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Entrevista com Crispiniano Neto: "Ora, se o Nordeste tem 30 por centro da população do país, deveria receber 30 por cento dos recursos para a cultura"


Fundação José Augusto, Wilma de Faria, preconceitos, recursos para a cultura, cordel emuito mais. Todos estes assuntos e alguns outros foram abordados em entrevista que o presidente da FJA, Crispiniano Neto deu a este blogueiro e ao jornalista Rômulo Estanrley na última quinta dia 24 para a série "No alpendre no PN". A entrevista na íntegra voc~e poderá ler no jornal Potiguar Notícias que sai na segunda dia 28 e neste final de semana a postarei neste blog. Por ora, um aparitivo da entrevista:

O que o sr acha da política do Ministério da Cultura de regionalizar os recursos da cultura?

"Numa federação, tem que se fazer os recursos chegarem a todos os lugares do Brasil. Na hora que o dinheiro da cultura não fica só entre Rio de Janeiro e São Paulo e para poucos, então mesmo com o aumento de 0,2% para 0,8% da verba para cultura, ainda falta dinheiro. Porque tem que distribuir para todos os lugares e aí o Ministério faz um trabalho de territorialização. Por exemplo, temos um programa como o Pontos de Cultura. Em vez de edital nacional, faz-se um edital por estado e dentro dos estados observada a questão da territorialização. Dos 53 pontos de cultura, 19 estão em Natal e o restante espalhados pelo Estado. Com aquele sistema do edital nacional, em cinco anos o Rio Grande do Norte ganhou 15 pontos de cultura e quase todos em Natal ou na Grande Natal. Essa é a política correta. Com a antiga Lei Rouanet, 90 por centro das verbas para a cultura iam para Rio e São Paulo, pingando em Minas gerais e uma migalha para o Nordeste. Com a Lei Rouanet, o Nordeste tinha 1,8% do total de recursos para a cultura. Ora, se o Nordeste tem 30 por centro da população do país, deveria receber 30 por cento dos recursos para a cultura, se o critério for populacional. Se o critério é compensação pelas desigualdades sociais, o Nordeste deveria receber 40% para crescer. Se o critério for o PIB, a região representa 14%. E se o critério for pagamento de imposto de renda, o Nordeste paga 6,1% do imposto do país. Então, por qualquer critério,a distribuição deveria ser maior do que menos de 2 por cento"

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