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Considerações sobre o(s) Dia(s) da Poesia

Cefas Carvalho

O Dia da Poesia – 14 de março passado, mas também, celebrado na nefasta sexta-feira 13 pela Funcarte – foi pródigo em eventos. Bom para os artistas da terra, bom para os 1.856 poetas de Natal e bom para o público em geral que teve a chance de conferir shows musicais, recitais de poesia popular e uma programação variada, quase toda encetada pela Funcarte e pela Fundação José Augusto, que travaram uma mal disfarçada “competição” que acabou sendo saudável.
Este blog não vai comentar os shows e eventos realizados, afinal, o tempo já passou (principalmente para os padrões da net e muitos blogs que o fizeram – e bem), mas se limitar a registrar algumas boas idéias surgidas no evento.
Na mesa redonda sobre “Ao caminhos da poesia potiguar”, realizada pela Funcarte, o homenageado Nei Leandro de Castro sugeriu à atual gestão do órgão a continuidade do projeto Letras Natalenses, de edição de livros. Algo que deve ser levado em consideração pelo presidente César Revoredo, mas, descartando o personalismo da coleção na gestão Dácio Galvão.
Uma boa notícia literária foi dada pelo próprio César, de que, além da tradicional premiação em dinheiro, os vencedores dos Concursos Literários Othoniel Menezes e Câmara Cascudo terão os livros editados.
Voltando à mesa, a poeta Jânia de Sousa, uma das cabeças da SPVA, sugeriu a realização de uma Feira do Livro Potiguar. Uma boa idéia que teve a aprovação de gente como Nei Leandro e Livio Oliveira. Taí algo para Funcarte e FJA pensarem.
E, para finalizar, Nei Leandro criticou a Câmara de Vereadores de Natal pela negligência em analisar pedido feito a oito anos por ele e outros intelectuais de homenagear o falecido poeta Luis Carlos Guimarães com nome de uma rua. Militantes culturais, Jânia de Sousa e Deth Haak sugeriram levar a idéia novamente a idéia para algum vereador e no dia da votação os artistas lotarem o plenário para pressionar os ilustres edis. Assim, pode dar pé.
Para finalizar, duas fofocas, que este blog também não é de ferro. A primeira é o registro da prefeita Micarla de Sousa, presente no café da manhã poético do dia 13, recitando versos de “Quero casar”, de Drummond. A segunda é que a revista Brouhaha só vai sair mesmo no segundo semestre. Palavra do jornalista Carlão de Sousa, enfim, confirmado como editor da mesma, após muita especulação nos blogs e colunas culturais. No fim, entre mortos e feridos poéticos, salvaram-se todos.

3 comentários:

  1. Será que a prefeita sabe a diferença entre poesia e prosa, em suas formatações tradicionais?

    Um abraço.

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  2. Enquanto passa todo esse tempo sem atender à sugestão de dar o nome de um poeta tão querido na cidade,a uma simples rua, a Câmara promove verdadeira distribuição de títulos de cidadão natalense a pessoas anódinas, sem a menor importância para a vida sócio-cultural, intelectual e desenvolvimentista da cidade, como temos visto.

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  3. Moacy, posto que a prefeita jamais colocou nem prosa nem poesia na TV que comanda, fica realmente a dúvida.

    Rizolete, estes são os nosso edis. Enquanto isso, Ratinho e Claudia Leite são homenageados com titulos de Cidadania Natalense.

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