tentar voltar à Prefeitura, mas sem a força de quando era prefeito com a aliada Wilma como governadora e o pai, Agnelo Alves, como prefeito de Parnamirim.
Portanto, o sonho de Micarla e seu staff seria uma vitória dupla do aliado Agripino e também de Wilma, para ela não "incomodar" Micarla em 2012. Resta esperar a definição do nome do outro candidato ao Senado ao lado de Agripino e ver a posição de Micarla na difícil campanha na qual entre três "monstros" da política potiguar, Wilma, Agripino e Garibaldi Alves Filho, um dos três vai sofrer um revés político de imensas proporções.
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