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Deputado diz que africanos são amaldiçoados, mas nega discriminação


Na mesma semana em que as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) no programa CQC provocaram reações no Congresso, outro parlamentar usou o Twitter para dizer que "os africanos são amaldiçoados". Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) é deputado federal de primeiro mandato e garante que a afirmação vem de um conhecimento teológico. Ele, que também é cantor, se diz afrodescentente e nega ser racista.
Os primeiros posts tratando do tema foram colocados na página do parlamentar nesta quarta-feira. Segundo ele, foi sua assessoria que colocou o "ensinamento" na internet, mas com seu aval. Entre outras frases, Feliciano diz na rede social que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome."
Ontem, ele retornou ao tema: "A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!". Segundo o deputado, a Bíblia sustenta a teoria de que o continente africano foi amaldiçoado. O parlamentar afirma que, pela Bíblia, Cam, filho de Noé, "vê a nudez do pai" em um momento de embriaguez de Noé e ri. Quando Noé volta em si, ele chama Cam e seu neto Canaã e joga uma maldição sobre o neto, que, posteriormente seria o responsável por povoar o continente africano.

Com informações da Agência Estado

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