Da redação do PN
A aliança chamada "Unidade Popular", envolvendo o PMDB, o PR e o PMN, ou mais exatamente deputados federais Henrique Alves e João Maia e deputado estadual Robinson Faria firmada na semana passada, deverá ter vários desdobramentos para a política potiguar. Um deles, talvez o mais visível à primeira vista, é o enfraquecimento do projeto da senadora Rosalba Ciarlini na disputa pelo Governo do Estado em 2010.
Para muitos políticos e analistas, essa aliança teria como objetivo principal manter Robinson e João Maia no sistema liderado pela governadora Wilma de Faria. Atualmente, Robinson e João Maia estariam irritados com a governadora, porque entendem que Wilma estaria demonstrando preferência pela pré-candidatura a governador do vice-governador Iberê Ferreira. O estremecimento das relações políticas entre a governadora e os dois parlamentares poderia culminar com a ida de Robinson e João para a oposição, fortalecendo o palanque de Rosalba.
Agindo atualmente como o principal articulador da base aliada do presidente Lula no Estado, Henrique, ao costurar a união do PMDB, PMN e PR, evita que Robinson e João Maia se rebelem e pulem para o lado da oposição. A estratégia de Henrique é manter unida a base de Lula no Estado visando não apenas a eleição nacional, mas o pleito estadual.
Robinson e João Maia permanecendo no sistema governista, o palanque de Rosalba vai se resumir ao DEM e ao PSDB. Nem o PPS, que em nível nacional faz aliança com democratas e tucanos, ficaria no palanque da oposição na eleição para governador. Também é de se pensar que o PV também fique no palanque da governadora Wilma de Faria.
DIFICULDADE
Uma dificuldade adicional enfrentada por Rosalba Ciarlini é o fato de o DEM disputar a eleição majoritária com um candidato ao Governo e outro ao Senado.
Sobraria apenas uma vaga de senador para ser negociada com os partidos aliados.q10
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