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Ex-advogado de Collor é encontrado morto em apartamento em Brasília em crime misterioso

O blog reproduz reportagem do jornal O Globo,sobre um mistério policial e mais um episódio macabro da vida do ex-presidente Collor.

Patrícia Duarte

BRASÍLIA - O advogado José Guilherme Villela, a mulher dele Maria Carvalho Villela e a emprega Francisca foram encontrados mortos no apartamento do casal na noite desta segunda-feira. Os corpos foram identificados por parentes que estavam em busca de notícias do advogado. Em 1992, ele atuou na defesa do ex-presidente Fernando Collor e na década de 80 foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A delegada Martha Vargas da 1ª Delegacia de Polícia confirmou a morte do advogado, mas não quis dar detalhes do crime. Segundo o porteiro do prédio Francisco José Filho, às 20h, parentes do advogado tentaram entrar no apartamento. Sem conseguir resposta, chamaram um chaveiro para abrir a porta. Quando entraram no apartamento encontraram os três corpos. A polícia não informou a causa da morte.
Os agentes devem requisitar as fitas de video do circuito interno de TV do condomínio para tentar identificar quem entrou no apartamento no último fim de semana. A família estaria sem notícias de Villela desde a última sexta-feira. O porteiro Francisco Filho, que estava de plantão na noite de quinta, disse que o advogado chegou em casa por volta das 23h tranquilamente.
Villela foi o primeiro advogado de Collor no processo que respondia no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também atuou no defesa do então presidente no julgamento do processo de impeachment no Senado. Villela foi ministro do TSE no período de 1980 a 1986.

Comentário sobre o fato do iornalista Fábio Pannunzio, de O Correio Brasiliense:


Esta é a quinta tragédia que cerca pessoas que estiveram próximas a Fernando Collor de Mello durante seu impeachment. O irmão do ex-presidente, Pedro Collor, foi vítima de um câncer meteórico. A mulher de PC Farias, Elma Farias, foi "vítima" de um fulminante ataque cardíaco quando parecia gozar de perfeita saúde. O corpo foi cremado no dia seguinte.
O próprio PC Farias, o braço executivo do esquema de corrupção do governo Collor, teve um fim violento e ainda hoje mal explicado. Foi morto por uma garota de programa, Suzana Marcolino, em sua casa da praia de Guaxuma, em Maceió. A perícia, objeto de fundadas suspeitas posteriores, apontou que Suzana matou PC e depois se matou.

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